Seria possível abrir um restaurante, nas Ruas da Gastronomia, ou uma grande loja voltada para tecnologia, no Vale da Informática. Qualquer grande empreendimento era elegível para abrir uma loja ali e usufruir de inúmeros benefícios, desde que pudesse arcar com as taxas terrivelmente altas. Óbvio que o antigo dono da Pacific nunca sonharia em entrar na Cidade Nova Transgeracional.
— Você está falando sério, senhora Callahan? — Quinton estava animado.
— Podem me chamar de Thea! E sim, nós vamos tentar. Pode funcionar, ou não, mas não custa nada arriscar! Ou melhor, custa. — Honestamente, ela não se sentia confiante para um passo tão grande.
Quando estava na Eternality, a jovem se preparava e trabalhava para expandir os negócios, visando aumentar a qualificação da empresa para garantir uma vaga na Cidade Nova Transgeracional. Agora, Thea tinha ainda menos certeza sobre as chances, já que o Grupo Pacific era muito menor em relação à empresa de seu avô. Mesmo assim, ainda era o sonho dela, assim como seria o sonho de todo empresário.
Entrar na Nova Cidade Transgeracional significaria ganhar a proteção do Grupo Transgeracional, desfrutando de muitos benefícios. Além disso, a moça sentia que poderia fazer isso por causa daquele homem mascarado. Mais uma vez, não pôde deixar de pensar no sobrevivente dos Caden, o homem mascarado que salvou sua vida. Por alguma razão, sentia que essa pessoa ainda estava viva e perto dela, ajudando-a, silenciosamente, nos bastidores. Mesmo que fosse uma ilusão, a jovem gostava de imaginar que pudesse ser verdade. Corou um pouco e silenciosamente espiou James, ficando aliviada ao ver que o marido olhava para o outro lado.
‘Thea! Você tem um marido agora. Como você pode estar pensando em outro homem? Pior que isso! Está criando sentimentos por alguém a quem nem conhece!’, repreendeu-se mentalmente. A moça balançou a cabeça para se livrar dos pensamentos que considerava inapropriados. Preferiu focar em Trevor e nos outros, que ficaram muito empolgados com a promessa. Entregar a empresa a Thea se mostrou, rapidamente, uma boa escolha.
Certamente aquele empreendimento permaneceria como uma fábrica de manufatura em suas mãos e nunca conseguiria se tornar uma empresa grandiosa. Eles nunca se qualificariam o suficiente para entrar na Cidade Nova Transgeracional, por exemplo. Aquilo não parecia mais um sonho, com Thea no comando. Além disso, eles tinham dez por cento das ações, portanto, uma vez que a empresa se desenvolvesse, aquela parcela valeria mais do que sua atual totalidade.
Thea saiu, depois de passear pela fábrica. Um grupo de pessoas se aproximou repentinamente, interceptando a moça na saída. Aqueles eram os funcionários que foram ao departamento financeiro para pedir suas rescisões, porque disseram que sairiam da empresa. O departamento financeiro processou e emitiu os valores corretamente, o que os fez perceber que a empresa tinha mesmo o dinheiro.
— Senhora Callahan, por favor, dê-me uma chance de voltar ao trabalho! —
— Senhora Callahan, Quill me enganou. Eu nunca vou confiar nele outra vez. Por favor, apenas mais uma chance! Tenho idosos e crianças para cuidar, em minha família. Não posso me dar ao luxo de perder meu emprego! —
Muitos funcionários vieram e começaram a implorar. A notícia de que Thea aumentou os salários dos que ficaram e de que o pagamento de horas extras também aumentaria se espalhou rapidamente pelos grupos do WhatsApp da empresa. Todos sabiam que seria difícil encontrar um novo emprego, se realmente saíssem de lá. Thea não era uma pessoa cruel e entendeu a situação dos operários.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Lendário Dragão General
Bom dia, muito top a leitura, quando serão lançados novos capítulos. grato....