O Labirinto de Amor romance Capítulo 194

Fiquei um pouco apreensiva ao contemplar os diferentes rostos ao redor da mesa de reuniões. As palavras de Simão foram bem diretas.

A Honra é forte, e certamente não vai se resumir ao que ele mencionou no final.

Após um bom tempo, Pedro começou a falar olhando para Simão:

- Tem certeza, presidente, de que vocês vão investir em pesquisa e desenvolvimento de IA?

Simão assentiu com a cabeça: - É um dever investir!

Os outros sentados à mesa de conferência eram, na verdade, investidores. Eles não entendiam muito de tecnologia, e a fala deles não teria tanto peso. Por isso, ficaram todos aguardando a resposta de Pedro.

Passados alguns instantes, Pedro se levantou e estendeu a mão para Simão:

- Presidente, será um prazer cooperar.

Fiquei um tempo sem reação. Aquilo aconteceu mesmo?

Em seguida, o contrato foi assinado e os advogados de ambas as partes o analisaram. Pedro olhou para nós dois:

- Vocês fizeram uma viagem exaustiva da capital. Hoje à noite é por minha conta. Que tal sairmos para jantar?

Assinar o contrato, jantar e discutir os próximos tópicos: é este o estilo do mundo de negócios. Mesmo que Pedro não abrisse a boca, Simão o faria.

Algumas horas depois, saímos da Honra. Simão foi para o hotel e eu, para a Villa Fidalga.

Há muito tempo eu não ia lá, mas como havia gente cuidando, o lugar não havia mudado muito.

Quando cheguei à Villa, a empregada que o Sr. Guilherme havia contratado já estava com a comida pronta. Eu estava sem apetite. Comi só um pouco e subi para descansar. Eu tinha acordado cedo e não tinha dormido bem na noite anterior. Adormeci assim que me deitei.

Senti uma vaga presença ao lado da cama. Apagada de sono, achei que fosse uma ilusão, mas o tempo passou e continuei sentindo a presença como uma assombração.

De tanto sono, eu não conseguia abrir os olhos, mas sentia que havia alguém sentado ao lado da cama. Fiquei nervosa e aflita, mas não podia fazer nada. Por fim, após lutar bastante, acordei com o corpo todo suado. Onde deveria haver alguém ao lado da cama, bem como no resto do quarto, estava tudo vazio.

Tudo por causa do sono muito pesado. Após o parto, meu corpo ficou mais fraco.

Fraca e desequilibrada, desci as escadas. O céu já estava escuro. A funcionária me viu descendo e falou:

- Senhora, seu telefone tocou várias vezes. Acho que é alguma emergência. É bom olhar.

Eu havia deixado a bolsa no andar de baixo quando cheguei. Ouvindo as palavras dela, corri para pegar o celular.

Foi Simão quem ligou. Vendo que eu não atendia, ele mandou mensagem. Era o endereço do restaurante onde seria o jantar à noite. Fu Man Lou, segundo piso.

Cheguei correndo, e já estavam todos lá. Ao me verem chegar com pressa, algumas pessoas brincaram:

- Diretora Kaira, o ritmo do nosso setor é muito corrido. Vai ter que tomar três taças por chegar atrasada!

Eu sorri e me sentei ao lado de Simão. Contrariando as expectativas, bebi mesmo as três taças de vinho.

A conversa fluiu basicamente sobre amenidades. De vez em quando, Simão me servia alguns pratos. Eu já estava acostumada com esse tratamento, mas Pedro ficou olhando e não escondeu o sorriso:

- Vocês dois têm um bom entrosamento. Se a diretora Kaira já não fosse casada, pensaríamos até que vocês eram marido e mulher.

O comentário não foi feito com maldade, mas Simão e eu ficamos chocados. Olhei para cima, sorri e disse:

- É porque trabalhamos juntos há muito tempo. Não me leve a mal, Pedro, mas o presidente Guilherme é bastante ciumento.

Era uma piada, e rendeu umas boas risadas. Mas a cara de Simão não era das melhores.

Inconscientemente, ergui a mão para pegar a taça de vinho, mas a mão dele me deteve, e ele disse com voz grave e séria: - Já bebeu demais.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O Labirinto de Amor