O Lendário Dragão General romance Capítulo 112

Thea estava tão nervosa que queria chorar, enquanto James se mantinha completamente despreocupado. Com seu chute em Zach, acabou derrubando um cabideiro de roupas, mas não parecia se importar. Àquela altura, até a gerente apareceu. Era uma mulher na casa dos trinta, muito bonita, com rosto oval e cabelos pretos. Trajava um vestido elegantemente sensual.

— Senhor Smith! —

Vendo Zach, a mulher o cumprimentou, respeitosamente. O babaca esperava por Samson no salão, quando se virou para a gerente. Seus olhos brilharam quando viu que se tratava de uma mulher bonita. No entanto, Thea chamava ainda mais a sua atenção, então, por ora, esforçou-se para ignorar a beleza da funcionária. Mantendo-se, contudo, galanteador, perguntou:

— Olá, senhorita. Você me conhece? —

— Sim. Estivemos no mesmo banquete, certa vez. — a gerente, Miranda Larson, explicou.

Zach assentiu levemente. Depois, buscou a ansiosa Thea com o olhar e, com olhos fixos na jovem sentada à sua frente, perguntou, em voz alta, a Miranda:

— Qual é o tamanho do prejuízo pelas roupas, docinho? Aquele ali pagará. — indicou James.

— Senhor Smith, são peças realmente caras. Pelo protocolo de decoro da loja, não posso dizer em voz alta. A discrição é parte de nosso negócio. Contudo, posso dizer que as peças são lavadas de maneira muito específica por nossa loja, e um cabideiro desses comporta até dezoito delas. Isso é bem mais que uma renda mensal média em Cansington. —

— Vocês ouviram isso? — Xena disse arrogantemente. — Estejam preparados para desembolsar suas economias, seus pobretões, mas duvido que tenha o suficiente. Pobre não sabe poupar e pensar no futuro. Bom que assim aprendem o lugar de vocês e não entram mais neste tipo de ambiente. Se vocês pedirem desculpas ao meu marido, quem sabe não arquemos com o prejuízo em seu lugar? Não é, amor? —

— Jamie, vamos pagar e sair. — Thea disse, em voz baixa. — Não devemos criar problemas com os Smith. Zach até chamou gente para te agredir. Vai ficar mais difícil de sair, depois. —

Tudo o que Thea queria, naquele momento, era ir embora. Seu coração estava a mil, tamanho era seu nervosismo. Com certeza o prejuízo custaria uma bolada, mas James a assegurou que podiam pagar. Tentou pensar naquilo como suas compras. Algumas roupas poderiam não caber, mas bastaria fazer alterações na costura e ajustá-las.

— Querida, está tudo bem. Estou esperando os homens que ele chamou chegarem. Você esqueceu que eu era militar? Talvez conheça alguém! — James sorriu.

— Jamie, pare de brincadeira. Ouvi dizer que o Rei Alegre emitiu uma ordem estrita depois da última confusão na cidade. Brigar agora é crime grave, e a polícia está prendendo todos os infratores! —

Thea se apavorou com os seguranças que os observavam. Se pagar pudesse resolver o problema, por que não deixavam logo o dinheiro fazer o trabalho?

— Que história é essa de brigar? — a expressão de Zach era de ansiedade, porque desejava a confusão. — Experimente! —

Os seguranças deram um passo à frente. A tensão aumentava e ir embora não era uma opção que James considerasse. Uns poucos brutamontes dificilmente seriam páreo para o general.

— Senhor Smith. —

Nesse momento, um homem careca se aproximou. Tinha uns trinta e poucos anos, vestindo uma regata preta e tinha uma tatuagem de tigre no braço direito. Mais uns homens o acompanhavam. Com aquele pessoal barra-pesada chegando na loja, os clientes se afastaram, com medo.

— Samson! É esse aí. — apontou para James. — Pode quebrar as pernas dele. — mas olhou para Thea e ofereceu uma opção. — Ou a esposa dele vem comigo hoje e a gente libera o otário. —

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