O marido misterioso romance Capítulo 109

Os ladrões levaram Irene para um apartamento. Depois de trancarem as portas, começaram a planejar como pedir o resgate. Um deles decidiu ligar para a família White. Britney foi bastante direta e disse que ainda estava preparando o dinheiro do resgate, então eles teriam que esperar um pouco.

Os sequestradores não acreditaram na velha e a avisaram que era melhor não tentar chamar a polícia para resgatar a refém. Ameaçaram-na dizendo que, se ela tentasse fazer alguma coisa fora do combinado, matariam Irene no mesmo instante. Com isso, Britney prometeu não chamar a polícia. Os olhos de Joanne, que estava ouvindo ao lado da avó, brilharam de imediato.

Depois de desligarem a ligação, os sequestradores se sentaram juntos e começaram a conversar. Um deles disse que a família White era bastante conhecida, então cem milhões em dinheiro era uma quantidade um tanto pequena. O líder do grupo sentiu um pouco de remorso por não ter pedido mais.

Era comum que os sequestradores voltassem atrás em suas palavras, por isso Irene começou a perder as esperanças ao ouvir a conversa. A essa altura, ela não estava mais com tanto medo quanto antes e observou com cuidado a situação. Como estava de olhos vendados quando foi trazida para lá, não sabia para onde os sequestradores a haviam levado.

Agora que eles estavam dentro de um lugar, tinha removido a venda de cima dos olhos dela. Irene conseguia ver com clareza que estava em um apartamento. Eles tinham se reunido na sala de estar para conversar depois de a empurrarem para dentro de um cômodo.

No lugar onde Irene estava trancada havia uma janela com grades de ferro, portanto não era possível escapar por lá. Contudo, as janelas do banheiro não costumavam ter grades. Com isso em mente, a mulher perguntou aos sequestradores se ela poderia usar o banheiro, e eles não recusaram o pedido.

Quando Irene entrou lá, viu que era como suspeitava: as janelas não tinham grades. Ela subiu na privada e olhou para fora. Contando os andares, percebeu que estava no terceiro. Se pulasse lá de cima, com certeza se machucaria.

Entretanto, havia uma condensadora de ar-condicionado do lado de fora da janela do banheiro, e abaixo dela havia um toldo sobre uma janela do segundo andar. Se Irene subisse na condensadora e pulasse para o toldo, seria muito mais seguro descer.

No entanto, era uma manobra bastante perigosa; se ela escorregasse, cairia e se machucaria. Porém, não havia tempo para pensar com cuidado nisso. Se a família White não concordasse com as condições dos sequestradores, era possível que a machucassem. Por conta disso, Irene precisava correr esse risco.

Em silêncio, ela voltou para o cômodo e continuou esperando. Mais duas horas se passaram em um piscar de olhos. Os sequestradores ligaram para a família White outra vez. Britney disse que havia preparado o dinheiro e combinou um local para se encontrarem e realizarem a transação.

Os sequestradores enviaram dois homens para pegar o resgate, mas não planejavam levar Irene com eles. Como ela esperava, os bandidos faltaram com a palavra deles. Logo depois que os dois saíram, a mulher pediu para ir de novo ao banheiro. Eles estavam de bom humor, então permitiram.

Ela entrou lá, trancou a porta e colocou o plano em ação de imediato. Tinha pensado que seria relativamente fácil, mas estava errada. Precisou fazer muito esforço para sair pela janela e ficar de pé no condensador. Quando olhou para baixo, sentiu-se tonta, então se agachou por reflexo.

Impaciente, um dos sequestradores bateu na porta do banheiro, visto que a refém estava lá dentro havia bastante tempo. Isso a deixou nervosa, então Irene fechou os olhos e pulou para o toldo. Ela caiu exatamente em cima dele, mas, para o azar dela, ele era bastante antigo. Portanto, não aguentou o peso e se quebrou, de forma que a mulher o atravessou.

Felizmente, havia chão logo abaixo do toldo. Ela caiu com os tornozelos suportando a maior parte do peso, então, assim que os pés tocaram o chão, Irene sentiu uma pontada de dor subir pelos tornozelos, mas não tinha tempo para se importar com isso. Ela fugiu, aguentando a dor. Enquanto isso, os sequestradores no andar de cima arrombaram a porta do banheiro.

Para a surpresa deles, o lugar estava vazio. "Chefe, ela fugiu!" O líder entrou em pânico no mesmo instante ao ouvir isso. "Por que vocês ainda tão parados aí? Vão logo atrás dela!"

Eles xingaram e correram escada abaixo. Com os pés muito doloridos, Irene sabia que estava correndo devagar demais para fugir dos sequestradores. Às vezes, o lugar mais perigoso era o mais seguro, portanto, era provável que eles não esperassem que a mulher ainda estivesse lá. Pensando nisso, ela se virou e, em vez de fugir, escondeu-se dentro dos arbustos lá embaixo.

Os sequestradores só pararam por um momento no lugar onde Irene estava escondida, pois não conheciam a área muito bem. Quando eles desceram as escadas, foram logo para fora. Após percorrerem uma certa distância, receberam uma ligação dos dois sequestradores que haviam ido buscar o resgate.

"Chefe, enganaram a gente. Não tem resgate nenhum, eles decidiram chamar a polícia. Nós estamos cercados, foge logo daí!"

O líder percebeu que as coisas tinham dado errado e, por consequência, reuniu o resto do grupo na mesma hora e fugiram.

Feliz, Joanne foi visitar Lydia no hospital. A mulher estava muito melhor e conversava com um dos criados. Ela também ficou encantada em ver a jovem. "Você não precisa vir me ver todos os dias."

"Eu não tenho nada pra fazer de qualquer jeito." A garota se sentou ao lado da cama. Jordan estava voltando para o quarto da enfermaria após fumar um pouco. Ele viu a mãe e Joanne conversando lá dentro, felizes, e abaixou a cabeça, tentando organizar as próprias emoções.

Joanne saiu do quarto e viu o homem parado no corredor, encostado na parede e pensativo. Ela o cutucou e perguntou. "Por que você não entrou, já que tá aqui?"

Jordan voltou a si e disse: "Joanne, tenho uma coisa pra te perguntar".

"É sobre a tia Lydia? Não se preocupa, ela tá bem mais estável agora..."

"Não, é sobre nós dois." Ele encarava o lindo rosto dela. "Você quer mesmo se casar comigo?"

Joanne olhou com surpresa para o homem. Ela estava confusa sobre o motivo por trás da pergunta dele. Percebendo a reação dela, Jordan acrescentou: "Mesmo que eu não te ame, você ainda quer se casar comigo?"

Ela assentiu. "Jordan, eu quero me casar com você. Mesmo que você não me ame, ainda é o que quero!"

"É melhor pensar bem nisso. Não vou demonstrar nenhum amor por você pelo resto da sua vida. Se a gente se casar, não vamos ser um casal de verdade. Vou passar o meu tempo fora de casa, bebendo e indo atrás de outras mulheres. Claro, você também pode se divertir como quiser. Nenhum dois dois vai controlar o outro. Mesmo assim, você ainda estaria disposta a fazer isso?"

"Estaria!" Respondeu Joanne com firmeza.

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