O Labirinto de Amor romance Capítulo 95

Pouco tempo depois, a campainha da mansão tocou e eu fui atender a porta. Logo, o celular também começou a tocar.

Foi ligação de Guilherme.

Eu atendi a chamada. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele disse:

- Vá atender a porta. É o pessoal para montar o quarto de bebê. Além disso, o quarto com jardim do último andar não é muito bom para dormir. Eu mandei eles renovarem o quarto principal, para você dormir melhor lá.

Eu disse sim e abri a porta, onde um homem de meia idade olhou para mim e disse:

- Olá. Tudo bem? O Sr. Guilherme chamou a gente para montar o quarto de bebê.

Eu acenei com a cabeça e abri a porta, para deixá-los entrar.

Depois, eu disse com calma na chamada:

- Onde você está? Quando você vai voltar?

- Estou no Hotel Wyndham. É possível que eu volte um pouco tarde. Pedi uma sopa para você. O Chefe Ryan vai mandar alguém trazê-la para você mais tarde.

A voz dele estava muito calma e ele deixou tudo muito bem preparado.

Eu murmurei que sim, sem dizer muita coisa, apenas falei:

- Está bem. Então, vou desligar.

Olhando para o rochedo artificial no pátio, me sentia um pouco aflita, como se alguém estivesse apertando o meu coração. Eu senti um pouco de dor, mas ao mesmo tempo um calor e uma excitação inexplicáveis.

Guilherme é muito bom em cuidar das pessoas, o que eu sabia há muito tempo. Se ele se preocupa muito com uma pessoa, ele pode cuidar dela até que a mesma não precise fazer mais nada.

Mas, quanto tempo pode durar esse tipo de calor e bondade?

O sol se pôs lentamente. O Chefe Ryan mandou entregar a sopa, acompanhada por muitos petiscos. Todos eram muito nutritivos.

Eu não comi muito. Depois de os trabalhadores terem saído, eu dei uma volta em casa.

A mansão passou por uma grande transformação. O restante dos objetos de coleção no salão, fora aqueles quebrados por mim, foram enviados para a armazém por Guilherme.

A mansão, que de início era escura e rígida, foi mudada para tons quentes. Até os sofás marrons foram transformados em azuis, conferindo um toque de serenidade e calor.

As escadas foram cobertas com tapetes e os corredores foram decorados com quadros de tom quente. O quarto de bebê tinha como cor principal o azul celeste, que agradava muito os olhos.

Só de olhar para o quarto, a pessoa ficaria com um humor melhor.

Algumas lágrimas começaram a se acumular nos meus olhos. Ele fez isso pelo bebê ou por mim?

Provavelmente, pelo bebê!

Eu queria muito ficar naquele belo ambiente e não queria sair do quarto de bebê. A campainha da porta lá embaixo continuava tocando, mas eu estava muito distraída.

Muito tempo depois é que percebi o tocar da campainha e desci correndo.

Quando abri a porta, vi Pietro. Ele não estava muito feliz, porque eu demorei muito para atender a porta. Ele reclamou:

- Quão grande é essa mansão para que a Directora Sanches demore tanto tempo para chegar aqui?

Eu não liguei para ele e vi Guilherme sentado atrás dele, ao lado do canteiro de flores. Ele estava meio encostado no rochedo artificial. Parecia que ele tinha bebido muito.

Eu fui direto para o lado de Guilherme e um cheiro forte de álcool me invadiu. Eu franzi as sobrancelhas e ajudei ele a se levantar. Eu olhei para Pietro e disse:

- Obrigada por trazer ele para casa.

Pietro não disse nada. Ele foi embora, depois de me dar apenas um olhar.

Eu ajudei Guilherme a voltar para o quarto e vi que ele estava tonto. Ele não disse nada, estava apenas olhando para baixo. Pareceu-me que ele tinha bebido demais, mas eu não tinha certeza.

- Você está se sentindo mal do estômago? - eu perguntei e o sacudi.

Ele olhou para cima em minha direção. A vista dele estava um pouco desfocada. Ele perguntou:

- Você já comeu?

Eu acenei que sim com a cabeça. Sem conseguir me controlar, dei um suspiro. Pelo jeito que ele estava, devia ter bebido muito mais do que o habitual. Me levantei para buscar uma água para ele, mas ele me puxou de volta.

Ele me pressionou para sentar em cima das pernas dele. Ele estava meio tonto e me perguntou, com os olhos entreabertos:

- Para onde vai?

- Vou buscar água para você! - ele estava agindo feito uma criança!

Ele acenou a cabeça e disse:

- Eu vou junto com você! - dito isso, ele se levantou, mas perdeu o equilíbrio e se sentou de novo.

- Chega. Fique quieto e se sente aqui. Vou lá buscar água para você. Não se mexa. - Olhe o jeito como você está, vai querer até ir junto comigo?

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