O marido misterioso romance Capítulo 78

Agora que a cerimônia de noivado não poderia mais ser realizada na data por causa da prisão de Edric, ninguém estava mais furioso do que Lily. Nenhuma pessoa ficaria feliz por ter o noivado cancelado devido a um incidente em um passeio de carro. Além disso, várias pessoas que se diziam as melhores amigas dela estavam ligando, o que a fazia perder a cabeça.

A forma que encontrou de desafogar a raiva foi pegando a tesoura e cortando várias peças de roupa suas. Foi só quando Deborah abriu a porta e gritou com ela que a garota parou de agir daquela forma. "Mãe, por que sou tão azarada? Por que Deus tá fazendo isso comigo?"

"Lily, fica calma!" Berrou Deborah.

“Como que eu vou ficar calma? Passei tantos anos amando o Edric e esperando por ele, mas não pude fazer nada quando ele se casou com outra mulher. Depois de suportar tudo isso e finalmente ficar grávida dele, Deus mais uma vez tirou isso de mim. Agora que ele concordou em virar o meu noivo, se envolveu em um acidente no último minuto. Por quê? O que foi que eu fiz de errado?"

De olhos vermelhos, Lily encarava a mãe. Ela amou Edric de todo o coração por muitos anos, mas o homem a ignorou e se casou com Irene.

Para consegui-lo, ela bajulou Margaret e, junto com Deborah, tentou de tudo para impedir que Irene engravidasse.

Por fim, Lily conseguiu persuadir Margaret a obter o esperma de Edric para que a garota pudesse engravidar dele. Todavia, sua alegria durou pouco. Depois de um exame, ela começou a mostrar sinais de que sofreria um aborto espontâneo. O médico disse que a jovem poderia perder o bebê. Portanto, Deborah e Lily armaram para Irene, fazendo-a empurrar a meia-irmã de forma que ela causasse o aborto.

Depois que Edric se divorciou de Irene, deixando-a sem um tostão, Lily pensou que ele ficaria com ela por culpa. No entanto, a garota precisou de três anos para enfim conseguir convencê-lo a se tornar o noivo dela. Mas tinha acontecido de novo! Outro obstáculo no último segundo.

Foi Steven quem ordenou a punição severa. Entretanto, eram Lily e Deborah que tinham que lidar com as consequências.

Deborah havia sido repreendida por Margaret, mas, mesmo que também estivesse infeliz, sua única escolha foi consolar a outra mulher, sem perder a paciência. Quanto mais Deborah pensava nisso, mais irritada ficava. As coisas não deviam ter acontecido desse jeito; como acabaram assim?

"O que você vai mudar, reclamando e chorando no seu quarto?" Ela encarava a filha. "Como você é inútil. Só sabe chorar quando as coisas dão errado. Qual é o seu problema? Eu tô mais brava do que você!"

Sentindo a fúria da mãe, Lily calou a boca no mesmo instante.

Deborah resmungou: "Por que o simples fato de o Edric ter dirigido acima do limite de velocidade chamou tanta atenção? Você já parou pra pensar nisso?"

"Não foi o papai quem mandou ele pra cadeia?" perguntou Lily.

"Sua idiota! Acha que seu pai pode fazer algo do tipo?" Deborah deu um peteleco na cabeça da filha. "Pensa. Com a riqueza e a habilidade do Edric, por que ele permitiu que essas notícias ruins se espalhassem?"

"Mãe, o que você tá dizendo? Acha que o Edric deixou a mídia noticiar isso de propósito?"

"Você pensa que eles ousariam relatar alguma coisa sem a aprovação dele? Seria moleza pra equipe de relações públicas do Edric suprimir notícias tão negativas como essa. Por que ele não encobriu isso?" Deborah coçou o queixo, andando de um lado para o outro no quarto.

"Por quê?" Lily estava confusa.

"Ele não quer ficar noivo de você de jeito nenhum. Por causa disso, deixou a notícia se espalhar para que o Steven punisse ele. Só assim conseguiria fugir desse assunto e ainda colocar a culpa na gente", explicou Deborah.

"Mas é um preço muito alto a se pagar, não é?" Lily não conseguia acreditar. O homem perdeu bilhões de dólares, manchou a própria reputação e foi preso. Nenhuma pessoa em sã consciência faria isso.

"Ele faria qualquer coisa pela Irene", disse Deborah com desdém. “Quanto mais ele agir assim, maior vai ser a minha vingança. Ele vai pagar por tentar armar pra mim!"

Edric foi liberado após quinze dias na cadeia. Quando deixou o lugar, deu um longo suspiro. Além de John, Lily e Margaret também estavam esperando do lado de fora.

Ao vê-lo, todos os três vieram de encontro a ele no mesmo instante, animados. Margaret o abraçou com força, como se uma década tivesse se passado.

