O Labirinto de Amor romance Capítulo 325

Eu sorri:

- Você veio ao Distrito de Esperança para trabalhar?

- Para te visitar! - ele disse de forma franca. - O tio disse que você está no Distrito de Esperança, por isso que vim cá.

Eu acenei a cabeça, sem dizer mais.

Ele já tem mais de 30 anos também. O tempo voa!

- Quando é que você planeja regressar à Capital Imperial? - ele perguntou diretamente.

Eu disse sorrindo após uma breve pausa:

- Não planejo voltar.

Ele franziu a testa:

- E o futuro de Nana? Ela poderia ter acesso a melhores recursos de educação. Porque é que você não está disposta?

Por causa do calor, eu belisquei a testa de forma meio aborrecida:

- Nathan, podemos só comer?

Basta discutir os assuntos futuros mais tarde. A vida é muito longa. Se acabar tudo nesses poucos dias, o que vai dizer no futuro?

Ele se calou. Em vez de comer, ele me observou comer, sendo um hábito muito estranho.

Em tempos que eles não estavam no Distrito de Esperança, eu não costumava comer em restaurantes luxuosos, pois é muito caro. O meu salário limitado não suportava o gasto de tal maneira.

Saindo do restaurante, eu levantei a cabeça para ver o sol escaldante no céu. Honestamente, o verão do Distrito de Esperança é quente demais, que chateia as pessoas facilmente.

- Eu te levo de volta?

Ele abriu a boca, pedindo a minha opinião. Eu o olhei de oblíquo:

- Quer ver Nana?

Ele foi pegado de surpresa:

- Eu posso?

- Sendo o tio dela, porque não pode?

Ele sorriu, reprimindo a alegria.

Na escola.

Durante esses anos no Distrito de Esperança, Nana nunca viu Nathan. Porém, após o aparecimento de diversos desconhecidos nesses dias, ela já se acostumou a isso.

Subindo ao carro, eu e Nana nos sentamos no banco de trás. Ela levantou a cabeça para mim e olhou para o assento de motorista, comprimindo a boca:

- Mamãe, esse senhor também é seu amigo?

Eu acenei a cabeça:

- Nana, ele é seu tio. Chame-o de tio, não senhor.

- Tio? - Nana ficou surpresa.

Nathan achava que ela estava o chamando e virou a cabeça, com felicidade no rosto, além de uma sensação indizível.

- Olhe o caminho! - Ao ver a aproximação de um carro na frente, fiquei assustada com suor frio surgido.

Ainda bem que Nathan reagiu rápido e girou o volante, evitando o choque.

Parando o carro à beira da rua, ele virou a cabeça para trás e olhou Nana cheio de esperança:

- Nana, me chame tio mais uma vez.

Eu fiquei muda.

Nana ficou confusa mas ainda satisfez o pedido dele em voz suave:

- Tio!

Com um exulto aparecido no rosto bonito, ele me disse animadamente:

- Kaira, você ouviu? Ela me chamou de tio!

Eu acenei a cabeça. Na verdade, eu o entendo. Tal como eu, ele é muito solitário, sempre em busca de um destino durante toda a vida.

Ele ficou particularmente alegre e comovido ao ouvir Nana chamá-lo de tio.

Além de estar feliz, ele tinha um sentimento complicado. Não é para mim e Nana, mas para os outros.

Enquanto nos acompanhava ao quintal, o olhar profundo dele parecia sempre fixado em Nana. 

Ele tinha algo pendurado no coração!

Nana gostava sempre de pegar frutas no quintal depois de voltar para casa. Após a saída dela, eu olhei para Nathan:

- Precisa da minha ajuda?

Ele voltou à realidade, dando uma olhada profunda e confusa:

- Kaira, se você ficar grávida mas o pai desse bebé quiser abortá-lo, o que é que você vai fazer?

