O Labirinto de Amor romance Capítulo 352

Ela franziu a testa, um pouco incomodada:

- Mas você é filha da família Baptista, isso é um fato que não pode ser mudado.

- E daí? - olhando para ela, eu não estava muito emocionada. - Não pensei em admitir, já que eles já admitiram a Lúcia, basta tratar Lúcia como filha da família Baptista adequadamente.

Ela suspirou:

- Você não consegue mesmo deixar as coisas para trás. - depois de uma pausa, ela parou de falar sobre isso e olhou para mim. - Vou me casar em outubro, lembre-se de vir.

Eu fiquei pasma:

- Casar com quem?

- Um homem! Você saberá quando você for.

Eu fiquei confusa.

Quando Guilherme terminou sua reunião, vi que estava ficando tarde e ele ainda tinha coisas para conversar com a Raquel, então me levantei e fui buscar a Nana na escola.

Fora do Grupo Nexia, infelizmente, esbarrei com o Vinícius que também saía.

Eu queria me retirar quando o vi, mas não pensei que ele fosse olhar para mim e viesse para me cumprimentar:

- Para onde você vai, eu te dou uma carona!

- Não é necessário! - depois do que aconteceu com a Esther, eu não tinha mais bons sentimentos em relação a ele. Tinha pouco interesse em explorar sua história, mas ele era em partes responsável pelo que aconteceu com a Esther.

Ele franziu o cenho e me seguiu:

- Está chovendo lá fora, estou sem o que fazer, posso te dar carona.

Eu parei e olhei para ele:

- Você quer algo?

Ele assentiu com a testa franzida:

- Quero jantar com ela.

Ele se referia a Nana.

Eu apertei os lábios, afinal, Nana ainda era sua filha.

Depois de um longo silêncio, falei:

- Pode, mas só desta vez.

Ele pareceu surpreso que eu tenha concordado, um sorriso apareceu em seu rosto e ele me olhou um pouco perdido em pensamentos.

- Que ótimo!

- Vamos, eu vou buscá-la, venha junto! - eu falei, e depois fui direto para o meu carro.

Ele me seguiu, estava chuviscando lá fora, a capital era propensa a engarrafamentos, especialmente quando chovia.

O carro estava se movendo lentamente e eu não queria falar com ele, então ele quebrou o silêncio:

- Eu não sabia que ela estava grávida, se eu soubesse, eu não a teria deixado ir.

Eu franzi o cenho, não comentando nada sobre o relacionamento entre ele e Esther.

- O que ela gosta de comer? - ele falou, suspirando de leve.

A questão era claramente sobre o que a Nana gostava de comer.

- Não é fresca, tanto faz! - Nana nunca foi exigente quando se trata de comida, e para dizer o que ela realmente gosta, é como a maioria das crianças, gosta de doces.

Vendo que eu não tinha intenção de falar mais com ele, ele também se tornou autoconsciente e ficou quieto.

Era meia hora mais tarde quando o carro chegou em frente à escola.

Assim que estacionei o carro, vi a Nana seguindo atrás da professora e olhando para a entrada da escola.

Quando ela me viu, ela puxou o casaco da professora, se despediu e correu em minha direção.

- Mamãe, o tio Guilherme está muito ocupado hoje? Por que ele não veio me buscar?

Guilherme e Nana estavam se tornando cada vez mais como pai e filha, e a Nana estava começando a ficar dependente ele.

Peguei sua mala e disse:

- Ele está ocupado em uma reunião, não teve tempo de vir.

Nana apertou seus lábios, mas também entendia. Quando levantou os olhos e viu Vinícius ao meu lado a encarando, a pequena deu uma pensada e disse:

- Você não é o tio que estava na lápide da mamãe Esther naquele dia?

Fiquei um pouco espantada com a memória da Nana, eles apenas tinham se visto brevemente naquele dia, e ela gravou na cabeça.

Vinícius acenou com a cabeça e sorriu, olhando para ela com seus olhos escuros extraordinariamente profundos e silenciosos.

Quando entrámos no carro, Vinícius parecia um pouco nervoso, continuava olhando para Nana sem dizer nada.

Não pude deixar de abrir minha boca e perguntar a Nana:

- Nana, o que você quer comer?

