O marido misterioso romance Capítulo 222

Depois que Loraine saiu da sala de cirurgia, Hodge, o motorista da família Myers, veio vê-la e perguntou: "Quem você ofendeu? Como acabou assim?"

O homem ficou muito surpreso ao vê-la desse jeito.

"Eu também não faço ideia! Um cara chegou perto de mim e me espancou. Ninguém veio me salvar!" Loraine sentiu muito ódio ao se explicar. Os guardas de segurança que ficavam na mansão costumavam ser pessoas bastante competentes. No entanto, eles nem se deram o trabalho de ajudá-la quando ela estava sendo espancada. Se eles tivessem aparecido, a mulher não teria apanhado tanto.

"Que inesperado. Como você se envolveu em uma coisa dessas?" Suspirou Hodge. "Eu liguei pro sr. Myers pra avisar sobre o que aconteceu com você. Ele disse que é pra você descansar bem, e que ele vai fazer a pessoa que te espancou pagar caro. Já até pediu pra polícia investigar o assunto. Acho que vão pegar o cara logo, logo."

Loraine estava sentindo muito ódio. Ela queria tanto fazer picadinho daquele filho da p*ta do Jackson para descontar a raiva dela. Mas esse não era o momento certo para se vingar dele. Como a mulher explicaria a relação entre ele e ela? Se as pessoas descobrissem, Edric ficaria sabendo dos crimes dela e a faria sofrer.

O desejo de se vingar de Jackson era menor do que o medo de que Edric descobrisse sobre o passado dela. Loraine precisava encontrar uma maneira de resolver esse problema. Ela não deixaria aquele desgraçado do Jackson sair impune. Durante os próximos dias, o homem poderia andar tranquilo por aí. Mas, assim que ela se recuperasse, pensaria em um jeito de lidar com ele. A mulher disse ao motorista: "Acho que o homem que me bateu era algum maluco. Senão, por que me bateria do nada, quando eu não tenho nada ver com ele?"

“Também acho. Vocês dois não tinham nada a ver um com o outro. Por que te bater, nesse caso? Ele deve ter problemas mentais”, ecoou Hodge.

O assistente executivo de Edric, John Davis, aproximou-se enquanto ela conversava com Hodge. Ao ver o estado de Loraine, ele sentiu pena dela. Em seguida, tentou acalmá-la, dizendo que eles estavam investigando a pessoa que a havia machucado, e que ele seria encontrado em algum momento e seria levado à justiça.

Ao ouvir o que ele disse, a mulher ficou ainda mais inquieta. E se eles pegassem Jackson? Isso faria com que todos soubessem do passado dela. Aí, Edric com certeza a mataria. Por medo, ela repetiu a John tudo o que havia dito a Hodge, incluindo que a pessoa que a espancou devia ser um maluco. Ele suspirou e falou: "Se ele for mesmo um louco, você vai ter sofrido por nada. Nem mesmo o sr. Myers vai poder te ajudar. Antes de tudo, vamos ver como a investigação vai terminar".

Depois de dizer mais algumas palavras vazias para consolá-la, John saiu da enfermaria. Antes disso, fez questão de pedir para a enfermeira cuidar bem dela e não deixar que os olhos da mulher ficassem infeccionados nem nada do tipo.

Como uma profissional responsável, a enfermeira confirmou as ordens dele: "Pra evitar que os olhos dela fiquem infeccionados, vamos desinfetar eles de vez em quando." Ela mostrou a John o álcool e o iodo que seriam usados na desinfecção e disse que desinfetaria e trataria o olho de Loraine de imediato.

John assentiu e elogiou a enfermeira antes de sair junto com Hodge. Os dois tinham acabado de chegar ao elevador quando ouviram o grito de gelar o sangue que Loraine deu na enfermaria. Hodge ficou chocado. "O que tá acontecendo?"

John deu um leve sorriso. "A enfermeira deve estar limpando o machucado dela!"

