Dylan
Depois que deixei a Isa em casa, segui para a empresa novamente. Confesso que aquela desculpa que ela me deu sobre ficar tensa perto do Felipe não convenceu. Alguma coisa tem aí.
Será que já foram namorados? Ou ficantes?
Chego na Magnus e passo o cartão na entrada. Subo para o andar superior e vejo que Lavínia está atendendo uma ligação. Logo ela desliga e estende a mão em sinal para que eu pare.
_Sr. Magnus, o senhor tem visita. Escolheu esperar na sua sala mesmo eu não permitindo. Desculpe-me.
_Tudo bem. Obrigado.
Abri a porta da sala e vi alguém que eu não estava afim de ver. Fechei a porta e ela olha pra mim.
_O que você faz aqui, Michelle?_Jogo a pasta em cima da mesa._Você não tem autorização pra entrar na minha sala.
_E aquela suburbana tem?_Ela vira-se para olhar-me._Liguei, mandei mensagens e você só me ignora. Então quer dizer que aquilo é verdade? Você e a suburbaninha estão...
_Olha como você fala da Isabella._Interrompo tentando manter a postura._Ela tem mais classe do que você. E se aquilo é verdade ou não, isso não é da sua conta.
Ela caminha até mim com seu arzinho superior que me irrita. Chega extremamente perto a ponto de quase encostar em mim.
_O que ela tem que eu não tenho?_Sua voz é amarga._Não é justo você, um homem de negócios e rico, se relacionar com uma pobretona e ainda por cima sua secretária. Você não vê que isso manchará sua imagem?
_Já disse pra você parar de se referir a Isabella com esses insultos._Falo quase perdendo a paciência._Quem vive de imagem é modelo, Michelle! Eu não vou me privar de viver a minha vida por culpa de status social. Agora sai da minha sala e não ouse aparecer aqui nunca mais.
_Fica esperto, Dylan. Aquela ridícula não é isso tudo não._Ela pega sua bolsa._Eu ainda vou te provar isso.
Ela abre a porta e vai embora. Esmurro a mesa explodindo de ódio.
_Eu não posso perder a paciência..._Sussurro passando a mão na minha cabeça._Não posso...
Terminei de organizar minhas coisas e fui pra casa. Pedi para a Lavínia ir pra casa também. Ninguém merece trabalhar até tarde numa sexta-feira. Entrei no carro e fui pra casa. Coloquei o carro na garagem, cumprimentei a Dora que já estava cuidando da comida e segui direto para o banheiro. Tomei um bom banho e visto algo leve. Desço até a cozinha e faço um sanduíche só com salada. Tenho escorregado muito nas frituras e gorduras. Preciso controlar-me um pouco. Na segunda mordida no pão, ouço meu celular tocar. Olho no visor e vejo que é a Denise. Reviro os olhos sabendo o que ela quer.
_Oi, Denise. Péssima hora pra ligar.
_Oi, meu irmãozinho lindo._Ela faz voz de criança._Você vem amanhã aqui né?
_Irei sim. Por que?_Mordo o pão mais uma vez.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Destino de Isabella (completo com mais um bônus )
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