Nana pensou sobre isso e disse seriamente:

- De manhã o tio Guilherme disse que ia me levar para comer bife, mamãe, vamos encontrar o tio Guilherme mais tarde?

Eu pasmei por um momento, esquecendo que Guilherme tinha de fato dito de manhã que ele levaria Nana para jantar.

Vinícius tossiu e falou:

- Vou chamar Guilherme, jantaremos juntos.

Eu acenei com a cabeça e não disse muito mais.

Desde que Esther me entregou a Nana, eu não tinha intenção de deixar Nana conhecê-lo. Embora fosse o último desejo de Esther, mas havia também um pouco do meu egoísmo nele.

Guilherme estava um pouco atrasado por causa de uma reunião, e nós o esperamos no restaurante por meia hora antes de ele chegar.

Depois que fizemos o pedido, Nana estava deitada nos braços do Guilherme falando com ele, e ficou claro que ela era muito dependente dele.

Vinícius tentou falar com Nana várias vezes, mas depois de responder educadamente às perguntas dele, ela voltava a incomodar o Guilherme.

Para tornar tudo menos embaraçoso, eu disse:

- Ouvi dizer que você está planejando ir a Cidade H para se desenvolver.

Vinícius assentiu:

- Bem, Cidade H é a raiz da família Moreiro, já era hora de voltar.

Eu já tinha ouvido Guilherme falar sobre a família Moreiro de Cidade H e sabia um pouco sobre ela. Embora a família Moreiro fosse uma família de escritores, seus descendentes tinham sido prósperos por cem anos, cada um com suas próprias conquistas, seja nos negócios ou na prática da medicina para salvar vidas, e eles eram famosos tanto no país como no exterior.

Nos últimos cem anos, a família Moreiro tem sido uma força dominante em Cidade H. Vinícius voltaria a Cidade H porque seria mais conveniente cuidar de sua esposa e filhos, e porque ele pretendia voltar a fazer o que ele gostava.

Isto era uma coisa boa, mas Sofia...

E pensando na bendita, a bendita aparece. No restaurante francês, o fluxo de pessoas não era muito grande, então quando Sofia apareceu, foi bem chamativa.

Afinal de contas, ela era uma mulher com uma barriga grande que ainda se vestia de maneira elegante e feminina. Uma futura mãe como essa era mesmo de atrair olhares.

Originalmente eu ia ignorá-la, afinal, não era fácil ter uma refeição tranquila.

Mas foi como se ela o tivesse procurado de propósito, após passar pela recepção, ela veio diretamente para nossa mesa.

Olhando para nós com um leve sorriso, ela sorriu e disse:

- Vinícius, você está comendo aqui também?

Parecia um encontro casual, mas dava para ver que era uma procura intencionada, afinal de contas, que mulher grávida viria a um restaurante para comer sozinha?

Vinícius franziu a testa, acenou com a cabeça e falou num tom leve:

- Saiu sozinha?

Ela acenou com a cabeça, sua voz suave ao dizer:

- Eu estava entediada de ficar sozinha em casa e você não atendeu minhas ligações, então eu saí.

- Sente-se! - Vinícius falou, seu rosto permaneceu inexpressivo enquanto pedia um bife para ela.

Quando o bife foi servido, Guilherme colocou Nana sentada ao seu lado, depois levantou graciosamente sua mão e começou a cortar o bife.

Nana não sabia como cortar, e eu era preguiçosa demais para me mexer, então só esperei que ele cortasse.

Vinícius colocou o bife cortado na frente da Nana e disse com uma cara de ternura:

- Nana, você pode comer o que o tio cortou primeiro?

Nana hesitou por um momento, mas não recusou, acenando com a cabeça e concordando.

Sofia tinha cortado metade do bife quando viu a cena e franziu o cenho, levemente incomodada. Em seguida, moveu o bife restante para frente de Vinícius e disse com a cara sorridente:

- Vinícius, estou com uma dor nos braços esses dias, me ajude a cortar!

Vinícius franziu a testa, colocando o bife cortado na boca elegantemente, e pareceu um pouco incomodado. Logo, levantou os olhos para o garçom e acenou.

O garçom se apresentou e saudou educadamente:

- Senhor, em que posso ajudá-lo?

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