O Amor Perdido romance Capítulo 98

“Você não tem mais nada a dizer?” Credence colocou as mãos nos bolsos e franziu a testa. Ele encarou o rosto amarelado de Dorothy e perguntou com frieza.

"Você não viu com seus próprios? O que mais você quer que eu diga?"

Dorothy respirou fundo e escondeu a expressão de tristeza. Vagarosamente ela se levantou, usando o vaso sanitário como apoio. Ela não tinha medo da aura ameaçadora que emanava de Credence. Ela ergueu a cabeça e o fitou com olhos vermelhos. Ela esboçou um sorriso e disse: “Credence, você está certo. Eu e Juelz estamos juntos e fizemos amor. A criança em meu ventre é dele. Você não gosta de mim, e você também não me ama. Você até tentou me matar. Não posso mudar o que eu sentia por você e amar outro homem?”

“Sabe desde quando eu estou grávida?”

“Eu vou te contar, foi na noite em que fiquei bêbada. Eu convidei Juelz para irmos a um hotel. Nós estávamos muito empolgados e entusiasmados naquela noite. Logo depois disso, descobri que estava grávida.”

“Credence, eu estava grávida de um filho seu, mas você não o quis. Você achava que eu não tinha condições de dar à luz ao seu filho... Agora, o jogo virou e para melhor, pois estou gravida de Juelz. Ele está muito animado com a notícia. Ele prometeu se casar comigo, assim que eu for solta e que vai cuidar de mim e do nosso filho, por toda a vida!”

Ao dizer isso, Dorothy piscou os olhos e manteve o sorriso: “Além do mais, agora que sou uma assassina, não estou mais a altura do título de Sra. Scott. Eu não te amo e você também não me ama. Quando tiver um tempo livre, peça logo os documentos do divórcio. Já passou da hora de nos separarmos.”

No início, quando ela propôs o divórcio, Dorothy sentiu uma dor de partir o coração. Era difícil para ela aceitar esse fato. Mas, gradualmente ela foi se conformando com a ideia.

Ele era um homem que não a amava, um homem que não lhe queria. Credence ficava ao lado dela como uma concha oca e a tratava de modo cruel e impiedoso. Qual o sentido disso?

Dorothy acumulou muitas decepções em seu interior. Mesmo sendo impenetrável, ela ainda iria desistir.

Assim que ela disse isso, um ar ártico preencheu a atmosfera do pequeno banheiro, e tudo ficou em silêncio como em um túmulo.

Uma batida repentina quebrou o silêncio entre os dois.

Dorothy ficou espantada.

Quem viria procurá-la tarde àquela hora?

Em meio ao choque, ela se virou para olhar a porta. Porém, Credence ainda a encarava com seus olhos gelados.

No segundo seguinte, Dorothy escutou a voz ansiosa e preocupada de Juelz: “Dory, o que você está fazendo aí dentro? O bebê está sendo desobediente de novo e a deixou enjoada? Eu perguntei para o médico sobre isso. O médico disse que é normal você ter esses enjoos diários. O vômito vai parar, quero dizer, o enjoo matinal, vai parar no quinto ou sexto mês da gestação. “

Ao ouvir isso, o rosto de Dorothy congelou. Ela não disse nada.

Juelz voltou a falar alegremente: “Venha logo. Apresse-se. Veja o que eu trouxe para você. Trouxe leite, mamadeiras, fraldas, roupinhas de bebê, calças e gorros. Germaine me disse o que comprar. Ela disse que já que vou ser pai, deveria começar a agir como um.”

“Dory, essas coisas são muito fofas. Estou tão feliz que mal posso esperar para poder te mostrar! Ah, saia já deste banheiro. Venha logo. Quero saber se tenho bom gosto. Haha, eu realmente vou ser pai daqui a sete ou oito meses! Dory, rápido. Preciso que você me belisque, para eu ter certeza de que não estou sonhando...”

Diante dessa situação repentina, Dorothy entrou em pânico. Ela não sabia o que fazer.

Quando Juezl foi visitá-la, ela enfiou um pequeno bilhete nas mãos dele enquanto Ivana não estava prestando atenção. O papel dizia que ela estava grávida e esperava que Juelz cooperasse com ela e manter a atuação na frente de Credence. Eles fingiriam que a criança em seu ventre era mesmo de Juelz, na tentativa de desestabilizar Credence. O objetivo era que ele concretizasse o divórcio.

