- Você me culpa? - ele perguntou. Seu hálito tocou no meu rosto, e era quente.
Eu balancei a cabeça, respondendo:
- Já passou muito tempo. Eu apenas acho que Yasmin se parece um pouco comigo, aguardando ao lado de uma pessoa que não a ama, se rebaixando e se humilhando por ele.
Seu olhar continuava fica em mim ao dizer:
- Se pudesse estar com a pessoa que ama sem machucá-la, seria a maior sorte de todas.
Essas palavras traziam remorso. Eu sabia dos seus sentimentos, então levantei meus braços e envolvi seu pescoço, colocando minha cabeça sobre seu peitoral enquanto falava seriamente:
- Guilherme, eu não te culpo. Na verdade, somos todos iguais. Ninguém nos ensinou a amar, e nós perdemos muito nesse processo de tentativas. Mas temos muita sorte, pois compreendemos os sentimentos de um pelo outro no final. - dei uma pausa e continuei. - Espero que Nathan possa enxergar os seus sentimentos logo.
Yasmin esteve o acompanhando por dez anos. Nesses dez anos, Yasmin nunca achou que ela merecia ser cuidada e protegida, e fez do seu melhor para cuidar de Nathan. Existiam inúmeras mulheres à volta dele, mas ela nunca pareceu se importar. Não importa se ela o amava ou não, ela podia aceitar tudo calada.
Mesmo que seja doloroso, ela tinha que se manter calma e sorridente diante dos outros, guardando a tristeza no fundo do coração e digerindo tudo quando estivesse sozinha.
Nathan já se acostumou com a sua existência. Se um dia ela partir, Nathan provavelmente não conseguiria aguentar.
Guilherme pousou um beijo na minha testa. Havia poucos carros na estrada e ele ligou o carro, dirigindo muito devagar.
Quando chegamos em casa, Nana já estava dormindo. Eu escovei os dentes, dei uma olhada em Nana e ajeitei sua coberta.
Quando saí do quarto de Nana, Guilherme também tinha acabado de tomar banho e estava sentado no sofá lendo algo em seu celular depois de se secar.
Vendo que já estava bem tarde, baixei minha voz e falei:
- Guilherme, é hora de ir para a cama.
Ele deixou o celular de lado e sorriu para mim, seus olhos escuros me encaravam, eram profundos e comoventes.
Eu apertei os lábios, sentindo que seu sorriso era comovente demais para ser verdade.
- Do que você está rindo?
Os cantos de seus olhos se curvaram como luas ao me responder:
- Estou feliz!
Eu fiz bico. Claro que eu sabia que ele estava feliz, mas feliz com o quê?
Mas como ele não disse nada, eu não o forcei e fui direto para o quarto.
O som dos passos atrás de mim se aproximou e eu fui abraçada por trás por ele, a voz do homem era baixa e provocadora:
- Você é tão linda quando está me dando bronca!
Fiquei sem palavras e retruquei sem piedade:
- Que flerte brega.
Como alguém poderia gostar de levar bronca.
Deitados na cama, ele me pegou em seus braços e colocou a palma da mão sobre a minha barriga, sua voz suave ao me perguntar:
- Dói?
Eu congelei por um momento. Eu mesma tinha me esquecido disso, todo mês tinha aqueles dias, como ele ainda podia se lembrar?
Eu balancei a cabeça e não pude deixar de rir:
- Você ainda consegue se lembrar disso tendo tantas coisas da empresa para cuidar, que atencioso.
Ele sorriu vagamente:
- Está escrito no meu bloco de notas do celular, acabei de lê-lo.
Eu...
Que seja!
Pensando nas palavras de Yasmin, não pude deixar de rolar e ficar de frente para ele, dizendo:
- Guilherme, vamos ao hospital amanhã e o dispositivo anticoncepcional, está bem?
O sorriso em seu rosto se desvaneceu por alguns momentos:
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Labirinto de Amor
que livro horrível, terror macabro, tive pesadelo vou excluir...
Realmente muita confusa...
Eu fiquei tipo??? essa mulher é trouxa só pode. Bom não é meu tipo de historia.....
Você começa a ler empolgado, mas dps fica tipo, não aguento maisss. Kkkkk, confuso d+...
É um livro, que no começo é muito bom, mas depois se perde. É como se pegassem vários livros, mostrassem tudo e desse essa história. Acaba ficando muito, mas muito chata....