O Labirinto de Amor romance Capítulo 432

Finalmente, o velho desviou o olhar e disse em voz alta:

- Vinícius, onde é que você encontrou essa moça mal-educada? Expulse ela agora mesmo. Sendo uma moça pequenina, até ousa confrontar comigo. Quer morrer?

Eu fiz um sorriso frio e desdenhoso:

- Não acha indigna a sua maneira de falar? Se a minha filha não tivesse o imprevisto em seu casa, você acha que eu vou meter o pé nessa sua família vergonhosa?

- Porra! - o idoso ficou furioso e pegou a bengala para me agredir.

- Sr. Moreno, tudo bem? - veio uma voz masculina grossa fora da porta.

O velho franziu a testa e pausou o olhar em mim, enquanto Vinícius virou a cabeça e contorceu as sobrancelhas também.

Eu adivinhava que Guilherme chegou.

Com certeza.

Em poucos segundos, Guilherme já caminhou para a minha frente. Ele pressionou a bengala do idoso e sorriu de maneira gentil e elegante:

- Sr. Moreno, quem vem aqui é sempre um convidado. Mesmo que a minha esposa não seja bem-vinda, não é necessário levar uma espancada né?

De rosto escurecido, o Sr. Moreno zombou apontando para mim:

- Essa moça inculta e arrogante é a sua esposa mesmo?

Guilherme acenou a cabeça sorrindo:

- Foi o meu avô que a indicou para mim pessoalmente. O que você acha?

- KKK! - o Sr. Moreno fez uma zombaria desdenhosa. - Exato. Como é que aquele manhoso pode escolher uma  boa mulher para o neto?

Guilherme não ficou bravo e só olhou para Vinícius:

- Onde está a minha filha?

De cara feia, Vinícius pausou um pouco antes de responder:

- Ontem Nana disse que queria passear com o Luke e eu pedi a esposa do tio Vicente para os acompanhar. Quando iam voltar, estava chovendo. Nana desapareceu ao abrigar-se da chuva.

Com a raiva reprimida, Guilherme disse em tom tranquilo:

- E agora, como está a situação?

- Eu entrei em contato com a polícia da Cidade H, que vai focar a investigação nas entradas e saídas da cidade. A Família Moreno também mandou pessoal para fazer a procura na cidade inteira.

Eu tentei controlar o pânico comprimindo a boca.

Olhei para Vinícius e perguntei tentando reprimir a raiva:

- Nana ficou perdida juntamente com Luke?

Ele acenou a cabeça.

Guilherme afrouxou as sobrancelhas:

- Não é fácil que uma criança fique perdida com um cachorro. Luke é um cachorro treinado, que vai guiar Nana de volta mesmo que perca o caminho. Vejo que não é um assunto tão simples.

De rosto sombrio, ele olhou para Vinícius:

- Fale com a polícia para investigar as pessoas que tiveram conflitos com a Família Moreno. Preste atenção especial aos suspeitos que apareceram ao lado da sua família recentemente.

Vinícius percebeu, acenou a cabeça apressadamente e saiu com o celular na mão.

Perante a multidão silenciosa, Guilherme fez um sorriso ligeiro para substituir a saudação.

Ele olhou para o Sr. Moreno:

- Sr. Moreno, cheguei às pressas por causa do tempo apertado. A minha esposa está preocupada com a filha e é inevitável falar de forma impulsiva. Peço a sua tolerância e vamos visitar o senhor num outro dia. Desculpe pelo incômodo.

A seguir, ele pegou a minha mão rumo à saída. O Sr. Moreno ainda queria dizer algo, mas por fim só abriu a boca, sem palavras.

Depois de deixar a Família Moreno, ambos eu e Guilherme mantivemos calados durante o caminho.

Guilherme parou o carro num hotel perto da mansão Moreno e me disse, com os olhos abaixados:

- Já é muito tarde e vamos descansar. A Família Moreno está fazendo a busca. Tudo vai estar bem.

Olhando o homem, eu fiquei zangada inexplicavelmente. Portanto, desci do carro e entrei no hotel diretamente.

A recepcionista me cumprimentou sorrindo:

- Boa noite!

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