Dylan
Um mês depois...
Pedi pra Isabella sentar no sofá e colocar os pés em cima da almofada por enquanto que fui buscar o creme para massagem. Não tem um dia sequer que a Isa não reclame de dor nos pés. E eu entendo perfeitamente. Eles estão enormes assim como a sua barriga.
_Pronto._Sento-me perto dela pegando seus pés._Agora relaxe.
_Vou tentar._Ela sussurra._A Maju está enorme, não é? Não vejo a hora de ver as minhas bebês. Acho que nem poderei ir no mesversário da Maju. Estou que não me aguento de dores e o médico pediu repouso.
_Eu não vou deixar você ir. Eu sei que a Ash vai entender._Massageio o seu pé esquerdo._Você melhorou da dor?
_Não._Ela faz uma careta._Mas o médico disse que eu sentirei dores mesmo. Só basta eu saber a intensidade e a frequência delas.
Depois de massagear bastante os pés da Isa, ela acaba adormecendo. Peço pra Dora preparar um lanche natural pra quando ela acordar. Pego o carro e vou buscar o Davi na escola.
Paro o carro na frente da escola e fico aguardado ele sair. Vejo um rosto conhecido, na verdade muito conhecido, se aproximar da grade da escola. Desci do carro e me aproximei com a intenção de saber o que ela queria ali.
_O que a senhora faz aqui?_Abordo educado.
_Oh!_Ela exclama assustada._Me desculpe._Ela funga com os olhos cheios de lágrimas._Eu só queria ver o Davi de longe. Desculpe mais uma vez.
Encaro o rosto daquela pobre mulher que agora chorava de soluçar.
_Desde aquele dia eu não consegui agradecer a senhora por ter salvo a Isabella._Suspiro._É difícil falar com alguém que gerou um ser tão desprezível, que fez tanto mal a mim e a minha família, mas eu posso te conceder uma coisa. Não tenho nada contra a senhora, mas o Davi já tem avós que o amam. Eu não posso permitir que ele tenha contato com a senhora já que a mesma tem contato com seu filho. Desculpe, é questão de proteção.
_Eu sei, eu entendo.
_Mas, como eu falei, vou te conceder uma coisa.
Olho pro portão da escola e já vem o Davi conversando com um amiguinho. Quando me ver, corre do jeito que pode até me abraçar.
_Vamos, papai! Tô com fome, muita fome.
_Olha Davi, essa é uma moça muito legal que queria te conhecer._Digo e ele encara a mãe do Felipe._Ela ama criança e quando falei que tenho um filho lindo, ela quis te conhecer.
_Oi, tudo bom?_Ele sorri pra ela._A senhora tá chorando? Chora não, moça. Eu vou te dar um abraço pra você melhorar.
Ele abre os braços pra ela que o recebe aos prantos. Sei que pareço estar sendo cruel, mas só quem tem filho sabe da minha preocupação. Que não é só minha, é da família inteira. O Felipe ficou meio inválido, mas ainda pode fazer maldade se quiser. Cumpre pena em semiaberto e fica na maior parte do tempo sob os cuidados da mãe. O juiz foi claro em não querer nem a Michelle e nem ninguém relacionado ao Felipe, inclusive o próprio, perto do Davi e da minha família. Prefiro que seja assim.
_Você é um menino muito bonito e forte._Ela beija o rosto do Davi._Já é lindo, vai ficar ainda mais quando crescer. Seja feliz, viu? Muito.
_A senhora é boazinha. Fique bem e não chore.
Ele volta para os meus braços e assim coloco o Davi no banco do passageiro.
_Muito obrigada, meu rapaz. Cuida bem dele e sejam felizes._Ela acena indo embora.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: O Destino de Isabella (completo com mais um bônus )
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