O Delegado (Duologia os Delegados vol1) romance Capítulo 24

Diogo

Nem acreditava que neste momento estava aqui no altar esperando a minha tigresa entrar. Eu estava nervoso e ansioso, afinal estava me casando com a minha tigresa, o amor da minha vida.

— Se acalma, Diogo, pelo amor de Deus — pediu Davi.

Sabia que estava impaciente, não via a hora de colocar a aliança no dedo dela. Quando descobri que seria pai, foi uma emoção tão forte, que pensei que não iria aguentar.

Sempre quis ser pai. Ao ver a caixinha com um par de sapatinhos, eu não me contive. E desde então eu estava no paraíso, meu bebê estava para nascer logo. A minha tigresa queria esperar o nascimento do nosso filho, mas eu não quis esperar; para mim, meu filho, ou minha filha, quando nascesse, já teria os pais casados.

Olhei para todos que estavam na igreja, meus pais, meus amigos, a mãe do Roberto, que era minha segunda mãe e quem convidei para ser minha madrinha de casamento. No dia em que ela apareceu na delegacia chorando por saber que seu único filho estava preso, me senti mal por ela, pedi desculpas por ter feito isso, mas ela me surpreendeu dizendo que o que eu tinha feito era minha obrigação. Sabia que era, mas não queria que ela passasse por essa dor.

Olhei para o lado da minha tigresa e vi que a Raquel estava lindíssima também, em um vestido azul, e sabia que meu amigo não tirava os olhos dela, e ela também não tirava os olhos dele.

A mãe da minha deusa se encontrava falando com a Raquel, e também estava muito emocionada. E quem não estava? Nossas famílias ficaram sabendo da gravidez de Antonella e começaram a comprar tanto, que nem sabíamos onde colocar tantas coisas de bebê. A nossa sorte era que encontramos uma casa com jardim enorme; era tão espaçosa, que poderíamos ficar ali para sempre, ter mais uns dois filhos se quiséssemos.

Ouvimos a marcha nupcial começar e as damas de honra entraram. Logo em seguida, minha tigresa entrou com o pai. Ela estava belíssima, seus cabelos estavam presos para cima, e eu não via a hora de soltá-los e deixá-los espalhados na nossa cama. Seu vestido era branco no estilo medieval, que a deixava maravilhosa. Ao pensar que meu filho, ou minha filha, estava ali, participando de tudo, fiquei emocionado e não via a hora de vê-lo(a) finalmente.

Seu pai entregou a Nella para mim e me falou:

— Filho, você está recebendo meu maior presente, minha menina. Cuide bem dela como sei que você sempre faz — ele me pediu, e seus olhos se encheram de lágrimas.

— Pode deixar, pai, eu cuidarei com a minha vida — respondi, ganhando um abraço do pai da Antonella.

Desde que conheci os pais dela, eles pediram para chamá-los de pai e mãe, e os meus fizeram o mesmo com a Nella.

— Eu sei que vai, filho — com isso, ele saiu e foi ficar ao lado da minha sogra.

Segurei nas mãos de Antonella, e ela estava muito gelada, me deixando preocupado.

— Tudo bem, tigresa? — perguntei, olhando em seus olhos.

— Tudo bem, delegado, estou ansiosa, você sabe: hormônios — ela brincou.

— Não vejo a hora de colocar você na cama e te foder bem gostoso — eu pisquei o olho para ela, que ficou corada, mas seu olhar malicioso me disse que ela estava querendo o mesmo que eu.

— Eu também, delegado, não vejo a hora. Que tal se a gente desse uma rapidinha depois na festa? Estou sem calcinha — ela sussurrou no meu ouvido.

Fiquei em choque e senti meu pau ficar duro na mesma hora, só de imaginar que a minha tigresa estava sem calcinha. Nunca desejei tanto que o tempo passasse rápido e a cerimônia acabasse logo para eu poder conferir se era verdade ou não.

O padre, então, começou a realizar a cerimônia, e, quando chegou na hora de trocar as alianças, eu comecei a dizer para ela:

— Nunca me imaginei casando e agora sendo pai do nosso bebê — comentei, emocionado, e, vendo lágrimas nos olhos dela, continuei: — Se eu soubesse que minha vida seria tão completa com você ao meu lado, teria feito um pedido a Deus, querendo que você tivesse entrado na minha vida há muito mais tempo. Se me fosse dado o direito de voltar no tempo, faria tudo de novo, só para conhecer meu verdadeiro amor. Agradeço ao Davi por ter ido ao clube e ter feito o que fez, fazendo, assim, com que o destino nos juntasse. Te amo tanto minha tigresa, como amo nosso filho, que logo vai estar com a gente — terminei, já chorando de emoção, e, vendo as lágrimas da minha tigresa rolarem livremente, fiquei ainda mais emocionado ao ver como a gente se amava tanto.

— Sempre pensei que o amor para mim nunca iria acontecer. Desde nova, você sabe que passei por muitos altos e baixos e lutando sempre. No momento em que te conheci, tive medo de você não gostar de mim por ser gordinha. Não que eu não me aceitasse, agora me aceito, sim. Mas, quando te vi, tão lindo e forte, não achei que merecesse ter você. Sei que dei trabalho durante esses meses, mas foi por uma boa causa, não? — ela me perguntou, e dei um sorriso. Sabia do seu problema de baixa autoestima, seu problema com peso e tratamento com seu amigo, que se encontrava agora na nossa cerimônia, também emocionado. — Pois é, meu desejo está sendo atendido agora, estou me casando com o amor da minha vida e vou ser mãe. Sempre vou te amar, tanto quanto já amo nosso bebê.

Colocamos a aliança um no outro e ouvimos o padre nos abençoar, e, quando disse que podia beijar a noiva, não me fiz de rogado, não, nos beijamos apaixonadamente como sempre fazíamos. Senti seu corpo estremecer nos meus braços e ouvimos todos baterem palmas. Nos olhamos e falamos ao mesmo tempo:

— Te amo tanto, minha tigresa!

— Também te amo tanto, meu delegado!

Saímos da igreja e fomos em direção ao salão de festas. Chegando lá, todos nós dançamos muito, e, quando saímos em lua de mel, fomos para Campos do Jordão, era friozinho e a Nella nunca tinha ido.

Conversamos sobre tudo, falamos sobre o casamento, o livro que a minha tigresa estava lançando e o pedido que ela me fez querendo ir ao clube que eu frequentava com o Davi. É claro que disse que não, mas a mulher era terrível, ela usou o sexo e acabei cedendo. Conhecemos tudo, ficamos uns dias afastados de tudo e todos, celulares desligados e sem internet, só aproveitando a nossa lua de mel. Quando chegou ao fim, saímos de lá querendo voltar para passar mais uns dias.

Chegamos em nossa casa, e é claro que todos estavam nos esperando, com mais brinquedos e roupas para o nosso bebê. Estava conversando com meus pais, quando eu ouvi a Antonella gritar de dor. Saí correndo, e não a vi em canto nenhum. Seus gritos ficaram mais fortes e fui em direção a eles, até que a encontrei no banheiro apoiada na pia, segurando a barriga.

— Tigresa, o que está acontecendo? — perguntei, preocupado e angustiado. Seu rosto estava muito pálido.

— Diogo, está doendo muito — ela chorou, e eu fiquei desesperado.

— O que está doendo, amor?

— Minha costas, estava sentindo dor desde que saímos lá de Campos do Jordão, mas aumentou agora quando senti um líquido escorrer pelas minhas pernas.

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