O Labirinto de Amor romance Capítulo 326

- Portanto, Nana, cada um de nós tem algo que deseje e procure.

Ele manteve silenciosa por muito tempo e levantou a cabeça para mim:

- Mamãe, eu vou à Capital Imperial com você.

Eu acenei a cabeça. As pessoas valorizam as coisas diferentes e aí têm focos diferentes.

Antes de programar a data de voltar para a Capital Imperial, era preciso cuidar bem de trabalhos aqui no Distrito de Esperança.

Talvez por causa do aparecimento consecutivo dos homens da Família Sanches, além do cuidado especial de Henrique, eu parecia estar isolada no hotel.

Haverá sempre mais fofocas onde há mais mulheres.

Nesse dia, enquanto eu estava no banheiro, ouvi uma discussão.

- Digam lá, aquela criança criada por Kaira é de quem? Será que é de Nathan?

- Impossível. Eles são irmãos né?

- Existem montes de incestos nas famílias nobres. Caso contrário, porque é que ela deixou a vida tranquila como donzela na Capital Imperial, mas levou a criança para viver numa pequena cidade como essa? Não acham estranho?

- Tem razão. Parece que nunca vimos o pai daquela criança, nem ouvimos ela dizer. Acaso é filha de Nathan mesmo?

- Provavelmente. Cometeu incesto com o próprio irmão, ficou grávida e se escondeu nessa cidade pequena justamente para evitar suspeitas, não é?

Me escapou um sorriso amargo. A pessoa não necessariamente terá liberdade, não importa a maneira de viver. As fofocas matam!

Veio a voz nervosa de uma menina lá fora:

- Meu Deus! Parece que chegou o meu período. Quem tem absorvente?

- Não, nós não estamos no período.

- Então o que faço? Vai manchar o meu vestido. Me esqueci que a data é hoje e ainda usei vestido branco. 

Causa bastante vergonha se uma moça deparar com isso.

Empurrando a porta, eu lhe dei o absorvente restante, lavei as mãos e saí sem dizer nada.

Obviamente, o meu surgimento repentino deixou as moças um pouco embaraçadas.

Todavia, eu já estava acostumada a isso, pois já tinha ouvido todos esses rumores.

Depois de voltar ao gabinete, eu continuava a arrumar os documentos, pensando em como pedir demissão com Henrique.

- Hum, obrigada pela sua ajuda há pouco! - veio a voz envergonhada de uma moça por trás, que deixou um leite na minha mesa mais tarde.

Eu levantei a cabeça e vi a moça encontrada no banheiro, que estava falando comigo de rosto vermelho.

- Não precisa! - eu joguei essas palavras quase inconscientemente por conta da apatia inata. Porém, me pareceu um pouco antipática essa fala e acrescentei:

- É só um pequeno favor.

Abaixando a cabeça, ela mordeu o lábio:

- Desculpe, eu…

Ela deveria ter vergonha de dizer as palavras seguintes e parecia meio embaraçada.

Conforme o que eu adivinhava, ela queria dizer que não deveria fazer fofocas por trás de mim.

Eu parei o trabalho e dei uma olhada pacífica a ela:

- Não precisa pedir desculpas. Eu não levei a sério.

De fato não levei a sério, pois já ouvi essas fofocas por inúmeras vezes.

- Lulu, o que nós dissemos é verdade, porque pediu desculpas? Quem tem culpa não somos nós. - Uma pessoa que assistia à cena abriu a boca com uma postura forte.

Aliás, eu trabalhava no hotel por cerca de 2 anos e não lembrava de muitos nomes de meus colegas.

Eu só enxerguei bem o nome dessa garota ao ver a placa de identificação fixada no peito dela. Ela se chama Lucimar Alves.

Enfrentando essa colega de posição forte, Lucimar se viu embaraçada:

- Pare de dizer.

Ela olhou para mim, aparentemente envergonhada:

- Perdão!

Depois, ela voltou à mesa própria.

Ao meio dia.

Lucimar caminhou para o meu lado ativamente:

- Kaira, vamos almoçar juntas?

Pegada de surpresa, eu dei uma olhada no relógio, que indicou o horário de almoço.

