LINDA
Sábado.
Eu chorei horrores a noite toda, olhando para as coisas do meu pai. Foi como se ele estivesse perto de mim.
Ao mesmo tempo que estava chorando de tristeza por não tê-lo mais aqui, também chorava por ter as coisas dele aqui comigo, que me confortam pela sua ausência.
Eu vou cuidar desse colar que tem a nossa foto e sempre que puder irei usá-lo. Para lembrar que meu pai sempre está comigo.
Tenho certeza que esse colar não foi o meu pai quem comprou. Pelo cheiro do pacote, cheiro de coisa que acabou de sair da loja. Foi o Rômulo quem comprou.
O que será que deu nele pra fazer isso?
Eu sei que ele foi para a plataforma ontem à tarde, então ele deve ter trazido essas coisas de lá, mas de onde ele tirou a bondade e a iniciativa de comprar esse colar e ainda colocar a foto?
Será que ele tem coração, debaixo de todo aquele jeito grosso e frio que ele tem?
De qualquer forma foi um belo gesto. Eu tenho que admitir. Ele conseguiu me fazer chorar e não foi por medo.
Será que eu deveria agradecer?
Com certeza eu deveria agradecer por trazer a caixa, mas esse presente deve ser tão caro que eu nem deveria aceitar.
Mas devolver um presente soa muito rude e indelicado.
Contudo, é vindo da pessoa do Rômulo, então não faria mal devolver e ser indelicada.
O que ele queria me dando esse presente? Será que achou que eu iria parar de implicar com ele?
Ele desdenha da minha vida de órfã e depois aparece com essas coisas…
Não dá pra entendê-lo.
Segurei o pingente e dei uma olhada, mesmo de cabeça para baixo. Quanto isso deve custar? A minha vida talvez.
Eu vou fazer uma caminhada e se eu passar pela frente da casa dele, talvez entre e agradeça ao menos pelo presente.
[•••]
RÔMULO
— Sr., Bom dia. — Sérgio me encontrou na sala de estar.
— Bom dia, Sérgio. — eu saí dos meus devaneios observando o jardim lá fora.
— Como foi a noite? — ele se aproximou de mim e colocou uma xícara de café e biscoitos em cima da mesa de centro.
— Foi péssima. Briguei com ela e meu pai ainda apareceu. — tive rápidas recordações da noite passada. Aliás, ontem a noite eu mal dormi pensando em tudo. — Sérgio, junte os funcionários, vou dar o fim de semana de folga a todos.
— O Sr. tem certeza?
— Tenho. Eu quero ficar sozinho.
— E os seguranças?
— Eles podem ir na hora do almoço.
— Está bem, Sr.
— Sérgio, você também está de folga. — frisei.
— Obrigado, Sr. — ele deu um leve sorriso e saiu em direção a cozinha.
Sempre que estou muito tenso, que preciso de paz, eu dou folga aos meus funcionários e fico sozinho em casa. Eu posso dizer que moro sozinho, mas não moro. Tem o zelador, a cozinheira, a faxineira, o Sérgio, os seguranças… a minha casa vive cheia.
Este fim de semana eu quero ficar sozinho para fazer coisas que eu não gosto de fazer na frente dos meus funcionários.
Tomei o café e comi os biscoitos, depois vi meus funcionários saindo com sorrisos no rosto.
E a casa ficou só pra mim.
Fui à cozinha e procurei uma garrafa de vinho.
Eu tomo cerveja, mas não gosto muito não, eu prefiro vinho ou uísque. Vou tomar vinho e depois eu tomo whisky.
Comecei devagar, coloquei em vídeos de músicas e fiquei no sofá assistindo enquanto bebia.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CEO sem coração
Foi maravilhoso esse livro...
Oh meu pai estou chorando 😭😭 aqui coração partido💔, ainda bem que ele se arrependeu , erra e humano,e ter consciência de que errou nos torna super-humano!!!...
Gente Amando esse dois hehehe, que pérola 🦪 e essa história 😍...
Eita lasqueira, hehehe 😁😁...
Mal sabe ela que daqui alguns capítulos estará completamente a mercê do monstro gostosão 🫦...
Coloquem mais capítulos,por favor...
Delícia de livro, adorei...