Ao amanhecer, Edric acordou após um sono profundo. Olhando para Irene, que ainda dormia ao lado dele, ele a abraçou, ansioso, e lhe deu um beijo na testa. "Irene, sinto muito!"
Na noite anterior, ele sabia que tinha agido feito um louco, mas não conseguiu se controlar. No carro, ele estava fazendo o melhor que podia para manter o sentimento sob controle com pura força de vontade. Mas, no instante em que voltou para casa e viu Irene, todo esse autocontrole se foi; precisava tê-la naquele exato momento.
Ele fez amor com ela ferozmente no sofá. Isso foi o suficiente para acalmar um pouco o fogo dentro dele. Em seguida, o homem abraçou Irene e pediu perdão. Apesar dos socos e chutes dela, ele a levou de volta para o quarto. A intenção era só dar um banho na mulher, mas em poucos minutos o desejo começou a arder dentro dele de novo. Portanto, ele acabou fazendo amor com ela mais uma vez.
Por mais que ouvisse Irene implorando por misericórdia, não conseguiu se conter.
O corpo dela estava cheio de marcas por causa da noite anterior, e Edric tocou delicadamente o pescoço nu da mulher. O olhar dele estava sombrio como jamais esteve. Margaret havia usado o aniversário como desculpa para encurralá-lo. Será que a mãe estava tentando fazê-lo cortar laços com ela?
Ele nunca foi um filho rebelde e desprezava aqueles que o eram. Sempre acreditou que uma pessoa que não era gentil com os próprios pais não deveria ser tratada como um ser humano.
Ele sabia o quanto Margaret havia dado duro para criá-lo e, por isso, sempre permitiu que a mãe fizesse tudo o que queria. Mas, agora que descobriu do que ela era capaz, Edric estava desapontado além da conta.
Como ela pôde fazer algo tão imoral? Ele era leal a ela, mas tudo tinha limites. A mulher havia ido longe demais dessa vez, e ele com certeza não iria deixar barato.
Claro, também não podia se esquecer Lily. Ele sempre pensou que a garota era gentil, mas teve uma impressão bastante diferente na noite anterior. Ela havia dito que queria que ele e Irene ficassem juntos, mas, pelas costas dele, tinha conspirado com Margaret para executar um plano desprezível como aquele.
Não importava que razões ou desculpas Lily tivesse, ela sabia muito bem que a mulher que Edric amava era Irene. Apesar de saber que ele nunca a trairia, ela tentou conspirar contra ele mesmo assim. Isso era o suficiente para mostrar como a garota era uma pessoa horrível.
Pensando em como ele se sentia culpado por ela, Edric percebeu o quanto havia sido ingênuo. Felizmente, tinha ficado de olho nela. Caso contrário, ele e Irene estariam em verdadeiros apuros.
Irene se mexeu nos braços dele e abriu os olhos. "Irene, você acordou!" Os olhos de Edric brilhavam de culpa.
A mulher sentia dores por todo o corpo. "Edric, você tava maluco na noite passada?"
"Eu sinto muitíssimo!" Desculpou-se ele.
Irene estava prestes a repreendê-lo, mas percebeu as cicatrizes na pele dele. Na noite anterior, o homem parecia um lobo faminto. Ela sentiu tanta dor que não parava de ofegar. Naturalmente, o primeiro instinto dela foi resistir, daí os arranhões no corpo e no rosto de Edric. Ao ver os machucados que fez nele, ela conteve a própria raiva. "O que aconteceu ontem à noite?"
Ele suspirou: "Eu bebi demais. Sinto muito mesmo!" Por mais que Margaret tivesse causado aquilo, ele não queria que Irene soubesse, para que ela não desprezasse a ex-sogra ainda mais.
Ele enfim entendeu por que ela se recusou a lhe contar sobre o parentesco dela com Steven. A mulher tinha vergonha de ter um pai como aquele homem, então preferia esconder os fatos a ser honesta.
Era verdade que Edric havia bebido muito na noite anterior, então ele não estava lúcido. Embora Irene estivesse confusa sobre o motivo de ele ter bebido tanto, não esperaria que Margaret tivesse feito uma coisa daquelas com o próprio filho. Por conta disso, ela não duvidou nem um pouco da resposta dele. "Você deveria beber menos no futuro, já que tem gastrite."
