O Destino de Isabella (completo com mais um bônus ) romance Capítulo 100

°Marina°

Depois da nossa noite maravilhosa, eu não podia ser mais grata. Saí cedo e comprei umas coisinhas para comermos juntos. Agradeci por voltar rápido pois ele já estava quase indo embora. Felicitei-o pelo seu dia e assim tomamos café. Ele foi embora minutos depois, eu tinha uma coisa importante pra fazer. Tomei um banho, coloquei um roupa levinha e prendi os cabelos. Fiquei de frente pro espelho tentando ensaiar algo que não seja muito doloroso pra falar pro Rodi. Sei que não temos nada sério, mas mesmo assim é chato dizer que não dá mais, que "acabou".

Saio do quarto indo em direção ao quarto dele. Bato na porta umas quatro vezes e enfim ele abre.

_Oi, dengosa._Ele vem me beijar, mas eu desvio._Aconteceu alguma coisa?

_Bom dia. Posso entrar?

Ele assente dando passagem para que eu entrasse. O quarto estava todo bagunçado, uma zona. Vi umas garrafas de bebida por cima da mesinha, umas roupas no chão e pacotes de salgados espalhados pela cama.

_Passou um tornado por aqui?_Pergunto espantada com tamanha bagunça.

_Liga pra isso não, dengosa. Ontem à noite minha mãe ligou dizendo que meu pai bateu nela alcoolizado e que ela resolveu interná-lo._Ele bufa._Resolvi passar a noite bebendo e esqueci de te avisar, desculpe.

Sorrio tentando amenizar meu nervosismo. Eu tentando "acabar" com ele e ele me contando que está em um momento difícil. Vamos lá, Marina, força!

_Precisamos conversar._Suspiro._Tem tempo agora?

_Acho que precisamos mesmo, tenho um convite pra te fazer._Ele pega uma toalha no chão._Me espera tomar banho?

Assinto e então ele entra no banheiro rapidamente. Fico observando a bagunça no seu quarto, mais especificamente andando entre ela. Vejo um objeto brilhante em cima da cama, aproximo-me. Pego o tal objeto constatando ser um brinco, um brinco feminino.

_Esse brinco não é meu..._Sussurro encarando o acessório.

Fico encarando o objeto tentando entender quem veio a esse quarto e deixou isso em cima da cama. Sou tirada dos meus pensamentos ao ouvir a porta do banheiro sendo aberta, escondo o brinco no decote.

_Demorei, dengosa?_Ele aparece enxugando os cabelos totalmente nu.

_Esperarei você se vestir para conversarmos._Sentenciei._Seja rápido.

Vi sua expressão de confusão, mas logo tratou de vestir uma bermuda. Jogou a toalha em cima da cama e cruzou os braços me encarando.

_O que você tem? Diz logo o que é._Sua voz tem um tom de chateação.

_Não podemos mais nos relacionar, Rodrigo._Soltei de uma vez só._Sei que...

_O quê?_Ele berrou me assustando._Você está me deixando? É isso?

_Eu quero ser justa com você. Não dá pra continuar ficando com você se eu não te amo, Rodrigo. Não seria justo eu insistir em uma coisa que não iria dar a lugar nenhum._Gesticulo me aproximando.

_O perneta foi contar pra você, não foi? Ele foi colocar coisa na tua cabeça, Marina!_Ele grita segurando meus braços._Eu iria te pedir em namoro, sua tonta! Eu contei ao seu amiguinho e provavelmente ele foi te envenenar contra mim.

Ele me solta e pega uma caixinha dentro da gaveta. Pega minha mão e me faz segurar o objeto.

_Abre, Marina. Abre essa porra!_Ele berra impaciente._Vê o que eu iria te dar hoje à noite e seu amiguinho deficiente estragou.