O Labirinto de Amor romance Capítulo 111

Segui ele até a porta de uma churrascaria de luxo. Ele deu uma parada e olhou para mim com preocupação:

- Vamos para outro lugar?

Eu não tinha visto, mas vendo que sua expressão estava esquisita, acabei procurando o motivo com meus olhos.

Pelo vidro da churrascaria, vi Guilherme vestido casualmente sentado à mesa cortando o bife em movimentos graciosos. Em sua frente, estava uma mulher. Não era Lúcia, mas sim, uma garota que eu vi duas vezes antes, e me lembrava dela.

A sobrinha do diretor José, Sofia Santos!

Eles dois comendo churrasco juntos?

A assistente pessoal e o presidente?

- Vamos trocar de lugar! - eu disse, não por querer evitar, mas por ser constrangedor. Não importa qual seja a situação, era estranho eu aparecer de súbito.

Enzo assentiu, mas deu uma pausa e me perguntou:

- A relação entre os dois não parece ser simples, você não pretende ir perguntar?

Eu não entendi o seu raciocínio, e olhei para ele levantando uma sobrancelha:

- Perguntar o quê?

- Mas... Então tá! - ele ficou sem palavras.

Eu olhei ao redor e vi que na esquina do corredor tinha um restaurante de churrasco coreano, então falei:

- Vamos ali!

Nessa hora, meu celular tocou.

Era Guilherme!

Eu me virei para o vidro da churrascaria e me deparei com seus olhos negros me encarando.

Atendi o telefone e ouvi a sua voz:

- Entre para comer!

- Estou com um amigo, não é adequado!

Cada um tinha seus assuntos a tratar, eu realmente compreendia como “não ser adequado”.

Mas seus olhos se estreitaram e suas mãos deixaram os talheres sobre a mesa, se encostando no banco de couro preguiçosamente enquanto inclinava a cabeça para olhar para mim e o Enzo.

- É inadequado para você ou para mim? - ele disse friamente.

- Inadequado para todos! - eu respondi.

Já que ele estava me chamando para entrar, então e ele e Sofia Santos com certeza estavam tratando de negócios, e não seria adequado eu aparecer com Enzo.

Vi ele balançando o vinho em sua taça e me olhando com uma leve raiva. Apenas falei:

- Então te vejo de noite!

E desliguei, indo com Enzo para o restaurante de churrasco coreano da esquina.

Procuramos uma mesa vazia e nos sentamos. Enzo fez o pedido e me olhou com o queixo apoiado na mão.

- Você não tem medo de que se livrou de Lúcia, mas venha uma nova?

Eu tomei um gole de água e olhei para ele, indo direto ao assunto:

- O que tem para falar comigo?

Sem poder fofocar, ele achou meio sem graça.

- É sobre a Capital Imperial, parece que Guilherme tem a intenção de mudar a sede de Nexia para lá.

- Eu sei disso. - eu assenti.

- Isso não é estranho. O estranho é que minha mãe também pretende mudar a sede do Grupo Ribeiro para lá também.

- Isso é bom! - eu falei, vendo sua expressão estranha. - A Capital Imperial é um centro mundial, se mudando para lá, terá um crescimento melhor.

Ele me olhou como se eu fosse uma demente e disse:

- Você realmente não sabe ou finge não saber? O Grupo Nexia já dominou metade do mercado da Cidade de Rio, então ele teria um crescimento muito melhor aqui do que na Capital. Além do mais, Nexia tem uma filial na Capital há muito tempo, e não tem tido uma vantagem tão boa quanto na Cidade de Rio. Guilherme não é bobo, ele pretende mudar para a Capital não pela empresa, mas sim, por uma pessoa!

Eu fiquei completamente sem entender do que ele estava falando.

- O que quer dizer?

- Você é tarda? - ele me desprezou revirando os olhos. - Tiago tem a intenção de treinar a filha dele, e Lúcia é apaixonada pelo seu homem, quem estiver mais perto ganha, você entende?

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