Resumo de 13 - O que aconteceu com meu detector de cafajeste ambulante? – Uma virada em O Egípcio de Sandra Rummer
13 - O que aconteceu com meu detector de cafajeste ambulante? mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de O Egípcio, escrito por Sandra Rummer. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Só na fila de beleza e masculinidade, ele passou milhares de vezes para chegar à perfeição que ele é.
Reparo nele melhor… E pensar que esse homem tem 40 anos. Mas ele parece ter apenas trinta e poucos. Seus músculos são bem definidos, ele é forte como um pugilista, os cabelos negros como carvão, com apenas alguns grisalhos nas laterais.
Sem rugas! Acho que é tão conservado assim pelo fato de não beber, nem fumar.
— Terminou a inspeção? — Hassan diz, com o mesmo sorriso presunçoso nos lábios. Os dentes muito brancos.
Eu me sinto de repente envergonhada e desvio meus olhos dos jocosos dele.
— Bem, vou indo. Diga para Raissa…
— Karina, por que faz isso? — gelo, muda, e o encaro. Ele caminha em minha direção com o andar de uma pantera, exalando força e graça. — Por que resiste? Você sabe o que aconteceu quando nos vimos pela primeira vez? Vamos deixar de joguinhos. Olhe para mim e responda.
— O que há de errado com você, Hassan? Acha tão estranho haver uma mulher neste mundo que possa resistir a você?
— Eu notei a forma como me olha, você se sente como eu.
Fico abalada até a alma com suas palavras. Fico imóvel, seu olhar quente tem o poder de me congelar no lugar, por dentro estou queimando por ele.
Deus! Ele me deixa tão atordoada.
Busco algo na minha cabeça para dizer e encontro. Está na minha cara a resposta, estou aqui por causa de Raissa!
— Nós não deveríamos estar tendo esta conversa. Deveríamos estar falando de Raissa. É por ela que eu estou aqui. Você deveria estar preocupado com sua irmã, e não em me assediar.
Meu tom acusatório parece não lhe agradar. Seu olhar se torna gélido, cruel, possessivo. E, por causa de sua postura tão rígida e altiva, sei que algo está errado:
— Não estou preocupado, porque está tudo resolvido. Eu já tomei uma decisão. Eu não vou me afastar de Raissa. Vou criar raízes aqui, na Inglaterra. Inclusive, quando ela acordar, gostaria que a tranquilizasse — seus olhos negros brilham com uma emoção indescritível e suas palavras me atingem mais do que eu gostaria, só de imaginar sua estadia permanente aqui.
Hassan continua:
— Agora voltando ao que eu dizia antes. Sei quando uma mulher me olha com desejo.
É claro que sabe, isso não deve ser comum para ele. Eu ofego ante seu olhar quente.
— Olha, Hassan, eu não estava paquerando você, não foi algo proposital. A verdade é que não sei o que aconteceu comigo. Desculpe se passei a impressão errada.
Nessa hora, Helena surge na entrada da sala, nas costas de Hassan. Ela quase dá meia-volta, mas, como eu seguro meus olhos nos dela, ela vem ao meu encontro. Hassan se vira na direção dos meus olhos. Quando ele a avista, fecha a cara e se afasta. Ele parece aturá-la.
— Karina, querida, boa tarde. Veio ver Raissa?
— Boa tarde. Sim. Mas Hassan disse que ela está tirando um cochilo — digo, com um sorriso, e usei “cochilo” para amenizar as coisas.
Ela encara Hassan, que está ofegante. É impressão minha ou ele parece nem conseguir olhar para a cara dela? Hassan olha para mim e diz secamente:
— Vou ver se Raissa está acordada — ele parece estar louco para sair dali.
Eu assinto e encaro Helena, que sorri para mim.
— Caso ela ainda esteja descansando, não se apresse. Fique à vontade. Vou dar uma saída agora. Combinei de passar na casa de uma amiga.
— Está certo — digo, achando um absurdo ela sair e deixar a filha assim.
Ela espera Hassan subir completamente as escadas e me diz baixinho:
— Hassan anda tão tristinho, faça companhia para ele nesse meio-tempo. Ele parece gostar bastante de você. Bem, eu vou indo — ela diz, com outro sorriso, e vai em direção à saída.
Deus! Ela está preocupada mesmo com Hassan ou está me jogando para os braços dele?
— Hassan…
— Não forçarei nada — ele dá mais um passo na minha direção. — Quero que confesse que quer ser beijada. Só então terá meus lábios sobre os seus, minha língua tremulando na sua, nossos corpos unidos como deve ser…
Com suas palavras, meus olhos deixam seus olhos negros, lindos, por sinal, e descem até seus lábios, focando neles. A vontade de tê-lo sobre os meus é muito grande, e a adrenalina que corre entre nós só estimula mais meus sentidos e tudo se torna para lá de excitante.
Hassan parece perceber que estou por um fio para pedir para ele me beijar.
— Karina… — ele diz meu nome, rouco, e se aproxima mais de mim. — Por Allah! Somente diga as palavras… Peça-me que eu te beije.
Deus! Ele parece um vampiro, que só entra na casa se for convidado… Nunca conheci um homem que me desafiasse dessa forma, deixando-me entre desconcertada e desejosa.
Seus lábios carnudos são tão convidativos…
Deus!
— Beije-me… — eu me vejo pedindo, ofegante, minha razão se evaporando, e agora eu sou toda movida pelos sentimentos.
O olhar de Hassan parece escurecer, e ele me puxa pela cintura, sorri enquanto contempla nossos corpos colados. Grunhe com a respiração alterada, apertando-me mais entre seus músculos, e toma a minha boca com paixão. Seus lábios se movendo sobre os meus se impõem, sem que eu me sinta forçada, minha cabeça fica leve e rodopia com a sensação maravilhosa de ter os lábios úmidos e fervendo de Hassan sobre os meus. Ele me sujeita com decisão, me levando a uma completa rendição. Parte de mim percebe o quanto ele está se controlando, mesmo ante seu beijo tão apaixonado, pois suas mãos não se movem sobre o meu corpo, ele apenas me segura firmemente, é como se ele tivesse medo de me assustar. E eu começo a corresponder, o jogo vira, e, de beijada, passo a beijá-lo. Só que eu não tenho tanto pudor assim, minhas mãos visitam suas costas fortes, sinto cada músculo debaixo de sua camisa. Hassan ofega, quando eu aperto o seu peito forte e seus lábios deslizam pelo meu pescoço, suas mãos, antes comportadas, correm meu corpo e comprimem meu bumbum. E isso soa como um alerta, que isso está errado.
Deus! O que eu estou fazendo? Onde eu estou com a cabeça para brincar com fogo assim?
— Hassan — digo, ofegante, baixando meu rosto e enfiando em sua camisa perfumada e segurando as mãos dele. — Melhor pararmos por aqui. Vou ver Raissa.
Ele não me segura quando eu me afasto. Trêmula, firmo meus passos e subo as escadas sem olhar para trás. No corredor, paro ofegante e me apoio na parede. Dou um tempo para me recompor antes de entrar no quarto de Raissa.
Eu nunca me senti tão tensa e confusa como nesse instante. Todos os meus centros nervosos estão em colapso.
Deus! Que poder tem esse homem? Cadê minha resolução de ficar longe dele? O que aconteceu com meu detector de cafajestes ambulante? Eu me pergunto ainda ofegante, o coração agitado.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Egípcio
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Muito bom livro,leria de novo com certeza!...
Muito bom, amei....