O marido misterioso romance Capítulo 129

"Ah, é mesmo? Deve ter sido uma cegonha que trouxe o bebê, então!" Zombou Irene.

"Uma pessoa só pode engravidar depois de fazer sexo?" Retorquiu Edric. "Existem muitas maneiras de engravidar hoje em dia."

"Você tá falando de inseminação artificial?" Ela olhou com surpresa para o homem.

Ele assentiu e disse: "Sim, e nem mesmo era o meu esperma!"

Os olhos de Irene se arregalaram. "Como isso é possível?"

"Naquela época, a minha mãe queria me forçar a te pedir um divórcio. Eu não tive escolha. Precisava dar pra ela um neto, pelo bem da minha família, então pedi pro John obter o esperma de um banco de sêmen."

"Impossível!" Irene não acreditou nisso. "Você tá falando a verdade? Edric, você tá mentindo pra mim porque acha que não tem como eu investigar tudo isso?"

"Não tô. Irene, eu nunca toquei na Lily. Naquela época, eu não tive escolha a não ser me divorciar de você. A minha mãe ameaçou se suicidar caso a gente não se separasse. Você sabe disso! Foi por isso que te forcei a assinar aquele contrato. Pensei que você não iria assinar, mas aí foi embora da cidade sem avisar ninguém...”

Ela não conseguia acreditar naquilo. Depois de encará-lo por um tempo, balançou a cabeça e disse: "Edric, não mente pra mim. Não acredito nisso, e nunca vou confiar em você!"

Como ela poderia acreditar? Passou anos achando que o homem a havia traído, mas agora ele estava dizendo que nunca teve um caso e que as coisas não passavam de um mal-entendido.

"Isso deve ser algum truque seu, né? Sei que não posso te derrotar e já joguei a toalha; sou a sua amante secreta agora. Você pode fazer o que quiser comigo, então não tem necessidade de inventar uma história e mentir pra mim!" Gritou Irene.

"Eu tô falando a verdade, e não disse essas coisas pra fazer você acreditar em mim. O tempo vai mostrar eu tô sendo honesto, e você pode prestar atenção em como eu tô agindo de agora em diante", disse Edric com sinceridade.

"Se você não sente nada mesmo pela Lily, por que ficou noivo dela? Por que me rejeitou quando liguei pra me reconciliar com você?" questionou Irene.

"Eu tava sendo muito irracional. Naquela época, você se recusava a me perdoar, e o relacionamento entre mim e a minha mãe tava piorando. Além disso, a Lily tinha acabado de ter um aborto espontâneo, além de ser diagnosticada com um colo do útero fraco. Eu tava bastante abatido por causa disso tudo. Achei que você tivesse me deixado, então fiquei noivo dela, já que, se eu não fosse ficar com você, não me importava mais quem seria a minha parceira."

Edric acrescentou: "Depois, eu levei a Lily pra ver um médico famoso. Ele disse que a condição dela não era tão grave e que ela ficaria bem depois de um tratamento, então..."

"Por que tudo isso parece tão implausível?" Irene estava confusa. Ela não sabia se deveria escolher acreditar nele e perdoá-lo.

Edric pegou a mão dela. "Eu não tô pedindo pra você me perdoar nesse instante. Por favor, só me dá uma chance. Vamos começar de novo!"

As ações falavam mais alto do que as palavras. Depois de passarem por tantas dificuldades, era difícil para Irene confiar em Edric outra vez. O atual plano dela era mais importante do que hesitar em acreditar na confissão do homem. Sendo assim, ela evitou o olhar intenso de Edric e tirou a mão da dele. "Se tudo o que você disse for verdade, posso te dar uma chance. Mas se não for..."

Ele a interrompeu: "Irene, eu tô falando a verdade. Só me dá uma chance de provar o meu valor. Não vou te decepcionar dessa vez!"

Edric parecia extremamente sincero, assim como o que ele disse quando a pediu em casamento no passado, mas a mulher sabia que nunca mais confiaria nele.

Tantas coisas aconteceram, e os dois nunca seriam capazes de retornar ao que eram antes.

Irene não se apegaria a essa fantasia. Ela sonhou que Edric a amaria e voltaria com ela, e os dois formariam uma família própria. Todavia, o sofrimento pelo qual passou nos últimos anos servia de lembrete. Ela sabia muito bem o motivo de ter se aproximado de Edric de novo, e não era mais a Irene ingênua de antes. Nunca mais formaria expectativas pouco realistas por causa das promessas dele.

Edric parecia ter certeza de que Irene o perdoaria. Mais uma vez, ele pegou a mão dela. Na verdade, a mulher relutava em ter qualquer contato físico com ele, mas agora não era o momento para demonstrar resistência ao homem. A doença de Eden era o que mais importava.