Mas Edric permaneceu em silêncio. Ele tirou o casaco e o jogou no carro. Sentada lá dentro, Margaret começou a resmungar. "Quando chegar em casa, você vai tomar um banho. É melhor você não sair hoje..."

Edric não respondeu. Só conseguia pensar em Irene. "O que ela tava fazendo nos últimos quinze dias, enquanto eu tava preso?" Perguntou-se.

Embora esse método de se livrar do noivado tivesse tido um efeito negativo, foi a melhor solução em que conseguiu pensar no momento.

A verdade era que ele teve essa ideia quando estava cercado pelas viaturas. Naquele instante, lembrou-se de que a cerimônia de noivado com Lily estava chegando. Assim que pensou no plano, ordenou que John realizasse as etapas necessárias.

Ele esperava que Irene soubesse dos árduos esforços dele e que não houvesse nenhum progresso entre ela e Jordan. Mas isso seria possível?

Edric não ficou em casa como Margaret ordenou.

Depois de tomar banho, ele saiu às pressas, com a desculpa de que algo havia acontecido na empresa. Margaret pareceu ficar furiosa vendo o filho sair de novo. Lily, por outro lado, fingiu sorrir, embora estivesse querendo cuspir fogo.

Jordan dirigiu seu luxuoso carro esportivo até a casa de Irene. Ela estava esperando por ele e deu um sorriso doce assim que o viu.

Jordan abriu a porta do carro e disse: "Querida, por favor, entra rápido!"

Irene entrou no veículo e resmungou: "O que tá acontecendo? Você parece tão impaciente!"

"É segredo!" Riu ele.

"Qual é o seu plano? Por que tá agindo de um jeito tão misterioso? O que tá querendo fazer?" A mulher o bombardeou com uma série de perguntas.

"Você vai descobrir mais tarde!"

Edric estacionou na esquina da casa de Irene. Ao ver o casal sair feliz de lá, o homem decidiu segui-los.

Jordan e Irene passaram pelo centro da cidade e seguiram em direção à praia. No momento em que a mulher reconheceu aquela rota familiar, ela não conseguiu evitar perguntar: "Jordan, a gente não tá indo em outro cruzeiro, né?"

"Não!" Respondeu ele, rindo.

"O que diabos você quer fazer?"

O homem permaneceu calado e apenas riu. Irene esfregou a testa. Ela sabia que ele não iria responder, já que parecia não querer revelar nada.

Logo, ele estacionou na praia. Os dois saíram do carro e se aproximaram do mar.

A brisa noturna soprava nos cabelos sedosos de Irene. Enquanto os dois caminhavam pela areia, alguns pontos no céu escuro diante deles começaram a piscar. Logo, os pontos de luz começaram a se reunir em um único lugar antes de começar a ficar cada vez maiores.

Jordan pegou na mão de Irene e continuou andando para frente. Em pouco tempo, o céu estava coberto pela luz de vaga-lumes. Irene ergueu os olhos, surpresa. Os vaga-lumes iluminavam a praia toda e os rostos dela e de Jordan.

Ela conseguia ver com clareza a expressão no rosto do homem. O olhar dele era tão intenso e cheio de afeto.

Eles se olharam nos olhos por um bom tempo. De repente, Jordan tirou uma caixinha do bolso e a abriu. Lá dentro, havia um enorme anel de diamante, que cintilava.

Ele tirou o anel da caixa e se ajoelhou. "Irene, casa comigo!"

A mulher ficou pasma. Ela olhava para Jordan, sem saber o que dizer. Ele segurava o anel enquanto a fitava. "Eu te amo, Irene. Sempre quis me casar com você. Posso não ser o melhor homem do planeta, mas, por você, tô disposto a melhorar a cada dia, pra sempre te proteger e te amar!"

A voz dele era sedutora até demais. Os olhos do homem brilhavam de tanta determinação, provando seu amor por ela. Irene o olhou fixamente por um tempo e então assentiu.

Jordan pegou a mão dela e colocou o anel no dedo anelar. "A partir de agora, você é a minha única mulher."

Os olhos de Irene brilhavam; as lágrimas os faziam arderem. Depois de passar por tantas dificuldades, ela não acreditava mais no amor. Contudo, apesar de tudo, ainda estava muito emocionada.

Vendo os olhos úmidos da mulher, Jordan sentiu uma pontada de dor no peito. Ele estendeu a mão, segurou o rosto de Irene e lhe deu um beijo carinhoso na boca.

Ela não resistiu dessa vez, até colocou os braços em volta do pescoço do homem...

Em um lugar não muito longe de lá, Edric estava parado, completamente sem reação, assistindo à cena que se desenrolava à sua frente.

