O Lendário Dragão General romance Capítulo 149

Thea se sentou em frente ao computador e começou a desenhar roupas. James não entendia sobre o processo de design e não queria incomodá-la, então apenas pegou seu colchonete e entendeu no chão. O homem olhou para a esposa, que estava desenhando seriamente, e um sorriso se formou em seu rosto.

No dia seguinte, o carro que David bateu na traseira de Xander foi levado ao centro automotivo para ser consertado. Deveriam buscar o carro e concluir alguns procedimentos da compra, incluindo o registro de seguro. Gladys e toda a família esperavam para que fossem juntos. Antes de sair, a matriarca perguntou:

— James, você pode me fazer um favor? —

— Claro. — James assentiu.

Gladys jogou para ele as chaves de um carro e o instruiu:

— Xara voltará hoje. Use o Hyundai de David para buscá-la. —

James coçou a cabeça.

— Quem é Xara? —

— Minha prima. Acabou de se formar na faculdade e está voltando para estabelecer sua carreira aqui. — explicou Thea.

A moça enviou uma foto para o celular de James.

— Essa aí é Xara. Já liguei para ela e mandei sua foto também. Ela chegará por volta das onze da manhã, não se esquece! Vou te mandar o telefone dela. —

— O que você vai fazer? — perguntou James.

— Yuna vai assinar um contrato na cidade comercial hoje e quer que eu vá dar uma olhada, para saber como é. Estou aprendendo algumas coisas com ela. —

— Ótimo! — James respondeu.

Desligaram a chamada e a garota ficou esperando, até que um BMW parou ao seu lado. O homem que dirigia o veículo baixou o vidro e sorriu para a jovem, que ainda estava parada na beira da estrada. Para chamar sua atenção, ele acenou.

— Oi, linda. Você está de férias em Cansington? Já encontrou um hotel? Posso te levar a um lugar legal. Que tal passear comigo? —

— Vaza. — Xara só respondeu isso.

O rosto do cara no BMW não desistiria. Era um babaca que frequentava regular o aeroporto, em busca de mulheres bonitas de fora da cidade. Sempre tomava a iniciativa e arriscava todas as chances. O carro chamava alguma atenção e o homem complementava os convites com ofertas em dinheiro. Foi o que fez com Xara, em um instante. O valor costumava ser o que fazia o plano funcionar.

Ele olhou para Xara da cabeça aos pés, depois de dizer o valor.

‘Puta merda, olha essa mulher.’

Vendo que a moça não ficou tentada, o homem, presunçoso, arriscou uma quantia maior. O valor ofertado já seria irresistível para uma pessoa comum. Obviamente, tratava-se de uma mentira. O homem era um estuprador, participante de um esquema maior. O carro não era dele e não existia nenhum lugar especial para mostrar. Assim que as mulheres aceitavam a proposta, o criminoso buscava uma maneira de dopá-las e levá-las a um motel. Depois de violentá-las e fazer vários registros, o crápula ainda tentava chantageá-las em troca de dinheiro, alegando que tinha gravações do momento em que aceitavam entrar no veículo. Temendo retaliações, as mulheres, até o momento, agiam de acordo com o plano dele.