O marido misterioso romance Capítulo 135

Depois de fechar a porta da sala particular, Rowane sentou-se em frente a Marie, que tinha uma expressão muito desagradável no rosto e perguntou: "Senhorita, o que você quer de mim?"

Rowane a encarou e mordeu o lábio. Ela era um pouco parecida com a mulher diante dela e, por alguma razão, tinha uma certa esperança de que Marie fosse sua mãe.

Enquanto isso, Marie olhava com nojo para ela. Antes, Margaret havia dito que aceitaria Rowane como nora. De fato, Rowane e Edric eram muito próximos. Por causa disso, Marie inconscientemente se sentiu desconfortável quando a viu, e se dirigiu a ela usando um tom grosseiro.

"Eu..." Rowane tirou um pingente do bolso e o colocou sobre a mesa. "Você reconhece esse pingente?"

A expressão de Marie mudou quando ela viu o pingente de jade. Ela o pegou e o inspecionou com cuidado. "Por que você tem isso?"

"É seu?" Ansiosa por uma resposta, Rowane olhava para a outra mulher.

"Sim!" Marie pegou o pingente. "É uma relíquia de família minha. A minha mãe deixou ela pra mim, mas eu perdi sem querer. Por que tá com você?"

"A diretora do orfanato deu o pingente pros meus pais adotivos. Ela disse que a pessoa que me deixou no orfanato pediu pra ela guardar ele. De acordo com ela, isso pertencia à minha mãe, então se eu encontrasse a dona desse pingente, encontraria a minha mãe... Tô procurando por ela há anos... Mãe! Eu finalmente te encontrei!" As lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de Rowane, enquanto ela soluçava de forma incontrolável.

Marie olhou com espanto para a garota diante dela. Nesse momento, lembrou-se de algo que aconteceu em pleno inverno. Uma mulher com um casaco grosso de algodão entregou um bebê recém-nascido a um homem magro. "Leva embora essa criança do diabo agora mesmo! Leva ela o mais longe possível!"

Conforme ordenado, o homem pegou o bebê e desapareceu em meio à neve que caía. Naquela mesma noite, o pingente dela desapareceu. Marie sempre pensou que o havia perdido por acidente, mas, para a surpresa dela, ele tinha sido roubado! Quando ela se deu conta disso, o sangue dela começou a ferver. Como aquele homem miserável ousava causar um problema tão grande para ela! O que fazer para sair dessa situação?

Enquanto Rowane chorava, Marie pensava em mil coisas. Havia uma grande questão que ela precisava responder agora: deveria aceitar Rowane como filha ou não?

Considerando a reação que a garota teve, Marie sabia que, se não a aceitasse, ela persistentemente procuraria pela verdade. Afinal, a verdade sempre prevalecia. Então seria péssimo se Rowane sem querer descobrisse o que aconteceu no passado, e todos ficassem sabendo de tudo.

Mas, no fundo, Marie não queria aceitá-la. Vendo os traços elegantes da garota, ela não tinha dúvida de que Rowane devia ter feito as próprias investigações antes de procurá-la. Rangendo os dentes, tomou uma decisão; não tinha escolha a não ser aceitar Rowane. De qualquer forma, talvez a garota pudesse ajudá-la mais tarde.

Com isso em mente, o rosto dela de imediato assumiu uma expressão triste e amarga, e os lindos olhos marejaram-se de lágrimas. "Minha filha, minha pobre filhinha! Fui eu que te coloquei no orfanato, mas não tive escolha!"

Ela abraçou Rowane. "Eu não podia morar com você porque ainda não era casada naquela época, então fui forçada a te mandar pro orfanato. Voltei depois pra te procurar, mas você já tinha sido adotada."

A mulher não estava contando nenhuma mentira. Desde que Marie soube que Rowane havia sido enviada para um orfanato, ela a visitava em segredo. Só depois que a criança foi adotada que ela se sentiu aliviada e se esqueceu dela.

"Meus pais adotivos morreram, mas, antes disso, me contaram a verdade. Me disseram pra pegar esse pingente e procurar a minha mãe biológica... Eu... Eu nunca pensei que iria te encontrar de verdade!"

Rowane estava exultante. Apesar de Marie tê-la deixado sozinha no orfanato, ela sempre acreditou que a mãe tinha feito isso por um bom motivo. Nesse momento, Rowane estava emocionada por ter encontrado a mãe biológica!

Marie, no entanto, não pensava da mesma forma. Para ela, aquela garota estava destinada a causar problemas. Para evitar mais caos, era necessário encontrar uma maneira de lidar com esse assunto. As duas se abraçaram enquanto choravam, e ambas estavam muito pensativas.

Nesse meio-tempo, Irene estava comendo junto com Kinsey quando de repente recebeu uma ligação de Edric. Ao ouvir o que ela estava fazendo, ele a bombardeou com uma série de perguntas, para saber sobre cada detalhe. Tagarelando como uma velha, o homem não percebeu que Irene estava de saco cheio dele.

Diziam que as mulheres apaixonadas se tornavam irracionais, mas isso também se aplicava aos homens, pois era justamente o que tinha acontecido com Edric. No momento, ele se sentia preocupado e ansioso todos os dias.

Achava que havia um motivo para a repentina mudança de atitude que Irene teve em relação a ele, mas não sabia qual era. Na verdade, Edric temia que todas as coisas boas que estavam acontecendo agora não passassem de uma ilusão. Preocupava-se que, um dia, assim que abrisse a porta de casa, descobriria que ela havia sumido igual da outra vez.

Por essa razão, todas as manhãs antes de sair de casa, Edric pedia para Irene não se esquecer de pensar nele. Durante o trabalho, ele ligava para a mulher para perguntar onde ela estava. Quando voltava para casa à noite, a primeira coisa que perguntava era: "Irene, você sentiu a minha falta?"

Ela achava o comportamento dele estranho. Depois de desligar a ligação, suspirou. "Você acha que ele tá fingindo? Precisa ser tão pegajoso assim?"

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