O Destino de Isabella (completo com mais um bônus ) romance Capítulo 59

Isabella

Corri em direção ao Felipe que me encarava cinicamente. As lágrimas embaçava um pouco da minha visão, até cheguei a tropeçar no vestido. Tomei o Davi dos seus braços e ele me recebeu com choro. Só se ouvia o nosso choro cheio de saudades.

_Meu bebê, meu menino._Sussurrei beijando sua face chorosa._Eu nunca mais vou te deixar. Nunca mais.

Palmas retumbaram no salão, palmas direcionadas ao Felipe. Ele mesmo chamou os policiais e tratou de explicar a versão que tinha criado. Era convincente, confesso. Fiquei ajoelhada no chão beijando o Davi inúmeras vezes. Vejo um par de sapatos conhecidos entrando na minha visão. Subo o olhar e vejo o Dylan me olhando com os olhos cheios d'agua.

_Posso dar um abraço nele?

O Davi, sem eu ao menos responder, se solta do meu abraço e se joga nos braços do Dylan. Eu ouvi pela primeira vez o Dylan chorando de soluçar. Era um choro tão sentido, tão guardado que me fez chorar junto. O Davi estava calado, mudo. Só chorava e abraçava o pai.

_Isa, os policiais vão nos acompanhar até o hospital pra saber se está tudo bem com o nosso filho._A voz do Felipe interrompe o momento._Vamos? Eu levo vocês.

_Você vai com esse cara?_O Dylan pergunta me devolvendo o Davi._Ainda não entendi tudo que aconteceu aqui.

_Eu vou com o Felipe. Depois eu vou pra casa, pra minha casa. Me espera lá com minha família.

Ele apenas assente com as mãos nos bolsos e com aquele olhar de partir o coração. Eu nem acredito que estou sendo tão fria a ponto de ignorá-lo, ignorar seus sentimentos.

O Felipe coloca o braço por cima do meu ombro e assim caminhamos pra fora do salão. Ele diz algo pra um recepcionista sobre servirem bem as pessoas que ainda ficaram na festa e depois entramos no seu carro.

_Você está saindo melhor do que imaginei._Ele sorri dirigindo._Ele foi alimentado, não se preocupe.

O Davi dormiu nos meus braços ainda soluçando. Ele não falou nada, nem uma palavra desde que o vi. O caminho todo permaneci calada. Minha cabeça estava doendo demais pra conversar.

Chegamos no hospital e seguimos os policiais. O Davi foi rapidamente atendido e liberado depois de dizerem que ele estava ótimo. Graças a Deus. O Felipe ficou conversando com os policiais mais um pouco e depois voltou ao carro onde eu já o esperava. Pelo que soube, eles continuariam a investigação para saber quem o sequestrou. Mas no momento iriam deixar-nos em paz, afinal tudo isso foi dureza pro Davi e pra família.

_Agora você cumpre direitinho sua parte, branquinha._Ele assobiava, feliz.

_Por favor, não me chame assim. Respeita pelo menos isso._Digo entre os dentes.

_Tudo bem. Vou respeitar esse momento delicado.

Cheguei na rua de casa e tratei de sair daquele carro sem olhar pra trás. Entrei em casa sendo recebida por abraços. Abraços que eram totalmente direcionados ao Davi. Ele sorriu ao ver todo mundo. Pedi pra minha mãe dar um banho nele e pra Ash fazer alguma coisa saudável pra ele comer. Não sei o que deram a ele, mas quando é sobre a alimentação dele eu sou cautelosa. Meu pai apontou para o meu quarto e fez uma cara triste. Tomei fôlego e entrei no quarto. O encontrei olhando um porta retrato nosso sentado na minha cama.

_Chegou com ele?

_Sim.

Nós dois ficamos calados. Eu estava com medo de falar qualquer coisa. Mas sabia que precisava.