O marido misterioso romance Capítulo 239

"Vamos conversar sobre a Irene mais tarde. Agora, a gente precisa resolver o problema da Lily. Você veio na hora certa. Quando ela acordar, tenta falar com ela. O emocional dela tá muito abalado no momento", disse Marie.

"Eu sei, vim aqui pra acalmar ela", concordou Deborah. Lily costumava ser bastante temperamental, e a mãe era a única que conseguia acalmá-la. A mulher estendeu a mão e tocou o rosto da filha, que estava pálida depois de ter perdido tanto sangue. "Faz quanto tempo que ela tá dormindo? Nada de ruim vai acontecer, né?"

"Vai ficar tudo bem. A Lily acordou de manhã, mas não tava conseguindo se controlar, então não tive escolha a não ser pedir pra darem um sedativo pra ela. Ela vai acordar logo, logo", explicou Marie.

Deborah ficou aliviada ao ouvir isso, porém de repente se lembrou dos filhos de Lily. Embora Simon tivesse dito que os filhos da garota estavam saudáveis, ela ainda estava preocupada. "Marie, cade os filhos da Lily? Tá tudo certo com eles?"

"Os bebês tão bem", respondeu a médica. "É só que..." Como ela deveria contar a Deborah que eles tinham olhos verdes? Ela não conseguia entender por que eles eram mestiços, não importava o quanto pensasse nisso. Seria uma mutação genética? No entanto, os bebês teriam olhos verdes apenas por causa de uma mutação?

"O que foi?" Deborah ficou tensa quando viu a expressão de desconforto de Marie. "Fala a verdade, tem alguma coisa errada com os bebês?"

A médica suspirou e não teve escolha a não ser dizer a verdade: "Eu não sei o que aconteceu, mas a Lily teve filhos mestiços".

Deborah não achava que ter olhos verdes significasse que os bebês pareciam tão mestiços assim. Simon também havia dito algo parecido de manhã, então ela só achava que os filhos de Lily tinham uma aparência um pouco mestiça e não se importou muito com isso. "E daí se eles têm olhos verdes? Não tem nada de errado com isso, né? Já que a Lily tá dormindo, vamos dar uma olhada neles juntas!"

Marie a olhou com uma certa hesitação e saiu da enfermaria com a mulher. Em pouco tempo, elas chegaram à porta do berçário. Quando a enfermeira viu a doutora, tomou a iniciativa de ir cumprimentá-la. Marie apontou para Deborah e disse: "Vim aqui pra mostrar os bebês pra ela".

A enfermeira olhou para Deborah e abriu a porta. As duas mulheres entraram no berçário. Deborah viu dois bebês mestiços no momento em que entrou lá, mas não esperava que eles fossem os filhos de Lily. Quando ela viu Marie parando na frente deles, ficou muito confusa até a médica abrir a boca: "Esses dois são os filhos da Lily".

"Como assim?" Deborah ficou atordoada. Como Lily teve dois bebês tão mestiços? Isso era possível? Ela parou de olhar para eles e olhou para Marie. "Isso não é algum tipo de erro?"

"Não, eu tava na porta da sala de cirurgia quando eles nasceram. As enfermeiras saíram com esses dois bebês depois do parto", respondeu Marie.

"Mas como é possível que os dois sejam tão mestiços assim?" Débora ergueu a voz. Alguns dos bebês ficaram assustados com o barulho e começaram a chorar. Nesse momento, a enfermeira entrou para tranquilizá-los.

A notícia dos filhos de Lily já havia se espalhado por todo o hospital. Além disso, por conta dos artigos que foram escritos sobre Lily, todos acreditavam que ela teve um caso com outro homem, mas ainda assim esperava enganar Edric para conseguir fazê-lo pagar pensão.

Vendo como Deborah estava nervosa, a enfermeira olhou com desprezo para ela. Então essa era a mãe da mulher que teve um caso com um estrangeiro.

Que ridícula! Como ela não conhecia a personalidade da própria filha? E mais, ainda se atrevia a fazer um alvoroço no hospital. Se fosse qualquer outra pessoa, a enfermeira teria mandado essa mulher calar a boca. Todavia, por Marie, ela apenas disse com calma: "Dra. Walker, ela não pode fazer barulho aqui. Seria melhor vocês conversarem lá fora".

Marie a puxou para fora do berçário. Deborah estava incrédula e parecia furiosa. Ela olhou para a médica e vociferou: "O que diabos tá acontecendo? O pai dos filhos da Lily não é o Edric? Como eles têm aquela aparência?"

Como Marie poderia ter alguma explicação para isso? Ela tentou acalmá-la: "Fica fria e para de gritar. A gente tá em um hospital, e você não deveria fazer tanto barulho aqui".

Deborah também percebeu que a reação dela estava chamando atenção demais, então baixou a voz e disse: "Como você me pede pra ficar fria? Foi você que cuidou de tudo. Como que as coisas acabaram assim?" Marie era a responsável pela gravidez de Lily, então como era possível que ela não soubesse disso?

"Vamos falar sobre isso no quarto da Lily." Marie levou Deborah para lá. Algumas pessoas que estavam passando por ali sussurravam entre si: "Ouvi dizer que tem duas crianças mestiças no berçário. Vamos dar uma olhada nelas".

"Que vergonha. Essa Lily é uma mulher tão descarada. Ela ficou com outro homem e teve os filhos dele, mas ainda assim tentou tirar vantagem do Edric. Ainda bem que os filhos dela são mestiços, senão era bem capaz de ela conseguir o que queria."

"Ah, ela não teria conseguido não! O Edric não é um idiota. É provável que ele tenha terminado com ela porque sabia que ela era uma p*ta. Tenho certeza que ele pediria um teste de DNA. Mesmo que a Lily não tivesse ficado com um estrangeiro, as coisas ainda teriam dado errado pra ela!"

A fúria de Deborah estava estampada no rosto dela ao ouvir o que as pessoas estavam dizendo. Que direito elas tinham de difamar Lily? A mulher queria discutir com eles, mas Marie a impediu: "O que você tá fazendo? Quer causar mais confusão ainda? Não esquece que precisa ficar escondida!"

As palavras da médica fizeram com que a Deborah parasse de andar. No momento, ela não era ninguém. Como poderia mudar a opinião das outras pessoas desse jeito? Tudo o que ela podia fazer era olhar feio para elas e acompanhar Marie de volta para o quarto de Lily.

"O que diabos tá acontecendo?" Questionou Deborah assim que a outra mulher fechou a porta.

"Eu também não sei", admitiu Marie.

"Não sabe? Como não? Foi você que armazenou o esperma do Edric, e foi você que fez a inseminação artificial. Como tem coragem de me dizer que não sabe de nada?"

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