Eu semicerrei os olhos:

- Já que é sua criança, não tem como abandoná-la. Nathan, não machuque a pessoa que te coloque no coração.

Ele se viu chocado e me olhou de forma meio embaraçada:

- Eu não disse que o bebé é meu.

Me pareceu engraçado:

- Quando você observava Nana, provavelmente estava pensando que o bebé seria igualmente fofo como ela, se vier a esse mundo, não é?

Fechando a boca, ele bufou e se sentou na cadeira de vime, um pouco aborrecido.

Segurando a cabeça com as mãos, ele parecia particularmente perplexo.

Eu me agachou ao lado dele e o confortou:

- De qualquer maneira, não tem razão de deixar de lado o seu próprio bebé, nem pode abortá-lo. Nathan, não faça algo que vai se arrepender.

Ele se levantou da cadeira de vime de ímpeto. Após uns segundos de perplexidade, ele me disse:

- Vou voltar a Capital Imperial e te visitar uns dias depois.

A seguir, ele saiu do quintal.

Ao ver a saída dele, eu sorri levemente. Uma pessoa vai ser curada finalmente, talvez por um período de vida vívida, talvez por uma criança.

Nana voltou carregando uma melancia dificilmente. Com a ausência de Nathan, ela olhou para o lado e disse:

- Mãe, onde está o tio?

Eu recebi a melancia das mãos dela e a coloquei de lado:

- Ele foi embora. - Pausando o olhar na melancia, eu suspirei:

- Nana, a melancia vai se estragar se não comermos rápido.

Ela abaixou as pálpebras:

- Eu pensava que o tio estava aqui, por isso que a tirei.

Meio chocada, eu me sentei na cadeira de vime com ela ao colo, tocando o cabelo dela:

- Nana, você quer viver na cidade onde o seu avô e tio estão?

Inclinando a cabeça, ela ponderou um pouco e me disse:

- Brendon também vai lá?

Humm…

Eu fiquei calada por um momento e disse depois de pensar:

- Não, ele vai viver com o pai dele.

-Tá bom - a menina parecia um pouco desiludida. - Se eu for embora, Brendon ficaria sem amiga.

Cogitando um pouco, ela me olhou e disse:

- Mamãe, eu terei o papai se for morar com o avô e o tio?

Eu fui pegada de surpresa e uma sensação indizível. Sim, a criança sempre deseja ter o seu pai.

Eu estava meio culpada com o olhar nela:

- Nana, você quer muito ter o papai?

Mordendo o lábio, ela pensou atenciosamente e disse:

- Sim, se eu tiver o papai, posso divertir-me com o papai no fim de semana, igualmente como me divirto com o Sr. Guilherme. O papai também vai me comprar delícias, me contar histórias e me levantar alto tal como o Sr. Guilherme.

Acenando a cabeça, eu não tinha ideia de como explicar com ela.

Eu não planejei informá-la sobre o episódio de Esther, nem deixar Vinícius saber a existência de Esther.

Durante esses 4 anos, essa menina já se tornou uma parte minha. Eu não tenho como deixá-la viver com Vinícius, nem posso ficar tranquila com essa solução.

Mas no aspeto de paternidade, eu devo a ela de fato.

Com ela ao colo, se viu um choro na minha voz:

- Então, a mamãe vai te levar à Capital Imperial para procurar o papai e te deixar ficar com o papai todos os dias como as outras crianças, tá bom?

Ela estava obviamente exultante, arregalando os olhos grandes:

- Sério? Mamãe, você não pode me enganar!

Eu sorri:

- Quando é que a mamãe te enganou?

- Então, podemos levar Brendon? - ela disse pregando os olhos pretos em mim.

Eu fiquei meio chocada:

- Nana, Brendon precisa viver com o próprio papai. Se ele for à Capital Imperial com a gente, ele vai se separar com o papai dele. Você espera que ele se afaste do papai próprio?

A menina sacudiu a cabeça:

- Não!

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O Labirinto de Amor