A preocupação dela fez os olhos de Edric se encherem de lágrimas. Ele a abraçou com força e disse: "Não se preocupa. Não vou beber tanto da próxima vez".
"Edric, por favor, toma mais cuidado. Tá me machucando." Ele fez tanta força que Irene gemeu.
"Me desculpa! Eu só tô muito emocionado!" O homem logo a soltou e abaixou a cabeça para beijá-la. "Você tá com fome? Vou fazer o café da manhã pra você."
"Não precisa, deixa que eu faço", disse Irene, levantando-se. Edric achou que tivesse ouvido errado. Ele encarou a mulher, que olhou feio para ele e perguntou: "Tá olhando o quê? É tão surpreendente assim eu fazer o café da manhã?"
"Não tô surpreso, só comovido!" Desde que Irene se mudou para lá, essa era a primeira vez que ela se oferecia para fazer o café da manhã. No passado, sempre dava desculpas e dizia que se esquecia das receitas. Agora que ela estava disposta a fazer o café da manhã para ele, isso significava que a mulher havia deixado o passado para trás e queria aceitá-lo de novo?
Steven tinha acabado de voltar do exercício matinal. Quando abriu a porta, viu Lily sentada no sofá da sala. Ao vê-lo entrar em casa, ela sorriu e disse: "Bom dia, pai!"
Ele apenas acenou com a cabeça e se sentou ao lado da filha. Ela se desculpou: "Pai, eu sinto muito! Bebi demais na noite passada, e juro que não vai acontecer de novo!"
"Você tá falando sério?" Perguntou Steven, sem a menor emoção no olhar.
"Eu sei que errei", respondeu Lily. "Pai, eu perdi a cabeça por um momento. Por favor, me perdoa!"
O homem não lhe deu uma resposta, então ela continuou: "Pai, a Irene não volta pra casa faz muito tempo. Eu sinto tanto a falta dela. Posso pedir pra Maisy comprar as coisas preferidas da Irene, aí a gente convida ela e o Edric pra jantar aqui?"
Steven olhou para Lily quando a ouviu mencionar Edric. Vendo a expressão neutra da filha, ele fez que sim. Isso significava que o pai tinha concordado. Deborah tinha razão; ele não tinha lugar para ninguém além de Irene no coração dele. Nem mesmo Lily significava alguma coisa para o homem. Ela sentiu um ódio intenso nesse momento, mas não se permitiu demonstrá-lo. "Vou ligar pra ela agora mesmo!"
Quando pegou o celular e estava prestes a ligar para a meia-irmã, Steven a interrompeu. "Esquece, a Irene não vai te dar ouvidos. Deixa que eu ligo pra ela!"
Edric foi para o escritório depois do café da manhã, e John ficou muito surpreso ao vê-lo. "Por que o senhor não está em casa descansando?"
"A licitação vai ser logo, logo. Isso me deixa preocupado", respondeu o chefe.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O marido misterioso
Esse Edric é um pamonha perante a mãe dele e ela é uma cobra canina. Esse livro está sendo o primeiro livro que torço pra protagonista ficar ou com Natan ou com Jordan. Eles cuidam dela realmente....
Cadê o capítulo 141?...
Finalmente Edric conseguiu abrir os olhos contra as bruxas...
Quem é Edric afinal, até agora não consigo simpatizar com ele, acho ele fraco, manipulável e totalmente sem noção, apesar de tudo ,pelo menos Irene vai se dar bem nesta de engravidar sem problemas...
Eu não disse, estou com certeza torcendo para o Jordan, dez a zero para ele contra o Edric....
Gente que romance, definitivamente está história de amor entre Irene e Edric, da muito pano pra manga, primeiro já começaram tudo errado casando e indo viver com a sogra que é um demônio depois ele se mostra além de um fantoche um homem completamente dominado e comandado pelas artimanhas dos outros invejosos,nunca li um romance que não torcesse pelo casal principal mas este infelizmente vou torcer para que a personagem Irene fique com o outro apaixonado por ela no caso o Jordan que demonstrou sim enfrentar tudo e a todos por ela....
Gostaria de saber se tem o finaL AQUI ?...
Tem mais capítulos?...