O Amor Perdido romance Capítulo 96

Juelz estava causando um tumulto na sala de visitas, então Ivana resolveu ligar para Benjamin.

Como assistente pessoal de Credence, Benjamin tinha que atender a todas as suas ligações antes de reportá-las ao chefe.

Durante aquela noite, Credence se escondeu em seu escritório. Ele não permitiu a entrada de ninguém.

Benjamin segurou o celular com força. De um lado do corredor havia uma janela francesa, dava para ver que a noite ficava cada vez mais escura, o relógio marcava quase dez e meia. Credence ainda não tinha apetite para o jantar, isso deixou Benjamin ainda mais preocupado.

Benjamin avançou em direção ao escritório do chefe. Ele estava prestes a estender a mão para bater na porta, quando Credence a abriu.

"Sr. Scott..." Benjamin respondeu instintivamente. No mesmo instante, ele relatou: "Ivana acabou de ligar. É sobre a sua esposa".

"O que tem ela?"

A voz de Credence estava um pouco rouca e ele pressionou as têmporas com os dedos longos. Ele parecia cansado. Quando as luzes de cristal tocaram seu rosto exausto, suas linhas de expressão pareceram mais nítidas.

Após mexer alguns pauzinhos, ele conseguiu com que Dorothy não fosse enviada para uma prisão ruim e com um ambiente difícil de lidar. Ao invés disso, ela foi levada para uma sala de detenção. Todos os envolvidos no caso eram subordinados de seu amigo de longa data, o Sr. Worley. Por isso, ele tinha certeza de que ela estaria perfeitamente segura.

Benjamin olhou para ele inquieto e disse: “Sr. Scott, a sua esposa está bem. É que Juelz foi visitá-la. Ele até chegou a fazer algumas exigências absurdas para Ivana. Ele quer que ela limpe a cela duas vezes por dia, renove todos os dias um buquê de flores de cerejeira, além de uma cama e lençóis descentes, com os quais a senhora está acostumada. Por fim, ele ainda pediu um frigobar e um ar-condicionado e mais outras coisas...”

Neste ponto, Benjamin por um momento. Ele lançou um olhar sorrateiro para o chefe. Viu Credence com uma expressão calma no rosto, mas não conseguiu decifrar suas emoções. Benjamin engoliu em seco e disse nervoso: “Sr. Scott, eu queria fazer estes arranjos para a madame, mas ela acabou de entrar naquele lugar, então seria melhor para ela manter a discrição. Não esperava que Juelz fosse tomar a iniciativa de providenciar algum conforto a ela.”

A imagem que a Sra. Scott tinha do Sr. Scott deve ter se transformado em algo terrível, graças a Juelz!

"É mesmo? Eu entendo."

As expressões e o tom de Credence deixaram Benjamin um tanto confuso. Ele não pôde deixar de falar em voz baixa: "Você a ajuda constantemente, mas nunca conta a ela sobre isso. Ela nunca entenderá suas boas intenções."

A única resposta que Benjamin obteve foi o som de um isqueiro e um fio de fumaça branca subindo do cigarro.

Seu rosto era bonito e charmoso, parecendo tão frio quanto a geada. Ainda em silêncio, ele franziu o cenho e continuou a fumar.

Benjamin continuou a perguntar: "E-então, quando podemos tirá-la da prisão?"

Depois de fumar um cigarro, a voz de Credence era baixa e gentil. Suas palavras atingiram as cavidades mais profundas do coração de Benjamin.

"Você não entende. Ela está mais segura lá dentro."

Pelo menos, até que ele descobrisse a origem da droga Mosemary, seria muito mais seguro para Dorothy ficar na delegacia.

Benjamin não sabia mais o que poderia dizer. Ele entregou um pacote de fast food em suas mãos, “Você deveria tentar comer um pouco. Não faz bem para o senhor ficar tanto tempo sem se alimentar.”

“Pode deixar aí.”

Após fumar o cigarro, ele jogou a bituca na lata de lixo. Então, ele se virou e entrou no escritório, emanando uma aura gélida.

Se a substância Mosemary só pudesse ser encontrada em Jenciga, isso reduziria bastante as linhas de investigação.

Porém, com suas conexões ele não poderia intervir, pelo menos por enquanto.

Frustrado, Credence fumou outro cigarro, no espaçoso escritório. Ele pegou o celular e ligou para Marvin, a ligação durou cerca de dez minutos. Quando soube que Marvin não tinha feito nenhum progresso, desligou, recostou-se no encosto de sua cadeira e vagarosamente cerrou os olhos.

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