O marido misterioso romance Capítulo 117

Por fim, a conversa íntima deles chegou ao fim. O carro parou na entrada do restaurante mexicano.

"É um restaurante bastante pequeno, mas a comida aqui é realmente autêntica." Edric abriu a porta e saiu do carro, enquanto falava para ela: "Já comi aqui duas vezes. É realmente delicioso."

Irene acompanhou Edric sem dizer uma palavra. Era notório que Edric era um cliente frequente do restaurante. Quando o dono do estabelecimento o viu, imediatamente se aproximou e o recebeu de braços abertos.

Em seguida, eles foram levados para a sala VIP. O garçom trouxe duas entradas. Eram nachos mexicanos com molho. Edric pegou um nacho e o mergulhou no molho enquanto olhava para Irene. "Experimente isso! Este lugar tem o melhor molho que eu já provei."

Irene olhou para ele segurando o nacho contra a boca e sorriu com desprezo. Melhor molho de nachos? Para alguém tão rico como Edric, comer nachos ocasionalmente era considerado uma iguaria. Mas para ela, isso era um prato comum.

Depois de se divorciar de Edric, ela ansiava muito por nachos durante a gravidez. Foi fácil para ela achar isso delicioso. Além disso, era barato também. Ela comia praticamente todos os dias; portanto, agora, ao ter um vislumbre dele, ela achou a cena insuportável.

Percebendo que ela não se mexia e não tirava os olhos dele, as sobrancelhas de Edric ficaram franzidas imediatamente. "Abra a boca!"

Edric já estava segurando o nacho bem na frente da boca de Irene. Ela olhou para baixo e franziu a testa ao abrir a boca para dar uma mordida. Não estava tão delicioso quanto ele havia descrito. Não tinha nada de diferente de qualquer outro nacho com molho que ela já havia provado. Ela fez uma leve careta. Ela mal conseguiu engolir e não iria comer mais nada.

Edric achou que ela só estivesse fingindo, e isso o deixou triste. Porém, ele se lembrou que era um dia especial, então achou melhor suprimir seu desagrado.

Os pratos que Edric pediu foram servidos um após o outro. Entre eles estavam tacos, enchiladas, guacamole e assim por diante. Todos eram pratos mexicanos que Irene gostava. Vendo seus pratos favoritos, Irene pegou seus talheres e começou a comer.

Observando-a saboreando a refeição, Edric se sentiu estranhamente feliz. Ele se sentou em frente a ela, olhando-a colocar a comida na boca. Distraído, seus lábios já esboçavam um sorriso.

De repente, ele sentiu como se estivesse sonhando. No dia anterior, Edric ligou para ela e perguntou quando ela iria se mudar. Ele estava esperançoso de que Irene se lembrasse que data era aquele dia.

Com toda certeza, ela não iria decepcioná-lo. Irene prometeu se mudar naquele dia, mas ela havia esquecido que dia especial era?

Oito anos atrás, naquele dia, eles tiveram seu primeiro encontro. Agora, oito anos depois, eles estavam tendo mais um primeiro encontro. Independentemente de qualquer coisa, era um sinal positivo para Edric.

Ele esperava recomeçar com Irene e reviver a antiga vida que levavam. Ele queria compensar o que devia a ela.

Irene estava com muita fome. Ela engoliu a comida sem se importar com sua imagem. No meio de sua refeição, ela olhou para cima e percebeu que Edric estava olhando para ela.

Irene presumiu que ele estava chocado com a maneira como ela comia. Afinal, Lily era gentil, nobre e elegante; Edric estava acostumado com tanta beleza e elegância. Não era de se admirar que ele ficasse chocado com os modos dela à mesa.

Irene admitiu que não era a pessoa mais elegante quando se tratava de comer, mas isso não justificava a surpresa de Edric, certo? Ela sentiu que ele estava sendo um pouco dramático, já que ela nunca o tinha visto assim antes!

"Sr. Myers, por que você não come?" Irene não pôde deixar de perguntar.

Edric voltou a si e disse: "Gosto de ver você comer."

Irene sentiu como se ele já tivesse dito isso a ela antes, mas não conseguia se lembrar quando. Um pouco surpresa, ela respondeu: "Você é muito engraçado, sr. Myers."

"Irene, você vai continuar me chamando de sr. Myers?"

"Não deveria? Devo chamá-lo pelo seu primeiro nome? Devo lembrá-lo de que agora você é meu cunhado?", perguntou Irene.

O clima ficou gelado imediatamente. Edric pegou um taco de peixe, outra iguaria da culinária mexicana, e o enfiou na boca com bastante fúria. Então, algo inesperado aconteceu. Uma espinha de peixe se alojou na garganta de Edric.

Ele bebeu muita água, um copo atrás de outro, mas a espinha de peixe se recusava a descer. Por fim, Irene sugeriu que ele fosse ao hospital consultar um médico.

Edric se sentiu muito envergonhado. Ele só queria ter um bom jantar, mas aquela espinha de peixe banal tinha estragado tudo. Mais tarde, o médico o ajudou a extrair a espinha de peixe, mas seu bom humor já estava arruinado.