A esperança dele havia acabado de se despedaçar. A música de piano que Jordan e ela tocaram ainda ecoava em seus ouvidos. Edric devia ter pensado nisso. Ela o odiava tanto, por que voltaria para ele só porque foi preso?

"Te amo mais do que tudo."

"É tudo ou nada."

"Apenas nas emoções mais profundas que você vai poder ver o meu amor genuíno."

"Te amo mais do que tudo."

"Chorando enquanto sorrimos... Você não consegue perceber, minha querida?"

"Eu vou te amar até o universo acabar."

No bar, uma mulher elegante no palco cantava a música "Te amo mais do que tudo" a plenos pulmões.

Edric estava recostado na cadeira, perdido em devaneios enquanto olhava para a taça diante dele. O homem havia bebido meia garrafa de vinho. Seu estômago doía muito, mas ele não se sentia nem um pouco bêbado.

O vinho devia ter diminuído a dor, mas não teve nenhum efeito do tipo. Pelo contrário, tinha deixado as memórias dele ainda mais vívidas.

Tudo o que havia acontecido entre ele e Irene passava como um filme em sua mente.

Ele estava se lembrando de cada momento que passou com ela: os felizes e os tristes. Conforme se lembrava das emoções dela, as dele mudavam de acordo.

As memórias rasgavam e devoravam seu coração.

No momento em que ela aceitou o anel de Jordan, isso significava que aqueles dois iriam começar uma nova família.

No entanto, Edric ainda estava preso no mesmo lugar, incapaz de se libertar da gaiola em que ela o tinha prendido.

Ele sorriu. Que irônico! Diziam que os homens superavam os términos com mais facilidade do que as mulheres.

Todavia, parecia que era o contrário para ele e Irene. Ele relembrava o passado e esperava se reunir com a mulher, mas ela deixou o passado para trás e seguiu em frente.

Quanto mais Edric pensava nisso, mais angustiado se sentia. Ele tomou mais vinho na tentativa de aliviar a dor que estava sentindo naquele momento...

Rowane estava sentada na cama, navegando pelo Facebook com o celular. De repente, recebeu uma ligação. Assim que atendeu, ouviu um homem do outro lado da linha dizer: "É a Srta. Wood? Tem um homem bêbado chamado Sr. Myers aqui. Você pode vir buscar ele?"

"Qual é o endereço?" Perguntou Rowane, levantando-se de um salto na mesma hora.

Uma hora depois, ela chegou ao bar. Edric estava descansando a cabeça no balcão; era óbvio que homem estava prestes a desmaiar.

Havia algumas mulheres sentadas ao lado dele, vestidas de forma sedutora. Elas olhavam para ele como se mal pudessem esperar para devorá-lo inteiro.

"Por que você bebeu tanto, se sabe que tem gastrite?" Rowane se aproximou de Edric de imediato.

Sentindo as pálpebras pesadas, Edric abriu os olhos e sorriu para a mulher diante dele. "Irene!"

"Não, eu não sou ela!" Sibilou Rowane.

"Eu sabia que você iria voltar!" Ele pegou a mão dela. "Você sabe como fiquei com saudade! Irene, eu senti tanto a sua falta por todos esses anos. Você é a única mulher no meu coração!"

Rowane tentou se soltar da mão de Edric, mas não conseguiu. Ele colocou a mão dela no peito dele e continuou: "Irene, sente o meu coração. Ele tá aqui. Esteve aqui o tempo todo e sempre foi só seu!"

"Edric Myers, você tá bêbado!" Ela ergueu a voz para ele.

"Não tô, não. Tô só falando o que sinto de verdade por você." Ele apertou ainda mais a mão dela. "Irene! Não fica com o Jordan. Por favor, não vai com ele... Prefiro morrer do que te ver com ele!"

Aos olhos de Rowane, Edric sempre foi um homem calmo e controlado. No trabalho, ele era um presidente frio e autoritário. Na verdade, ela sempre achou que ele fosse invencível. Nunca esperava vê-lo tão vulnerável um dia.

Era tudo por causa de Irene. Aquela mulher era a única pessoa capaz de colocá-lo nessa montanha-russa de emoções.

Rowane sentiu um aperto no peito por ver Edric desse jeito, tão desamparado.

Ela não tinha ideia de como confortá-lo. Então, ajudou-o a se levantar e disse: "Vamos pra casa!"

Edric olhou para Rowane, que se parecia tanto com Irene, e permitiu que ela o levasse embora do bar.

O homem estava tão bêbado que suas pernas tremiam. A mulher se esforçou muito para colocá-lo no carro. Depois de fechar a porta, Ela deu partida no veículo e foi embora. No entanto, não o levou de volta para casa, mas sim para o condomínio dela.

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