O Lendário Dragão General romance Capítulo 111

Thea ficou sem palavras. Parece que, no fim, conter James não era algo que poderia fazer, porque, de qualquer jeito, o homem atacou alguém.

— Segurança! — o vendedor gritou.

Três homens robustos apareceram na entrada e se aproximaram, ameaçadoramente. A essa altura, a confusão obviamente chamara a atenção dos outros clientes e todos se reuniram para assistir ao show. Thea ficou realmente preocupada com a exposição.

— Jamie, vamos! Por favor! —

A moça se esforçou para puxar o marido, que acatou o comando, no entanto, aqueles seguranças bloqueariam sua passagem a todo custo. O vendedor indagou:

— Onde pensam que vão, depois do estrago que fizeram? Vão pagar pelo prejuízo! —

Zach se levantou, ameaçando:

— James, eu vou te matar! —

Ele pegou o celular e fez uma ligação.

— Samson, sou eu. Um babaca me atacou em uma loja na Rua South Dragon. Traz a rapaziada, porque a gente vai quebrar as pernas do vagabundo. —

Depois que ele desligou, lançou outra ameaça para o veterano.

— Você está fodido, parceiro. —

Vendo como as coisas escalaram rápido, Thea ficou com medo e se agarrou com mais força ao braço de James. Em resposta, o homem pousou a mão robusta sobre a dela, acalmando-a.

— Tudo bem. Ligue para Yoel agora. Faça o pai dele vir imediatamente. —

Thea notou que James não tinha medo, então ela pensou em todas as coisas surpreendentes que aconteceram desde que se casaram. James sempre parecia preparado para qualquer situação. Dando um voto de confiança à sugestão do marido, a moça pegou o celular e procurou pelo número de Yoel Smith.

Nesse momento, Yoel estava no hospital e York se mantinha ao seu lado, cuidando do filho. O patriarca sugeria que o rapaz oferecesse um jantar aos Callahan, assim que se recuperasse, com o objetivo de, através da bajulação, ganhar o perdão de Thea e James. Yoel aprovava aquela ideia. Foi nesse momento que seu celular tocou. Vendo que era Thea, ficou tão assustado que sua mão tremeu e deixou cair o aparelho.

— Deixa de ser abestalhado! — York vociferou, pegando o telefone que agora tinha a tela rachada. No entanto, o homem também estremeceu ao ver quem ligava. Rapidamente, jogou o telefone para o filho, que agora tinha pavor de falar com a esposa de James. — Atende logo! —

Obviamente, o veterano era a causa do terror dos dois. Mesmo assim, o rapaz se esforçou, engoliu em seco e pegou o telefone.

— Você foi pedir ajuda logo ao meu primo? Vocês são tão burros! —

Como Yoel não deu uma resposta, Thea ficou ainda mais ansiosa. Deu uma boa olhada nos seguranças que impediam a saída do casal, depois olhou de volta para Zach, que se encontrava ao lado do vendedor. Sentiu-se encurralada. Além disso, o cenário ainda contava com alguns espectadores, como se fossem assistir a um duelo de gladiadores. A moça ficou apavorada.

— Jamie, o que a gente faz? —

— Ficará tudo bem. Vamos entrar e nos sentar. —

James guiou Thea até o lounge da loja. Uma vez sentado, pegou uma maçã que a jovem levava na bolsa. Puxou o canivete e começou a descascar a fruta. Separou um pedaço e o ofereceu a Thea.

— Querida, coma um pedacinho, para se acalmar. —

Os olhos da moça, entretanto, pulavam de algoz em algoz: Xena, Zach, o vendedor e os seguranças. Seu coração batia agressivamente em seu peito. Como poderia comer agora quando morria de medo? Quanto as roupas do cabideiro custariam? Quando o próprio cabideiro custaria? Além de tudo, Zach falou no telefone que quebrariam as pernas de James. Que história era aquela de ‘rapaziada’? Se todos aparecessem, o que fariam? Ansiosa, quase começou a chorar.

— Jamie, pense em algo! —