O Delegado (Duologia os Delegados vol1) romance Capítulo 9

Diogo

Essa mulher seria a minha morte. Mesmo depois de trocarmos mensagens, eu não conseguia pensar em outra coisa. Mal consegui trabalhar direito. Passei as mãos pelos meus cabelos em um gesto nervoso. Afinal, nunca imaginei ficar sem controle da situação, e olha que já passei por cada uma… Olhei para os lados e ainda estava sentindo o perfume dela, como se fosse uma corda que estivesse me puxando. Será que isso era amor?

Eu não entendia muito disso, mas eu sabia que essa mulher me deixava louco para senti-la nos braços, beijar novamente aquela boca deliciosa. Senti meu pau endurecer mais ainda, eu queria muito sentir o gosto da sua boceta, sentir meu pau todo dentro dela e fazê-la minha.

Era melhor eu parar de pensar nessas coisas, porque a situação não estava ficando nada fácil. Só de eu olhar para baixo, vi que meu pau estava ereto e dolorido.

Peguei o celular com vontade de ligar para ela e pelo menos ouvir a sua voz. Sabia que estava sendo exagerado, afinal tinha que dar um pouco de espaço para que ela pudesse pensar. Mas fazer o quê? Essa mulher me conquistou com tudo.

O final do meu expediente estava chegando e eu fiquei andando de um lado para o outro com os pensamentos só nela, quando tive uma ideia: ir atrás dela. Mas como eu iria à sua casa?

— Pensa, Diogo, vamos, homem, não deve ser difícil conseguir o endereço daquela tigresa — pensei um pouco e fui até a parte dos registros do RH da delegacia, parei em frente a uma sala e bati na porta. Ouvi uma voz me autorizando a entrar e dei de cara com o meu amigo Renan.

— Ora, ora, quem vem ao meu humilde local de trabalho! — disse Renan, com ironia.

— Larga de ser chato, Renan, a gente se viu outro dia, vai — falei.

— Então, me conta o que você veio fazer aqui.

— Quero te pedir um favor pessoal, mas ninguém pode ficar sabendo, e, quando digo ninguém, é ninguém mesmo.

— Beleza. Como está misterioso!

— Eu quero que você olhe os arquivos do Davi — pedi, vendo o olhar de surpresa, afinal ele nunca imaginou que eu pediria isso.

— Diogo, a gente é amigo e tudo, mas o Davi está envolvido em algo que devo ficar em alerta — ele disse, preocupado. Davi era um ótimo policial e sua fama em prender as pessoas já era bem conhecida. Se ele estivesse envolvido em algo de errado, deixaria muitas pessoas tristes, com certeza.

— Não é nada disso, pode ficar despreocupado — eu o tranquilizei.

— Ufa, então OK, mas tire essa curiosidade. Por que quer ver a ficha do Davi?

— Então, o que eu te contar não sai desta sala, OK?

— Tudo bem, me fala qual é o grande mistério.

— Eu quero pegar o endereço da casa da Antonella.

— Como assim, meu, você está querendo o endereço dela?

— É porque eu estou a fim dela — falei, e vi que ele ficou bem espantado, afinal estava sem pegar nenhuma mulher fazia um tempo.

— Você está brincando, cara, aquela deusa gostosa da Antonella é muita areia para o seu caminhãozinho — ele brincou, e não gostei da forma como ele a chamou de gostosa. Não que ela não fosse, ela era tudo isso e mais um pouco, mas só eu poderia chamá-la assim, mais ninguém.

— Renan, se você não quiser perder o amigo aqui, pode parar de chamá-la de gostosa — falei, em tom bem sério, daqueles que eu usava para intimidar os presos em geral.

— Calminha aí, amigo, não vai mais acontecer. Vou conseguir o endereço para você, só um momento — dizendo isso, ele foi para outra sala. Eu fiquei mexido ao ver como uma simples palavra de um outro homem achando ela gostosa me incomodou a ponto de quase começar uma briga por causa dessa mulher.

Olhei para ver se Renan estava voltando e me sentei ali na cadeira dele, me sentindo cansado da vida que estava levando. Eu não queria parar de trabalhar como delegado, isso não, eu nunca deixaria de ser um policial. Mas sim da minha solteirice. Pensei no que ela estaria fazendo, será que a essa hora estaria dormindo, ou ainda estava acordada? Será que estaria pensando em mim?

Olhei de novo o celular, e havia umas imagens no WhatsApp de boa noite e mandando beijo, e a foto da minha tigresa. Salvei desse jeito o número. Olhei a hora e reparei que eram três da manhã, e a última vez que ela esteve on-line foi a hora em que ela tinha me enviado as mensagens, uma da manhã. Porra, que noite!

Me levantei e fiquei andando de um lado para o outro esperando o Renan vir logo. Olhei no relógio e, vendo que os minutos estavam passando, eu já estava ficando sem paciência com a demora dele, estava já a ponto de entrar lá na sala de arquivos, quando ele finalmente retornou.

— Caramba, Renan, que demora foi essa? — exclamei, nervoso, passando as mãos pelo cabelo.

— Estava procurando o endereço da irmã do Davi.

— Me dá o endereço, então — ele me entregou, e eu falei, rápido, já querendo me despedir: — Fico te devendo uma.

— Pode deixar, que eu vou cobrar.

— Obrigado de novo, Renan — agradeci e saí da sala.

Voltei para minha sala, peguei minha arma e meu casaco e saí. Dei uma passada na sala do Davi e vi que ele ainda se encontrava compenetrado nos documentos.

— Davi, com licença — falei, fazendo-o levantar a cabeça rápido.

— Oi, Diogo, algum problema?

— Não, só queria te pedir um favor.

— É claro, do que se trata? — ele perguntou, curioso.

— Eu preciso sair um pouco mais cedo hoje.

— É claro, algum problema?

— Não é nada, só que eu preciso ver uma amiga — respondi, rápido, querendo fugir desse assunto.

— E essa menina, eu conheço? — ele perguntou, desconfiado.

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