O Labirinto de Amor romance Capítulo 393

Levantando a cabeça, eu olhava as feições bem delineadas dele e disse firme e seriamente:

- Eu te amo, Guilherme.

Ele fez um sorriso extremamente bonito:

- Eu te amo também.

Foi a primeira vez que nós confessamos o sentimento mutuamente de tal maneira.

Ele disse:

- Obrigada!

Eu fiquei confusa:

- Pelo quê?

Ele agradece o meu amor e a minha vontade de voltar ao lado dele.

...

O inverno da Capital Imperial é muito longo, que começa em novembro e se prolonga até fevereiro ou março no ano que vem.

Nana pegou resfriado, que não se levantou após muito tempo que eu a chamei.

Guilherme, não estava em casa, deixou uma nota na cabeceira:

- Faz muito frio. Use mais roupa quando sair de casa e beba mais água quente.

Eu guardei o papelzinho, sorrindo.

Ao ver o rostinho vermelho de Nana, era inevitável sentir pena por ela. Por fim, eu liguei para Vinícius.

- Kaira, bom dia! - a voz do homem era gélida e distante.

Eu não levei a sério e disse após uma breve pausa:

- Dr. Vinícius, você pode vir cá? Nana tem febre. Considerando a grande movimentação pessoal no hospital, eu tenho medo de acontecer uma infecção cruzada se a levar para lá.

Isso é somente um pretexto, mas qualquer coisa precisa de um ponto de partida. Senão, como se resolve as coisas?

No outro lado do telefone, Vinícius abriu a boca após um silêncio:

- OK!

Depois, ele cortou a chamada.

Ele chegou após cerca de 20 minutos. Quando abri a porta, fiquei um pouco chocada.

- Você está trabalhando ao redor? - Precisaria de pelo menos 40 minutos para chegar cá da residência dele. Se não estivesse justamente ao lado, seria impossível chegar aqui tão rapidamente.

Ele torceu a boca em vez que responder a minha pergunta:

- Como está Nana?

- Tem febre ainda e a temperatura corporal está meio alta! - Eu deixei um espaço para ele entrar.

Com uma caixa de remédios na mão, ele entrou sem trocar os sapatos. Na minha opinião, Vinícius trata Nana bastante bem, na verdade.

Afinal, de jeito nenhum os laços sanguíneos serão cortados.

Eu entrei no quarto de Nana atrás dele. Enquanto media a temperatura para a menina, ele virou a cabeça para mim:

- Tem gelo em casa?

Eu acenei a cabeça:

- Sim!

- Cobra o gelo com uma toalha para baixar a temperatura dela. Depois, pegue para cá uns cobertores grossos e desligue o aquecimento em casa.

Ao falar, ele começou e mexer na caixa de remédios.

Eu fiquei confusa:

- Vamos desligar o aquecimento no tempo tão frio? Nana ainda está com febre. Como é que ela pode aguentar?

Ele pausou o movimento da mão e semicerrou os olhos para mim:

- Você que é médica ou eu que sou médico?

- Você... - eu calei a boca e fui buscar o gelo na cozinha. Segundo a ordem dele, desliguei o aquecimento no quarto e peguei os cobertores.

Depois de preparar tudo, ele pausou o olhar em mim e franziu as sobrancelhas ligeiramente:

- Vá aguardar na sala de estar. Eu que faço tudo!

Eu gostaria de dizer mais algo, mas parece que ele não queria muito ter a minha presença aqui. Além disso, eu não estava usando muita roupa.

Portanto, eu saí do quarto de Nana. Havia uma laleira no quarto. Guilherme contratou um empregado, que ia acendê-la todas as manhãs e o calor sustentaria por um dia inteiro, de maneira que o quarto não estava muito frio.

Após cerca de meia hora, Vinícius saí, colocou a caixa de remédios na mesa da sala de estar e foi lavar as mãos no banheiro.

Ele disse:

- A febre já diminuiu. É melhor ficar em casa por alguns dias e ter um bom descanso. Precisa de comer algo leve, ao invés de comida gordurosa ou de cheiro forte.

Ele acrescentou após uma pausa:

- Eu deixei os remédios no quarto. Basta tomá-los uma vez por dia. Não precisa tomar muito, pois cada remédio tem veneno e não faz bem à criança se tomar muito.