"Mas por que parece que tão massacrando ela?" O motorista estremeceu, ouvindo os gritos intermináveis na enfermaria.

John deu uma risada sinistra. "Como que o machucado não vai doer se você botar álcool e iodo nele?"

Hodge lembrou-se de uma vez que havia machucado a mão e precisou desinfetá-la com iodo. Quando isso aconteceu, ele sem querer deixou iodo cair na ferida. A dor que sentiu naquele momento era a mesma que Loraine estava sentindo agora. Mas ele só conseguia imaginar o quanto devia ser doloroso ter que desinfetar o olho.

Assustado, ele tocou a própria mão e seguiu John de perto até o elevador. Mesmo após as portas se fecharem, ainda era possível ouvir os gritos de dor vindos do lado de fora.

John estava dando um sorriso frio. A partir de agora e ao longo dos próximos dias, Loraine sentiria dor como nunca sentiu antes. Ele estimava que ela teria que esperar até que os machucados se fecharem por completo para acabar com essa tortura. Entretanto, em comparação com as coisas terríveis que essa mulher perversa havia feito, esse tipo de punição era leve até demais.

Depois que Jackson espancou Loraine, ele fugiu de volta para a casa de Larry, que já sabia de tudo fazia muito tempo. Ao ver como o homem parecia ansioso, ele perguntou apesar de saber a resposta: "Jackson, o que aconteceu com você?"

"Larry, eu cometi um erro!" Ele contou ao amigo como cegou Loraine: "Cara, eu não quero voltar pra cadeia. Acabei de sair de lá. É um lugar horrível! Preciso fugir, senão vou te causar problemas".

Larry o interrompeu: "Não entra em pânico. Antes, vamos ver o que acontece. Se aquela vagabunda tiver mesmo chamado a polícia, você não vai conseguir fugir pra muito longe. É melhor ficar aqui e ver se consegue se esconder até o perigo passar".

"Eu vou te arrastar pro meio dessa confusão se eu fizer isso", disse Jackson, que queria ser justo.

"Não se preocupa. Pode ficar aqui por enquanto. Eu vejo o que tá acontecendo", consolou-o Larry.

De fato, Jackson não tinha para onde ir. A razão pela qual ele queria ir embora era para não causar mais problemas ao amigo. Vendo que Larry estava falando sério sobre a amizade deles, ele sentiu-se muito grato. Os olhos dele começaram a lacrimejar, e o homem disse: "Nunca vou esquecer a sua gentileza. Te devo muito. Sempre que você precisar de ajuda, é só me chamar que eu apareço!" Prometeu Jackson.

"Cara, por favor, não me trata como se eu fosse um estranho. Nós dois somos o mesmo tipo de pessoa. É claro que eu vou ter problemas no futuro, então é só me ajudar também se eu precisar."

Loraine sentiu muita dor no hospital todos os dias. Por conta disso, ela pediu para o filho ir vê-la. Sendo assim, Tommy foi ao hospital. As pessoas estavam reunidas em grupos de dois ou de três e fofocavam enquanto esperavam o elevador.

"Ouvi dizer que uma mulher foi internada no hospital por ter sofrido um aborto espontâneo e ter perdido muito sangue. Ela parecia ser uma prostituta. A julgar pela idade dela, essa mulher devia só ter passado pelo procedimento adequado em um hospital em vez de tomar uma pílula do dia seguinte em casa. Ela quase morreu por causa da hemorragia."

"Também ouvi falar disso. Não foi ela que quis tomar a pílula. Me disseram que a mulher se apaixonou por um homem dez anos mais novo do que ela e engravidou. Ela queria se casar com ele, mas não esperava que ele não quisesse mais ficar com ela. O homem deu a pílula pra ela em segredo. A mulher não sabia nada sobre isso.

"Não pode ser. Como alguém poderia ser tão cruel? E se ela morresse por causa disso?" O elevador chegou e eles entraram, continuando a discussão lá dentro.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O marido misterioso