Dylan
Eu apertava o volante do carro com extrema ira depois daquela mulher ter me acusado de ter feito algo que não fiz e jamais faria.
_Vai com calma, brother._Otávio me aconselha._Desse jeito nenhum de nós chega inteiro em casa.
_Que mulher nojentinha, nossa!_Michelle fala com toda sua prepotência._Nem quis te ouvir. Bem que eu não queria que fôssemos a essa festa.
_Se você não queria ir só era ter dito que eu te deixava em casa. Agora não fica enchendo meu saco por que a merda já foi feita._Falo grosso.
O caminho de volta foi até mais tranquilo depois que eu liguei o rádio do carro pra descontrair um pouco. Passo na frente do apartamento do Otávio e ele desce marcando de nos vermos no meio da semana. Pedi para ele me ajudar com a empresa já que é ótimo com marketing e um bom conselheiro também.
_Você vai querer que eu te deixe onde?_Pergunto olhando a Michelle pelo espelho do carro.
_Na sua casa, pode ser?_Ela insinua-se pra mim.
_Não._Falo direto._Hoje eu só quero ficar sozinho e me organizar para amanhã. Algo me diz que terei dores de cabeça terríveis com a administração daquela empresa.
_Então me deixa em casa mesmo._Ela se joga no encosto do banco e cruza os braços.
Que menina mimada. Aff!
Meu caso com a Michelle é coisa de momento. Quando os dois estão afim, rola. Mas não existe uma vez que ela não esteja afim. No início, antes de eu viajar pra França numa especialização em administração, nós namorávamos. Mas rompi tudo, pois eu sabia que não daria certo namorar à distância. E eu estava indo viajar pra ser extremamente focado no que eu iria estudar. Preferi o término. Fiquei 3 anos na França e voltei faz quatro meses. Nesse meio tempo até tentamos conversar sobre isso, mas eu vi que eu só sinto atração pelo corpo da Michelle, nada mais. E ela aceitou ser só uma ficante. Melhor assim.
Deixo-a em sua casa e sigo para a minha. Quando voltei, resolvi morar sozinho. Achei por bem começar a viver por minha conta própria. Recentemente descobrimos que minha mãe está com tuberculose e meu pai resolveu deixar a empresa nas minhas mãos e cuidar dela. Aceitei de bom grado. Era a saúde da minha mãe que estava em jogo e meu pai já estava muito cansado. Amanhã eu assumiria a empresa e isso estava me deixando nervoso. Na tentativa de me distrair, aceitei ir na festa da Bruna que conheci lá na França e acabei me dando mal. Pensei que aquela morena fosse mais amável, mas a mulher parece leão enjaulado. Estava até tudo bem, mas depois daquele show que ela deu na frente de todas aquelas pessoas, meu bom humor foi por água abaixo.
Abro a garagem da minha casa e estaciono o carro. Entro na casa e jogo as chaves no sofá. Pego uma garrafa de água na geladeira e tomo. Logo ouço meu celular tocar. Olho no visor e vejo que é a chata da minha irmã.
_Oi, Denise._Falo assim que atendo._Aconteceu algo com a mamãe?
_Não. Só estou ligando pra desejar boa sorte no seu primeiro dia na empresa amanhã.
_Você me desejando boa sorte?_Digo surpreso._Diz logo o que tu quer, pirralha.
_Ai Dylan, assim você me machuca._Ela finge chateação._Eu preciso do seu carro emprestado no sábado.
_O quê?_Berro mais alto do que queria._Você só pode estar louca se acha que eu vou emprestar. Você acha que por que nossos pais não te deram um carro ainda?
_Por que eu não estou sendo uma menina boazinha?_Pergunta sorrindo._Se você não me emprestar eu vou colocar nas suas redes sociais aquela sua foto de você dando um selinho no nosso primo Jorjão quando éramos crianças.
Merda! Essa foto não...
Bufo frustado e já arrependido do que vou falar.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Destino de Isabella (completo com mais um bônus )
Opção 3...