No entanto, ela não esperava que Credence fosse aparecer ali, ainda mais no meio da noite. Juelz também estava todo animado por ter conseguido um enxoval em pouco tempo. Ele falou tanto que até soltou frases que poderiam soar suspeitas.

Depois de ficar atordoada por um tempo, Dorothy rapidamente voltou aos seus sentidos e seus olhos brilharam.

Era uma oportunidade maravilhosa, não é mesmo?

Juelz percebeu que Dorothy não lhe respondia. Ele ergueu as sobrancelhas e gritou: “Dory, eu já estou falando aqui há bastante tempo, por que você não me responde?”

“Você está se sentindo bem? Quer que eu te leve para o hospital?”

“Dory, estou ficando aflito! Vamos, responda logo!”

“Estou entrando.”

A porta se abriu. Juelz entrou com um olhar preocupado, ele sentiu um arfada de vento frio soprar em sua direção. Como ele estava parado em um ponto cego, ele não viu o homem vestido de preto chutá-lo. Logo em seguida, ele sentiu uma sensação de ardência no estômago...

Credence o pegou desprevenido e o jogou no chão. Uma dor lancinante fez com que seus antigos ferimentos voltassem a doer, especialmente o seu ferimento mais recente. Ele deitou-se no chão de cimento frio, incapaz de se levantar.

Maldição, quem o teria atacado pelas costas?

Naquele momento, Juelz ignorou a dor de seu corpo e se concentrou em manter Dorothy segura. Ele entrou em pânico. “Dory, quem está aí? Diga-me, você está bem?”

“Fale comigo, Dory, é o Credence? Só pode ser ele. Quem mais seria tão desprezível e astuto ao ponto de atacar alguém despreparado...”

“Credence, dê o fora daqui. Se você tiver coragem, venha até aqui e lute como homem. Que tipo de imprestável para você importunar Dory?!”

Ao dizer isso, Juelz percebeu que Dorothy estava sendo arrastada para fora do banheiro, pelo braço esguio de Credence. Seus olhos sombrios foram atraídos para a pilha de produtos para bebês, que haviam sido colocados em cima da cama, então voltou seu olhar para encarar Juelz, que gemia e rangia os dentes de tanta dor, embora ainda mantivesse a boa aparência. Então, desviou sua atenção para o rosto pálido de Dorothy, por um bom tempo.

Credence fitou Dorothy até que ela não pudesse mais suportar seu olhar gélido, então ela estremeceu. Ele sorriu e soltou uma risada grave.

"Que casal adorável. Parece que agora sou eu quem está sobrando."

As veias saltaram do pescoço de Credence enquanto ele ria. Seus traços charmosos transformaram-se em linhas sinistras e em uma expressão assustadora. Ele ergueu a mão e segurou os ossos da mandíbula de Dorothy com força. De repente, ele aumentou o seu aperto

“É por causa dele que você fugiu de casa no meio da noite? Não é de se admirar que vocês morassem no mesmo hotel em Palm City. Naquela época, você já devia estar grávida dele. Dorothy, eu sempre fui um cavalheiro com as mulheres e não quero ter que te machucar. No entanto, você teve um caso nas minhas costas. Você acha mesmo que vou hesitar em matá-la?”

Dorothy estava com tanta dor que seu rosto ficou cada vez mais pálido, mas ela resistiu à vontade de soltar um gemido. Ela suportou a dor agonizante no queixo e olhou para o homem com raiva. Ela deu um sorriso frouxo.

“Sim, é isso mesmo. O filho é de Juelz, eu te traí bem debaixo do seu nariz. Agora que você descobriu, faça o que quiser. Não tenho mais nada a dizer.”

Diante daquelas palavras, o corpo alto ereto de Credence congelou por um momento. Em silêncio, ele abaixou os olhos e ficou encarando Dorothy. Não havia o menor traço de emoção em seu rosto duro.

Então, Dorothy o ouviu dizer em voz baixa e ríspida: “Dorothy, você me dá nojo! Na verdade, eu só me interesso pelo seu corpo, mas agora, eu nunca mais vou lhe tocar, nem que você seja a última mulher do planeta.”

“Mais tarde, alguém vai trazer os documentos do divórcio. Cuide-se!”

Depois disso, a porta de ferro da sala de detenção bateu com força, fechando-se mais uma vez.

No momento em que Dorothy virou a cabeça e olhou para cima, ela só podia ver sua figura sombria desaparecer.

Ela cobriu os lábios com as mãos e as lágrimas caíram silenciosamente por seu rosto.

Finalmente acabou.

Desta vez, realmente acabou!

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