O tempo passou rápido.

Eu gostaria de recusar, mas ao ver o olhar ansioso dela, engoli as palavras que estavam prestes a sair da boca.

Eu acenei a cabeça:

- OK, vamos!

No restaurante.

Não havia muitos restaurantes ao redor do hotel, tirando alguns lojas de fast food. Ela escolheu uma, fez pedido e se sentou.

Fixando o olhar em mim por muito tempo, ela se viu hesitante em falar.

Eu tomava chá tranquilamente, sem demonstrar muito o sentimento.

- Kaira, me desculpe pelo que falamos no banheiro hoje de manhã. Não leve a sério.

Após uma breve pausa, ela acrescentou:

- E mais, obrigada!

Eu acenei a cabeça sorrindo:

- Não faz mal. São apenas fofocas e é só acostumar.

Ela se encontrava meio embaraçada, talvez envergonhada de si própria:

- Porque é que você não explica?

Eu erguei as sobrancelhas:

- Explico o quê?

- Sobre a sua filha e a relação entre você e o gerente Henrique - ela parecia particularmente séria.

Eu ri:

- A boca fica no corpo alheio. Não me importo o que eles disserem.

- Mas se você não explicar, elas vão achar que tudo o que adivinham é verdadeiro. - Ela se viu bastante nervosa.

Erguendo as sobrancelhas, eu sorri a ela:

- Você acha isso verdadeiro?

Ela ficou confusa e um pouco embaraçada:

- Me parece verdadeiro ouvindo isso por muito tempo.

Fiz um sorriso leve:

- Eu adoro a paisagem do Distrito de Esperança e levei Nana para cá justamente porque queria viver aqui sozinhas e não pensei muito.

-E o pai de Nana? - A garota jovem é sempre curiosa.

No momento em que o garçom serviu os pratos, eu sorri ligeiramente:

- Já é tarde. Vamos voltar depois de almoçar.

Perante isso, ela deixou de perguntar.

Voltando ao gabinete, eu ainda precisava trabalhar. Apesar de não ter muito trabalho no hotel, eu estava carregada de 2 cargos e assim tinha mais coisa para fazer.

Talvez por ficar atenciosa demais, eu até ignorei a atmosfera tranquilizada subitamente e tosses ocasionais e anormais no gabinete.

Após uns 10 minutos, movida pela dor nos ombros, eu me levantei para pegar água.

De repente, vi o homem parado atrás. Eu fiquei surpresa e abri a boca inconscientemente:

- Quando é que chegou?

Me arrependi logo que fiz essa pergunta, pois usei um tom casual demais, que parecia um pouco íntimo no ponto de vista dos outros no gabinete.

- Fez algum tempo - Guilherme respondeu, com uma expressão gentil. - Vá pegar água.

Eu fui pegar água. Quando regressei, ele puxou uma cadeira e se sentou ao meu lado para ver os documentos tratados por mim. No gabinete, alguns estavam chocados, outros confusos e curiosos. Embora não olhassem para a minha direção flagrantemente, ainda dispararam uns olhares de vez em quando.

Ao ver-me com um copo na mão, ele o recebeu e tomou água naturalmente no lugar onde eu bebi. Se ouviu tosses ao redor, que aparentemente eram anormais.

Franzindo a testa, eu não disse mais e voltou ao assento para terminar os trabalhos restantes.

Em vez de me incomodar, ele me aguardou tranquilamente até que eu concluí as tarefas. Eu parei o trabalho após bastante tempo.

Ele abriu a boca:

- Pronto?

Eu acenei a cabeça e guardou os materiais.

- O que quer comer à noite? - Parece que ele ignorou completamente os olhares estranhos no gabinete.

Eu suspirei em resposta ao ato desse homem, que provavelmente fez isso de propósito. Haveria uma divulgação ainda pior sobre a minha infidelidade.

- Tudo bem! - Estava chegando o fim do horário expediente.

Henrique entrou com documentos na mão e caminhou diretamente a Guilherme, lhe entregando os documentos:

- Presidente Aguiar, esses são da situação de gestão do hotel nesses 2 anos. Por gentileza, dê uma olhada.

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