Pensando no filho, ela se controlou e o deixou segurar a mão dela. Edric estava pedindo desculpas a Irene, mas ela não estava prestando atenção nele. No momento, só conseguia pensar em Eden. Já fazia dois dias que não ligava para o menino, e estava se perguntando como ele estava.

Enquanto ela estava pensativa, Edric a abraçou. Irene ergueu a cabeça, e os olhos dos dois se encontraram. Os olhos do homem eram gentis como um mar calmo. Ela olhou para ele, sem demonstrar emoções; não conseguiu nem ouvir o que ele disse. Logo em seguida, os lábios dele tocaram os dela.

Deborah ajudou a filha a se deitar na cama e a cobriu. Então, ficou sentada na cama, olhando para Lily por um tempo antes de sair de lá sem fazer barulho. Quando voltou para o próprio quarto, ligou para Marie.

Era quase meia-noite, e a outra mulher ficou surpresa ao receber aquela ligação. Ela perguntou em voz baixa: "O que aconteceu agora?"

"Você não assistiu à TV?" perguntou Deborah.

"Não, o Malcom tá doente hoje, e não tive tempo."

Deborah contou à amiga o que Edric havia dito na TV antes de perguntar: "O que a gente faz agora?"

Marie reclamou: "Da outra vez eu avisei pra você não fazer isso. Ótimo, agora você deu um tiro no próprio pé. Não tenho como te ajudar. Seria melhor você desistir desses seus sonhos agora!"

"Acha que eu ficaria tão preocupada se pudesse escolher desistir? A Lily é tão teimosa que disse que vai cometer suicídio se não puder se casar com o Edric. Por favor, me ajuda a pensar em uma solução!"

Marie ficou em silêncio por um tempo. "Vou procurar Margaret pra ver o que ela tá fazendo. Não deixa a Lily e o Edric se encontrarem nos próximos dias. Espera eu conversar com você e te dar notícias."

Depois de desligar a ligação, Deborah deu um longo suspiro. Steven estava no hospital, e Lily estava fazendo um escândalo em casa. Por que tudo isso estava acontecendo ao mesmo tempo? Que coincidência! O sangue de Deborah estava fervendo de raiva nesse momento.

"É tudo culpa da Irene! Eu não poderia simplesmente deixar ela sair impune depois disso. Dessa vez, preciso dar uma boa lição nela. Mesmo que o Edric e a Lily não possam ficar juntos, não vou permitir que a Irene se reconcilie com ele também!"

Preocupada com a filha, Deborah foi ao quarto dela para fazer-lhe companhia. Ao amanhecer, Lily acordou e viu a mãe sentada ao lado dela na cama. Ela não conseguiu conter as emoções e, chorando, abraçou Deborah. "Mãe, sinto muito por te colocar nessa situação. Sinto muito!"

Deborah acariciou as costas da filha. "As coisas ainda não acabaram. Não se desanima. Nós sobrevivemos sozinhas por nove anos, então do que você tem medo? Não entrega o jogo com tanta facilidade!"

Lily concordou. Depois de uma boa noite de descanso, ela estava enfim se sentindo um pouco melhor. A garota se adaptava com uma boa velocidade, assim como a mãe.

"A partir de hoje, você vai ficar cuidando do seu pai no hospital. Se o Edric te ligar e pedir pra te ver, não vai. Logo mais a gente conversa sobre isso", ordenou Deborah.

"Vou fazer o que você diz", prometeu Lily.

A garota levou comida para o pai no hospital. Elas tinham demorado bastante tempo para prepará-la. Steven estava de olhos fechados, deitado na cama. Quando ele ouviu o barulho, abriu os olhos. Assim que viu que era a filha, ficou um tanto surpreso. "Cadê a sua mãe?"

"A mamãe não conseguiu pregar os olhos ontem à noite. Pedi pra ela ficar descansando em casa. Sou eu que vou cuidar de você hoje", respondeu Lily. Ela parecia bastante calma, mas os olhos vermelhos e inchados a traíam. Steven olhou para ela por um momento e suspirou.

O incidente causou um grande alvoroço. A forma com que Edric lidou com o assunto foi, sem dúvida, a melhor opção. Ele podia ter decidido não salvar a reputação de Lily, apenas fazer as pazes com Irene. No entanto, todos sabiam que a garota era quem estava levando a pior em toda essa situação.

Lily entregou a comida ao pai. "Come um pouco."

Steven comeu um tanto e entregou o recipiente de volta para ela. Ele deu um leve suspiro. "Lily, esquece o Edric. Você vai encontrar um homem melhor."

"Pai!" Lily começou a chorar.

"Não chora. Sei que o Edric te injustiçou, mas eu vou fazer o que puder por você", Confortou-a Steven.

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