Dylan
Na hora do almoço, arrumo minhas coisas e saio da empresa. A essa hora os pais de Isabella já devem estar na cidade. Dirijo ouvindo música até a minha casa. Estaciono na garagem e entro assobiando.
_Olá, Dora._Digo quando passo pela cozinha, mas logo paro quando vejo um rosto novo._Quem é você?
_Karina.
_Essa é a Karina, Dylan._Dora fica do lado da moça._Das que vieram, gostei mais dessa. Pode falar com ela?
_Sim, quinze minutos no escritório.
Volto a assobiar e subo a escada indo em direção ao meu quarto. Jogo minhas coisas numa poltrona e vou diretamente pro banheiro. Depois de um bom banho, visto-me e desço para falar com a moça.
Sigo para o escritório e encontro-a sentada olhando para as mãos.
Sento na minha cadeira e olho para seu rosto.
_Muito bem, Sabrina. Queria...
_É Karina._Ela me interrompe._Desculpe.
_Não, tudo bem. Você tem experiência trabalhando como doméstica?
Fiz algumas perguntas para ela e ela sempre tinha a resposta na ponta da língua. Parecia calma e muito dedicada ao trabalho. Faz faculdade de serviço social à noite, mas isso não me impediu de contratá-la. Dispensei-a dizendo que já podia começar por hoje. Ela ganharia pouco menos que Dora, mas já era suficiente, assim disse ela. A comida já estava na mesa e assim ataquei com gula. Logo ouço meu celular tocar. Era Denise.
_Oi. Só queria avisar que vou entrar na sala do seu amigo psicólogo agora. Pra você não ficar preocupado.
_Você tem 20 anos, Denise. E eu confio em você. Pode ir. E se quiser pode ir ao shopping depois. Quero você feliz.
_Prometo que vou rasgar a foto de você beijando o primo Jorjão._Ela sorri._Até mais tarde.
Ela desliga sorrindo e eu não evito sorrir também. Essa foto ela usa como chantagem há bastante tempo. O gesto dela querer rasga-la só quer dizer que ela realmente se importa comigo. E isso é muito recíproco.
Coloco o celular na mesa e concluo minha refeição. Karina recolhe as coisas na mesa e eu me retiro. Ligo a televisão e fico entretido com um desenho animado qualquer. Escuto o celular tocando novamente e corro até a mesa onde o deixei. Sorrio ao ver que era Isabella. Provavelmente pra falar do presente.
_Oi, branquinha._Digo animado assim que atendo.
_Oi, Dylan. Preciso arrumar urgente um apelido carinhoso pra você._Ela sorria._E sobre o presente, não precisava. Não foi muito caro não? Não quero te dar preju...
_Que nada, branquinha. É um prazer te presentear. E é só o primeiro de muitos._Escuto ela suspirar._Seus pais estão bem?
_Sim, na véspera de natal você pode nos visitar._Ela suspira novamente. Algo está lhe incomodando._Preciso conversar com você. Pode ser amanhã?
_Tudo bem. Te encontro amanhã na Magnus.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: O Destino de Isabella (completo com mais um bônus )
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