Resumo do capítulo Capítulo 15: Best company... do livro O melhor amigo do meu pai(Completo) de Ayram_Alves
Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 15: Best company..., um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance O melhor amigo do meu pai(Completo). Com a escrita envolvente de Ayram_Alves, esta obra-prima do gênero Ficção adolescente continua a emocionar e surpreender a cada página.
"Na escola"
Chego na sala e logo me deparo com o Stev estendido no chão, meu coração rapidamente acelera.
— Stev? Stev fala comigo! — Tentava o chamar mas ele não reagia, vou a correr chamar ajuda, 15 minutos depois a ambulância chega e vamos pro hospital, eles levam ele para um corredor cheio de portas e eu fico numa sala a espera de notícias...
— Elli, onde ele está? O que aconteceu? — Liz pergunta vindo ter comigo.
— Eu não sei, foi tudo muito rápido... eu cheguei e ele já estava desmaiado!
— Vocês vieram com o Steven Marques? — Uma médica pergunta vindo ter connosco.
— Sim!
— Ele está bem, foi só um efeito colateral dos comprimidos, é normal o corpo rejeitar algumas doses... a quanto tempo ele começou com o tratamento?
— Como assim tratamentos? — Perguntamos.
— Os tratamentos que ele tem feito!
— O Stev está doente? O que ele tem? — Eu e a Liz nos perguntamos sem perceber nada.
— Ele não vos contou?
— Contar o quê?
— O Stev tem câncer cerebral!
— O quê? Deve haver algum engano aqui, Steven Marques?
— Sim o rapaz que entrou à uns 30 minutos!— A médica responde analisando os papéis que estavam na sua mão.
— Não pode ser... a gente pode ver ele?
— Sim, quarto 23! — Fomos a correr a procura do quarto, entramos e vemos ele deitado na cama.
— Como você está?
— Meio tonto e com a cabeça doendo muito!
— O que se passa com você Stev?
— Porque não nos contou?
— O que vocês iriam fazer, me curar?
— Somos amigos para os bons e maus momentos, estaríamos com você em todas as fases te dando força, não teria de passar por isso sozinho.
— Eu não queria que ninguém soubesse, já é horrível ter de passar por tudo isso e saber que a qualquer momento o meu cabelo vai cair, serei operado e se tudo correr mal posso morrer!
— Você não vai morrer, imagine a nossa vida sem você, não teria graça nenhuma...
— Vai correr tudo bem e a gente vai ultrapassar isso juntos!
— Me prometam que vão ser discretas, eu não quero que as pessoas na escola comecem a comentar sobre mim...
— Se depender da gente ninguém saberá!
— Estou com medo de não sobreviver, quanto mais comprimidos eu tomo pior eu me sinto, as vezes nem consigo ficar de pé.
— São os efeitos colaterais, relaxa vai tudo ficar bem... — Seguramos a mão dele e ficamos lá até os seus pais chegarem, no final da noite eu e a Liz vamos pra casa quando vemos algo estranho no caminho...
— Você está vendo o mesmo que eu? — Pergunto olhando para a porta de saída de um shopping.
— Um casal normal andando de mãos dadas...
— Aquele é o Caio!
— Deve estar se confundindo ele... — No mesmo instante um táxi chega, eles se beijam, a garota entra no carro e vai embora.
— É o Caio!
— Nossa, é mesmo ele!— Liz comenta e eu vou ter com ele...
— Tudo bem com você, Caio?— Digo indo atrás dele, ele vira e apanha um susto.
— Elli? Poxa que susto, o que faz por aqui? — Ele pergunta super assustado.
— Dando uma volta e você?
— Também, precisava relaxar um pouco...
— E você está sozinho?
— ...sim!
— Tem a certeza? Fale comigo, eu não vou conseguir relaxar com você nesse estado!
— Eu só tive um problema com alguém mas já não importa.
— Discutiu com a sua amiga? Ou foi aquele rapaz novo? — Naquele momento eu comecei a chorar e ele logo me deu um abraço...
— A minha vida está uma confusão e eu não sei mais o que fazer!
— O que se passou?
— Tudo, hoje eu descobri que uma das pessoas que eu mais amo no mundo tem câncer e o rapaz que eu achei que gostava de mim de verdade só me usou...
— Tem calma... — Ele diz me levando até a varanda e sentamos no sofá. — Me conte o que se passou, só assim eu posso ajudar você!
— A vida do meu melhor amigo está em risco e mais uma vez eu fui uma idiota e acreditei nesses caras infantis, o Caio só se aproximou de mim por causa de uma aposta, ele tinha de me levar pra cama e me fazer se apaixonar por ele... eu acreditei nele, nós falávamos sobre tudo, eu sentia que tinha um amigo e por um instante eu pensei em tê-lo mais do que amigo depois de tudo o que passei com o idiota do Noah e mais uma vez eu fui tão burra!
— Você não é burra só por teres levado alguém a sério, ele é que é um babaca por ter perdido você e quanto ao Stev vocês só têm de estar do lado dele e lhe dar muita força... vai tudo correr bem!
— Eu sou a principal causadora de tudo o que falam de mim, que sou uma irresponsável, que só causo confusão, é por isso que os meus pais nunca tiveram orgulho de mim... eu só faço bosta!
— Isso não é verdade, olha pra ti... linda, trabalhadora, ótima aluna, luta pelas coisas que acredita e com um sentido de humor único. — Ele diz sorrindo.
— ...o Sr. sabe que eu não comecei a trabalhar por vontade própria, os meus pais me obrigaram a ir pra o asilo para eu parar de ser uma vergonha para eles e ser responsável...
— E olha como estás agora, conseguiste passar por cima e agora trabalhas por vontade própria e vives a tua vida do teu jeito, Ellionara eu sei que no passado você não foi a melhor filha do mundo, fazias coisas erradas, cometeste os teus erros... eu compreendo que só querias chamar atenção dos teus pais mas o seu passado não diz quem você é hoje!
— Eu estou me sentindo como se fosse um objeto.
— Olhe para mim... — Ele diz levantando o meu rosto. — Nunca tenha medo de ser feliz e nunca se sinta mal por ser quem é, uma coisa que eu digo sempre à Natanny é: se te faz feliz e não prejudica ninguém, continue...
E não importa se ele venceu a aposta ou não, isso não tira o seu valor, isso só faz dele um moleque, não perca seu tempo sofrendo por um cara que não vale a pena, você vale muito e não será a sociedade que vai te fazer duvidar disso!
— Daria um ótimo psicólogo. — Digo sorrindo.
— Sou pai solteiro de uma adolescente, com o tempo a gente aprende essas coisas... — Ele sorri também e me abraça, seu abraço era tão confortável e tão verdadeiro que eu não queria outro lugar. — Se quiser chorar, se quiser desabafar, se quiser que eu faça alguma coisa, eu estarei aqui...
— Obrigada por tudo Sr. James!
— Não tem que me agradecer. — Minutos depois naquela mesma posição eu adormeço...
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