O Despertar da Rainha Militar Divorciada romance Capítulo 304

O calor ondulava sob sua pele esticada; seu peito subia, descia e subia novamente como se cada suspiro lutasse sua própria batalha. Naquele instante, Julius parecia perigosamente vivo — a pura tentação vertida em forma humana.

Quinn desviou o olhar. “Sim, estou aqui. Fabian disse que você bebeu acidentalmente um coquetel batizado e recusou ajuda médica.”

“Ajuda médica?” Ele puxou o ar e agarrou o pulso dela. “Se eu sair assim, a imprensa vai se fartar. Um escândalo sangraria a empresa. Não posso arriscar isso.”

O fogo lambeu sob sua palma; o calor de sua pele queimava o pulso dela. Ela se perguntava se a febre da droga estava queimando-o por dentro.

“Se a exposição é tudo o que você teme, posso apagar todas as câmeras entre este quarto e o carro. Nós te envolvemos em um cobertor, cobrimos seu rosto — ninguém saberá,” ela disse.

“E se ainda assim descobrirem meu nome? Os corredores do hospital têm ouvidos, Quinn. Segredos vazam. Assim como você descobriu que eu abandonei Rowan, e você se afastou de mim.” Sua respiração se fragmentou, os dedos apertando como se o pulso dela fosse sua única âncora.

“Julius, nós não estamos mais juntos,” ela respondeu, voz baixa, mas firme. “Eu não sou seu antídoto. Estou aqui para persuadi-lo a buscar tratamento. O poder da família Whitethorn pode enterrar qualquer boato.”

“Mas... e se eu ainda recusar?” Julius murmurou. Forçando-se a ficar de pé, ele balançou e então desabou para frente, pesado e desesperado, em seus braços.

Quinn avançou por instinto, segurando Julius pelos ombros. O contato repentino o trouxe contra ela, o calor emanando de sua pele como um forno. Mesmo através das camadas de tecido entre eles, ela sentia a queima de seu corpo, uma febre que parecia irradiar diretamente para seus ossos. Ele tremia, mandíbula cerrada, cada músculo em seu rosto lutando por contenção, mas seus braços a envolviam com uma força desesperada, como se ela sozinha pudesse extinguir a detonação de necessidade crescendo dentro dele.

“Você sabe? Esta droga incendeia o corpo. Parece insetos envenenados roendo sob a pele. Dói tanto, Quinnie. Você realmente vai ficar aí parada e me assistir queimar?”

Quinn ergueu o queixo, calma gélida velando o pânico pulsando em seu peito. “Eu não estou aqui para isso, Julius. Nós terminamos isso. Não vou deixar a história se repetir esta noite.”

Ele enterrou o rosto em seu pescoço, respiração escaldante. “Mas você veio,” ele murmurou, palavras roçando sua pele como suas mãos inquietas. “Você ainda teme por mim. Você ainda se importa. Diga que estou errado.”

O frágil fio de contenção era tudo que o impedia de se tornar um animal enlouquecido e jogá-la sob o peso de sua fome.

“Estou aqui apenas para que você não culpe o Sr. Wooley mais tarde,” Quinn respondeu, tom plano como vidro.

“Ha.” A risada crua raspou de sua garganta, áspera pela necessidade. “Não finja que não sente nada por mim.”

“Acredite no que alivia sua consciência,” Quinn retrucou, empurrando seus ombros. O movimento apenas a fez consciente da mudança crescente em seu corpo contra sua coxa.

Ela suspirou por dentro. Talvez a solução mais simples fosse nocauteá-lo e arrastá-lo diretamente para a emergência.