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O filho secreto do bilionário romance Capítulo 37

Henrico esperava desde a cinco da manhã que Alessia chegasse. Ele podia presumir onde ela havia passado a noite e considerou um grande absurdo. Pegou o retrato de Francesca sobre a mesa e chorou desolado ao se lembrar da mulher.

— As coisas estão difíceis sem você.

Disse, abordando a lagrima em seguida. Fazia apenas alguns dias que ela havia partido e ele ainda se via esperando acordar de manhã e ver ela preparando o seu café. Francesca suportou Henrico a vida inteira. Suas manias, suas exigências e o modo duro e ríspido como ele tratava as próprias filhas.

Ele lembrava de como havia ficado frustrado quando Antonela nasceu. Ele queria que fosse um menino para ensinar a ele os negócios da família, mas Antonela veio em seu lugar. Quando ela cresceu e ele percebeu que a menina parecia com ele em alguns traços de personalidade, Henrico passou a detestá-la.

Era como olhar no espelho e não gostar do que via. Antonela o desafiava e muitas vezes não abaixava a cabeça para o pai.

Já que ela não podia assumir os negócios da família, ele a obrigaria a se casar e trazer fortuna através do seu casamento, mas nem para isso, ela serviu. Ser abandonada no altar foi uma grande decepção para Henrico, o que culminou com a partida dela, deixando Francesca desolada e piorando o seu estado de saúde.

Francesca faleceu devido ao câncer, mas Henrico resolveu colocar toda a culpa em Antonela. Colocou o porta retrato de volta na mesa e tentou esquecer a filha problemática que tinha e focar em Alessia, que ainda não havia chegado. Ele já considerava a ideia de ir atrás dela, quando a porta de entrada se abriu e Alessia entrou em casa, levando um enorme susto ao ver o pai parado em frente à porta.

Um sorriso amarelo surgiu em seu rosto e ela sabia que havia entrado em uma grande confusão.

— Onde você estava? - Henrico virou a cabeça, franziu a testa, olhando friamente para Alessia. Ela franziu os lábios finos e permaneceu em silêncio – fiz a você uma pergunta e quero que me responda imediatamente.

— Passei a noite com o Benjamim – ela respondeu sem imaginar o que viria em seguida.

Henrico cerrou os punhos. Seus profundos olhos escuros a encaravam, quando ele caminhou na direção dela e deferiu um tapa em seu rosto.

Alessia estava horrorizada com a atitude do pai, embora não duvidasse que ele conseguia fazer pior do que aquilo. Henrico jamais ousou levantar a mão para batê-la. Uma lagrima imediatamente escorreu pelo seu rosto, agora vermelho.

— Você nem se casou com ele e já se entregou? - Ele estava inconsolável – e se ele faz com você o mesmo que fez com a Antonela? Deixá-la no altar? Como recuperará a sua honra?

— O senhor acha que estamos no século passado? - a princípio, Henrico não entendeu a pergunta - ninguém espera se casar para transar com o homem que ama.

Ele fechou o punho novamente pronto para bater nela quando Alessia se encolheu e uma terceira pessoa entrou na casa, interrompendo a discussão dos dois.

— Antonela – a voz rompeu o impasse entre eles – você não pode entrar na minha casa sem minha permissão.

Mas Antonela ignorou completamente a voz do pai e avançou para cima de Alessia agarrando seu braço.

Ela estava atrasada para o trabalho e sabia que aquilo causaria mais problemas entre ela e benjamim, mas Antonela não teria um dia tranquilo se não exigisse uma explicação convincente da irmã mais nova sobre as mentiras que ela contava por aí.

— Por que você mentiu, Alessia? - ela sacudiu o braço da menina, o apertando cada vez mais – por que disse ao Benjamim que contei algo a você se nós duas nem sequer conversamos?

Lembrou-se de que precisava voltar a trabalhar.

— Realmente, eu não sou importante e nem busco essa aprovação de nenhum de vocês – ela olhou nos olhos cansados de Henrico e continuou – mas quero que a Alessia fique longe do meu caminho e pare imediatamente de arrumar problemas para que eu resolva com o Benjamim.

Girando as costas, ela partiu. Do lado de fora, Dominique a aguardava cheia de ansiedade. Ela parecia pouco se importar com a ideia de estar atrasada. Ela queria apenas ter o prazer de ver Alessia se dando mal ao menos uma vez na vida.

Frustrou ao saber que Antonela não conseguiu dar nem mesmo uns t***s na irmã mais nova. Mas se conteve com a confusão armada. Algo dizia a ela que o casamento de Benjamim e Alessia seria um enorme fracasso.

— Você está atrasada – a voz de Benjamim fez o coração das duas saltar no peito e, ao se virar, viu Benjamim parado em frente ao escritório.

Ele chamou a secretaria, que tinha outra enorme pilha de papéis nas mãos, e ordenou que ela deixasse tudo sobre a mesa de Antonela.

— A partir de hoje, sua função será gerar relatórios dentro dessa empresa – Antonela olhou para a montanha de documentos e parecia maior do que no dia anterior – vai ficar até tarde trabalhando hoje.

Ela ficou sem reação alguma, apenas deixando que o ódio a consumisse.

Porque Benjamim parecia odiá-la tanto.

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