LINDA
— Não grite. Por favor, não grite. — o homem pediu dando passos para dentro do quarto e eu andei para trás. — Se você fizer qualquer coisa, ele te matará. Estou dizendo isso para o seu próprio bem. Você sabe do que o Sr. Rômulo é capaz. Não tente nada.
— Eu quero ir embora. — meus olhos se encheram de lágrimas.
— Então colabore com ele. Assine os documentos e ele te deixará ir.
— Eu não vou assinar nada.
— Ele não vai te deixar ir sem assinar, sem a garantia que não fará nada.
— Por isso mesmo. Eu nunca vou me calar diante de tudo o que ele me fez. Quando eu sair daqui o seu patrão será preso. Eu vou garantir isso. Agora saia da minha frente antes que eu te derrube.
— Você não pode ir.
— Eu vou. E se você não deixar eu vou gritar. — ameacei e ele ficou balançando a cabeça em negação. Eu avancei e tentei passar pela porta, mas ele me segurou e tapou a minha boca com mão. Eu mordi a palma dela e ele me soltou, então eu corri para fora até chegar na sala. Onde estava a polícia, um rapaz, uma senhora e ele.
— Senhorita, você é Linda Fonseca?
— Sim. Sou eu. — tentei me manter de pé, mas eu não deveria ter corrido. A minha cabeça voltou a doer com tudo e o mundo ao meu redor começou a girar. Eu perdi o equilíbrio e caí, mas senti que alguém me segurou. Abri meus ombros e era o capacho do monstro.
Ele estava com cara que quem sabia que morreria por aqui.
Todo mundo veio pra cima de mim. Até o monstro.
— O que houve com ela? — o policial perguntou. Eu tentava ficar acordada e de olhos abertos, mas tudo estava ficando turvo e a última coisa que vi foi o rosto daquele monstro na minha frente.
Se for para morrer, que não seja nesse momento. Não quero que seu rosto seja o último de toda a minha vida.
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