O marido misterioso romance Capítulo 159

Nathan assentiu para Irene e saiu. Depois de colocar Eden para dormir, a mulher parou na porta da mansão da família White e olhou em volta, nervosa, checando o celular de tempos em tempos. Por que Nathan não tinha ligado para ela ainda? Será que tinha mesmo acontecido algo com Edric?

De repente, o celular tocou, e Irene atendeu de imediato: "Nathan, você achou ele?"

"Não é o Nathan!" Disse Edric em voz baixa.

"É você. Aonde você foi? O John tá te procurando em todos os lugares..."

"Irene, tenho uma coisa pra te dizer", interrompeu-a Edric. "Posso te pedir pra não casar com o Nathan?"

Irene ficou em silêncio por um momento. "Não!"

"Os meus erros são tão imperdoáveis assim? Você não pode me perdoar só dessa vez?"

Irene não respondeu de imediato. Será que não podia mesmo perdoar Edric? Antes, ela o odiava e achava que não havia desculpa para o que ele fez. Mas, depois de saber a verdade, o ódio por ele tinha diminuído. Ela havia considerado de verdade voltar com ele pelo bem do filho. Mas, com Margaret por perto, Irene simplesmente não conseguia ver um futuro para eles. Com calma, ela respondeu: "Você sabia que a gente não tinha um futuro junto, mas ainda assim se recusou a me esquecer. Por que você é tão besta?"

"A gente não tem um futuro junto?" Edric deu uma risada triste. "Irene, eu nunca me esqueci da promessa que fiz pra você. Nunca. Você sabia disso?"

"E daí? A gente não pode voltar!" ela pensou. Lágrimas frias escorreram pelo rosto dela. Ela as enxugou e respondeu: "Edric, tenho quase 30 anos. Não sou mais aquela garota que acreditava em fantasias e em promessas, sabe? O que quer que você tenha dito tá no passado, e não me lembro mais de nada!"

O que ela estava dizendo era que já fazia muito tempo que havia rejeitado a promessa que ele tinha feito a ela. Edric ergueu os olhos para o céu, sentindo um gosto amargo na boca. "Irene, eu tava tentando de verdade ser generoso. Por mais que eu deseje de coração que você seja feliz, não consigo continuar fingindo desse jeito. Já que não passo de lixo pra você, acho que posso me fazer parecer um pouco pior, né? Espero que você e o Nathan não sejam felizes, porque só eu posso te fazer feliz!"

Surpreendentemente, Irene não ficou nem um pouco ofendida pelo que ele disse. "Edric, não preciso da sua benção. É melhor você voltar pro seu hotel o quanto antes. O John tá te procurando em toda parte. Ele tá muito ansioso, então liga pra ele! Ou me fala onde você tá, que eu peço pra ele ir te buscar."

A indiferença na voz dela deixou a esperança de Edric em pedaços. Ela não ficou nem um pouco abalada. Como esperado, essa mulher não se importava com ele. Edric enxugou as lágrimas no canto dos olhos e disse: "Vou voltar agora mesmo!"

A ligação foi encerrada de repente...

Irene ficou parada na sala de estar, atordoada, ainda segurando o celular. Seis anos atrás, em uma noite como essa, Edric estava ajoelhado na frente dela, pedindo sua mão em casamento. Ele disse que só seria feliz se os dois se casassem. Mas agora o homem estava lhe desejando o oposto, dizendo que ele era o único que poderia lhe trazer felicidade!

Que irônico! "Edric, você não vai controlar a minha vida. Vou te mostrar que posso muito bem ser feliz, mesmo sem você!"

Não demorou muito para que Nathan voltasse. Ele afirmou que Edric havia voltado para o hotel, e Irene se sentiu aliviada ao ouvir isso. Então, eles foram dormir.

Na manhã seguinte, Nathan e Irene dirigiram até o cartório. Como eles não eram pessoas normais, não precisavam marcar um horário, tinham somente que esperar ser chamados.

O funcionário lhes informou que todos os procedimentos poderiam ser completados nesse momento, e então entregou o formulário e solicitou que o preenchessem. Um pedido de licença de casamento em Mencódia equivalia a um formulário preenchido em Haverland. O funcionário percebeu que eles não haviam trazido uma testemunha, e lembrou a Nathan que eles precisavam de alguém. Portanto, o homem ligou para Britney.

Depois de preencherem o formulário, precisavam pegar a certidão de casamento. O procedimento em Mencódia era um pouco diferente daquele em Haverland. Em Mencódia, era necessário realizar uma cerimônia: Ambas as partes tinham que fazer os votos na frente de um ministro e trocar as alianças, depois assinariam a certidão de casamento.

Irene e Nathan foram conduzidos a uma pequena sala, e quem presidiu a cerimônia foi o funcionário que registrou as informações antes. Vendo que Irene era uma estrangeira, ele perguntou se ela falava a língua local. Se não falasse, eles encontrariam outra pessoa para realizar o casamento.

A mulher disse que conseguia entender a língua, portanto o funcionário iniciou a cerimônia. Irene e Nathan apenas repetiram o discurso dele, que não diferia muito do de um padre.

Contudo, no meio do juramento, a governanta ligou para eles, desesperada: "Jovem mestre Nathan, tenho más notícias: o Eden desapareceu!"

Irene e Nathan ficaram chocados. A cerimônia não importava tanto quanto o menino, então eles pediram licença e saíram de lá com pressa. Ficaram cada vez mais ansiosos no meio do caminho. Quando chegaram à mansão da família White, a governanta já estava esperando na porta. "O que tá acontecendo?" Perguntaram os dois ao mesmo tempo.

"Jovem mestre Nathan, me desculpe! A culpa é toda minha. Também não sei o que aconteceu. O Eden estava brincando aqui dentro, então eu fui fazer uma xícara de chá. Quando voltei, ele já tinha desaparecido. Pensei que ele tivesse só se escondido para fazer bagunça, então fui procurar o menino, mas não consegui encontrá-lo. Foi aí que liguei para o senhor", respondeu a governanta com sinceridade.

"Vamos olhar as câmeras agora mesmo!" Ordenou Nathan no mesmo instante. No monitor, via-se que, enquanto a mulher preparava o chá, Eden foi atender ao telefone na sala de estar. Eles não faziam ideia de quem havia ligado. Porém, depois de desligar a ligação, a criança saiu sozinha da mansão da família White. Havia um carro estacionado do lado de fora, na frente dos portões. Assim que Eden saiu de casa, alguém pulou para fora do carro, pegou a criança e entrou de novo no veículo, que saiu em disparada.

"Quem diabos é esse cara? Por que ele levou o Eden embora?" Nathan e Irene se entreolharam. "Será que era o Edric? Só pode ter sido ele! Vamos atrás dele agora mesmo!"

Sem perder tempo, Nathan levou Irene ao hotel onde Edric estava hospedado. Na recepção, foram informados de que o homem estava no quarto. Os dois foram direto para o quarto dele e apertaram a campainha por bastante tempo. Enfim, a porta se abriu diante deles, e veio um forte cheiro de álcool.

Edric apareceu, cambaleando, e se encostou na porta. Ele perguntou sem olhar na cara deles: "O que que foi?"

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