O Labirinto de Amor romance Capítulo 70

- Só vai deixar de me incomodar quando eu morrer, não é?

Eu disse, olhando para o poste de luz cintilante. Alguma tristeza começou a se espalhar no meu coração.

Ele sorriu, de maneira sombria.

- Eu não vou lhe deixar morrer. O futuro é muito longo. Não posso continuar sem você.

Eu não falei mais.

O medo não me ajudaria. Eu sempre tinha de continuar a minha estrada.

- Deixe Guilherme! Vamos viver juntos e felizes, como quando éramos pequenos, com tanta alegria. Guilherme não é digno de você.

Eu sorri, com uma voz baixa. Que divertido! Outros pensavam que eu não era digna de Guilherme, enquanto ele pensava que Guilherme não era digno de mim.

- Não podemos voltar. A vovó faleceu e a velha amoreira na frente da porta da nossa casa antiga foi cortada. Nathan, não venha para mim. Não estrague mais a minha vida. Tá bom?

Eu sabia que essas palavras não funcionariam para ele, mas ainda assim as disse.

Ele olhou para o céu noturno profundo. Os seus olhos se tornaram escuros e molhados. Depois de muito tempo, ele disse:

- Tentei, mas não consegui.

Isso!

A conversa ficou aborrecida. Eu estava cansada, então, me levantei e olhei para ele:

- Me leve para casa!

Nesse momento, eu entendi que se ele quisesse me prejudicar, não gastaria tanto tempo e esforço para me levar ali. Ele só gostaria de observar o meu olhar com medo, o que estimularia os seus desejos, como um monstro. Ele parecia um caçador. Se não tivesse presas a diverti-lo, ele apenas se sentia aborrecido.

Portanto, ele não faria nada comigo, por enquanto!

Ele me entregou para a Villa Fidalga, trancou a porta do carro e olhou para mim, com os olhos escuros:

- Não me deu um beijo de boa noite?

Oi!

Olhando para ele, eu fiquei sem expressão.

- Abra a porta!

Ele ergueu as sobrancelhas, aparecendo o seu espírito maligno, gravado no seu coração. Ele se encostou na cadeira do carro, olhando para mim, estando numa posição predominante:

- A seu ver, se Guilherme ver que você ficou muito tempo no meu carro, o que é que ele vai pensar?

Ele acenou com a cabeça.

- Claro. Nessa hora, ele deveria ficar na ala de Lúcia, para prestar o seu amor à sua querida mulher e cuidar dela. Não tem tempo para você!

Ao falar, ele se aproximou. O fumo de tabaco me deixou desconfortável.

- Nathan, me diga, se eu morrer, vou estar livre de você?

Ele ficou irritado:

- Tente!

Era desnecessário tentar. Ainda não havia chegado a hora. Se fosse necessário, não seria uma coisa miserável morrer com um demônio.

Nesse momento, ficou mais iluminado o pátio. Era a luz do carro. Olhando para lá, era o jipe de Guilherme.

Verificando o tempo, já era meia-noite. Raramente voltava a essa hora.

O carro de Nathan era fácil de ver. Ele o viu assim que entrou no pátio, mas ele não saiu do carro, apenas acendendo um cigarro no carro e olhando para Nathan e para mim, com um olhar sombrio.

Nathan era uma pessoa sem vergonha. Ele fingia ser um homem decente em geral, mas gostava mesmo de provocar disputas. Percebendo que Guilherme não saiu do carro, ele se inclinou para mim com uma risada:

- A seu ver, se Guilherme ver que nos beijamos, como é que ele vai reagir?

- Tá louco! - Eu disse, me afastando dele, mas o espaço no carro era limitado.

Ele se inclinou um pouco e conseguiu me beijar no canto dos meus lábios. E depois, ele curvou os seus lábios e olhou para Guilherme, com um sorriso e uma expressão bastante louca.

- Nathan, tá louco?

- Claro que sim!

Nathan acenou e Guilherme já saiu do carro.

Eu franzi minhas sobrancelhas e olhei para Nathan.

- Abra a porta!

Ele ergueu as sobrancelhas e me ignorou, apenas olhando para Guilherme, que saiu do seu carro e voltou diretamente para a mansão. Ele olhou para mim, com uma risada:

- Kaira, ele não está apaixonado por você, então, ele mesmo não se importa que outro beijou você.

Nathan aprendeu a essência de matar uma pessoa do coração. . Eu sorri:

- E daí, tem algo a ver com você? Deixe-me sair...

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