No caminho de volta, Edric manteve uma expressão séria e ficou em silêncio durante todo o trajeto. Nem Irene falou nada. Os dois voltaram para a Chandelle Valley Villa em silêncio.

Depois de entrar na mansão, Irene sentou-se no sofá e ligou a TV para assistir a uma novela. Edric sentou-se ao lado dela com um rosto sombrio e seu coração estava queimando de raiva. Como ela poderia estar assistindo TV agora?

Edric havia estado ocupado olhando para ela no restaurante. Aí, depois disso, eles acabaram indo para o hospital. Portanto, ele não tinha comido absolutamente nada; nem era preciso dizer que ele devia estar morrendo de fome neste momento. Irene não deveria ter o bom senso de cozinhar para ele ou preparar alguma coisa?

Ele sabia muito bem como a comida dela era boa. Antes, quando Edric tinha que trabalhar até tarde da noite, ela sempre preparava comidas deliciosas para ele.

O olhar de Irene estava na TV, mas ela estava se sentindo um pouco nervosa por dentro. Ela só esperava que Edric não se interessasse pela novela que ela estava assistindo e voltasse ao escritório para trabalhar, assim seria mais fácil para ela passar a noite.

No entanto, algo parecia estar acontecendo com Edric. Ele ficou sentado ao lado dela e a olhava fixamente e com muita intensidade. Irene sentiu arrepios com os olhares dele.

Vendo que ele tinha um olhar profundo vidrado nela, ela imediatamente explicou: "Acabei de me mudar para cá esta noite e não estou pronta..."

"Por acaso precisa estar pronta?" Edric ficou um pouco abatido ao ver o jeito como ela o olhava, como se ele fosse um monstro.

Irene quis recuar instintivamente, mas Edric a segurou pela cintura e a forçou a olhá-lo nos olhos. Ela abaixou a cabeça em pânico. "Eu... estou esgotada esta noite. É um lugar estranho, e não consigo dormir em uma cama que não conheço... e estou triste..."

"Bem, vamos conversar então. Vou ajudá-la a relaxar!" Edric a interrompeu e a conduziu até o sofá para se sentar, mas não a soltou. Em vez disso, ele a puxou para seu colo. Irene podia sentir algo duro sob sua nádega e se sentiu extremamente desconfortável.

Enquanto isso, Edric não sentia reciprocidade. A mão dele ainda estava na cintura de Irene e a cabeça apoiada nas costas dela. Ele perguntou com uma voz muito gentil: "Onde você esteve todos esses anos?"

Foi ele quem a expulsou sem lhe dar nenhuma pensão alimentícia. Mas agora, ele estava agindo com tanto amor, como se eles fossem um casal carinhoso que se reencontrou depois de tanto tempo. Irene odiou isto.

Irene não tinha intenção de dividir seu passado com Edric, nem o queria em seu futuro. Ela não era boba o suficiente para sentar lá e ter uma conversa franca com ele. Ela bocejou e disse baixinho: "Sr. Myers, estou com tanto sono. Só quero dormir agora. Vamos conversar outra hora!"

Um minuto atrás, ela havia acabado de dizer que não conseguia dormir em uma cama desconhecida. Mas agora, ela estava alegando que estava com sono. Só um tolo acreditaria nela. Edric suspirou silenciosamente. Irene não queria ter nenhum contato com ele. Ele a segurou em seus braços e se virou para fazer com que ela o encarasse. "Você se lembra que dia é hoje?"

Irene balançou a cabeça. "Estou com um pouco de sono. Provavelmente porque estou ficando velha, então quando fico com sono, não consigo me lembrar de nada. A minha memória fica como se fosse um borrão."

Edric não insistiu. Em vez disso, ele tirou uma caixa do bolso e disse: "Comprei este presente para você. Pode abrir!"

"Sr. Myers, você é muito generoso. Eu não preciso de presente!"

"Abra a caixa e coloque isto!" Edric ordenou. Irene relutantemente abriu a caixa, e havia uma linda pulseira lá dentro.

Se ela não estivesse enganada, Edric já havia dado a ela uma pulseira semelhante a essa oito anos atrás. Foi durante o primeiro encontro deles, e foi o primeiro presente que ele deu para ela. Mais tarde, ele deu a ela muitos outros presentes, cada um mais caro que o outro, mas...

Esse dia ficou marcado como o primeiro dia em que ela recebeu o amor de Edric. O fato de ele ter dado a ela uma pulseira semelhante fez Irene achar tudo aquilo muito irônico. Ela não colocou a pulseira. "Obrigada, sr. Myers. Eu não preciso de presente nenhum. Por favor, pegue isso de volta."

"O que você quer dizer?" Edric ficou furioso ao ouvir a resposta dela.

"Eu sou muito esquecida, e acabo perdendo as coisas com muita frequência. Então, é provável que mais cedo ou mais tarde eu também acabe perdendo o seu presente. Se você quiser a pulseira de volta algum dia, talvez eu não consiga encontrá-la depois..."