O Despertar da Rainha Militar Divorciada romance Capítulo 55

“Seu filho simplesmente não é digno da Quinnie. Ele nem sequer deixou que ela trouxesse as cinzas dos pais para casa! Como alguém assim poderia ser digno de ser marido dela?”, Dominic exclamou, indignado.

“Pff! Esperar que meu filho traga algo tão azarado quanto cinzas? Só nos sonhos dela!” Penelope cuspiu com desprezo. “Naquele dia, a Quinn voltou com uma urna de cremação, querendo guardá-la em casa por alguns dias. Eu tive que dar um tapa nela para fazê-la parar. Se tivesse a ousadia de manter aquela urna dentro de casa, eu a teria quebrado na hora. Estava tentando trazer má sorte para a família Grafton! Que maldade...”

Dominic tremia de raiva. Só então compreendeu a extensão da humilhação que a filha de seu camarada tinha suportado.

Harlan e Laura estavam visivelmente abalados.

Laura finalmente entendeu que havia muito mais por trás da decisão de Quinn pelo divórcio. Como Trent podia tratar Quinnie daquela forma?

Penelope, cada vez mais satisfeita consigo mesma, falava sem freio, até que uma voz masculina, fria como gelo, ecoou: “Batam nela!”

Logo em seguida, um tapa estrondoso atingiu o rosto de Penelope, silenciando de imediato suas palavras venenosas.

Todos ficaram atônitos. O tapa foi desferido por um dos subordinados. Mas quem havia dado a ordem fora o próprio Julius.

Penelope ficou paralisada. Demorou alguns segundos até recobrar os sentidos, e então explodiu de raiva: “Como ousa? Quinn, você se une a estranhos contra mim. Não é de se admirar que seus pais tenham morrido cedo, com uma filha como você!”

“Continuem batendo!”, Julius ordenou.

O subordinado ergueu a mão e passou a desferir tapas em sequência.

Logo, o rosto de Penelope estava inchado e deformado.

Ninguém ao redor ousava se intrometer. Afinal, aquele era Julius, o homem que praticamente dominava metade de Jexburgh.

Trent tentou correr até a mãe, mas foi contido pelos homens de Julius.

Sem coragem de confrontá-lo, despejou sua fúria em Quinn. “Você não vai mandar eles pararem? É isso que você quer?”

Quinn manteve os lábios fechados, em absoluto silêncio.

Se Penelope tivesse insultado apenas a ela, poderia relevar. Mas desrespeitar Montague e Arlene era algo que jamais aceitaria.

Eles foram soldados honrados, heróis que deram suas vidas pelo país.

O som seco dos tapas ecoava pelo salão.

“Você pode falar o que quiser agora. Eu também poderia dizer que o dinheiro inicial veio da minha mãe para o Trent!”, Jacinda retrucou.

Laura lançou-lhe um olhar fulminante. “Se a família Grafton tivesse mesmo condições de bancar o Trent naquela época, ele não teria sido tão pobre a ponto de dar para a Quinnie uma aliança de casamento vagabunda, comprada por duzentos numa barraquinha de rua!”

“Como uma órfã poderia ter tanto dinheiro?”, Jacinda gritou.

“Esse dinheiro era a pensão por morte dos pais da Quinn!” As palavras de Laura caíram como uma bomba. O silêncio ensurdecedor tomou conta do ambiente.

Trent, que permanecera calado até então, fitou Quinn em choque, as pupilas contraídas. Poderia ser? O capital inicial do meu negócio... era a pensão de morte? Como isso seria possível? Mas, se não fosse, de onde mais ela teria tirado tanto dinheiro de repente?

Ele se lembrou da dor estampada no rosto dela quando Montague e Arlene faleceram.

E também de sua própria aflição, quando não tinha um centavo.

No auge de sua ansiedade por vencer, ela lhe estendeu aquele dinheiro, dizendo: ‘Use isso para realizar seus sonhos!’

‘Como conseguiu tanto dinheiro?’, ele havia perguntado, incrédulo, naquela época.