Tudo parecia ter desacelerado.
Seria incrível se Nathan admitisse que só estava do lado de Ada por causa de Cristina.
“Você faria tudo isso por aquela garota?”, Julia disse com desdém, com seu tom impregnado de ressentimento.
Seu ressentimento, entretanto, era direcionado a Cristina.
Nathan cruzou os braços enquanto seu rosto bonito revelava uma expressão fria e sombria. “Se você tivesse aceitado ela desde o início, não precisaríamos ter essa conversa.”
Cristina sofreu tanto na residência dos Hadley apenas por causa de Julia. Nathan não podia estar com ela o tempo todo, mas queria ao menos garantir que ela estivesse segura.
Julia riu sarcasticamente, como se tivesse acabado de ouvir uma piada ruim. “Nunca aceitarei ela. Pare de sonhar.”
Nem em seus sonhos mais loucos ela permitiria que uma garotinha insignificante se tornasse parte da família Hadley.
Nathan conhecia a teimosia de sua mãe melhor do que ninguém e não planejava discutir. “Virei buscar a Sra. Ada em três dias. Espero encontrá-la ilesa.”
Após isso, ele se levantou e saiu calmamente.
Santiago apressadamente seguiu o mesmo caminho. A relação entre mãe e filho, que mal havia sido reparada depois de tanto tempo, voltou a ficar estagnada.
Ele se perguntava quando Julia e Nathan finalmente estariam em bons termos novamente.
Enquanto isso, Cristina estava no quarto, secando sua máscara. Por sorte, o modificador de voz ainda funcionava. Se estivesse quebrado, ela não teria como continuar, mesmo que Nathan não a impedisse.
Ela colocou sua máscara, que incluía um xale quadriculado que praticamente engolia sua figura delicada.
A máscara cobria bem seu rosto esguio.
Cristina desceu as escadas e cruzou o olhar com Melissa, que acabara de sair do quarto de hóspedes, recém-vestida. Seus olhares chocaram-se com animosidade.
“Sra. Hadley, como sua convidada, não deveria me dar uma explicação sobre por que fui tratada dessa maneira em sua casa?”
Os funcionários ficaram em silêncio e trocaram olhares constrangidos diante das palavras de Ada.
Para eles, a pequena mulher era um pouco estranha, mas também parecia ser alguém fácil de manipular por causa de sua aparência inocente.
Era um pouco fora do personagem vê-la agir tão decididamente.
Julia ergueu uma sobrancelha. Ela estava de alguma forma mais interessada neste lado exigente da pequena dama. “Melissa disse que foi você quem caiu, e ela simplesmente quis ajudar. Que explicação mais você poderia querer?”
Melissa sentiu como se seu coração estivesse suspenso por um único fio de pesca. Mesmo sua pulsação parecia instável. Ela não tinha ideia de que Ada iria exigir uma explicação dela.
Cristina olhou para Melissa do alto das escadas. “Você foi quem me empurrou. Devo dizer, Sra. Taggart, você é tão boa em distorcer a verdade quanto em escondê-la.”
“O que você disse?” Melissa foi pega de surpresa.
Ela está me chamando de falsa?
Cristina não iria simplesmente deixar as coisas passarem assim. Se não desse a Melissa um aviso adequado desta vez, sabia que teria dificuldades em projetar as roupas em paz.
Melissa cuidadosamente colocou uma expressão de magoada e traída enquanto lágrimas começavam a se formar em seus olhos. “Foi você quem quase caiu. Eu só estava tentando ajudar! Não acredito que você pensou que eu te machucaria. Como você pode mentir descaradamente assim?”
Mentira descarada? Cristina finalmente viu Melissa além de sua faixada.
Ela se aproximou de Melissa. “Foi você quem chamou a empregada para me levar até a piscina. Claro, não negarei que queria falar com você. Só não esperava que a conversa fosse interrompida por você me empurrando para a piscina.”
A expressão de Melissa azedou após ouvir as palavras da mulher.
Não havia nada que ela pudesse fazer para negar ainda mais, pois tudo o que Julia tinha a fazer era perguntar à empregada sobre o ocorrido.
“Chega! Não se falará mais sobre isso”, Julia ordenou com firmeza.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O misterioso toque do amor
Pelo amor de Deus gente, tem como liberar mais de um capítulo por dia ??? È pedir muito ?...