O misterioso toque do amor romance Capítulo 183

O carro acelerou a um ritmo alarmante, fazendo com que as duas malas ao lado de Miranda tombassem. Ela quase perdeu o equilíbrio, mas felizmente a governanta a segurou a tempo.

“Você está bem, Sra. Steele?”

O rosto de Miranda se contorceu de raiva enquanto gritava: “Essa pirralha maldit*. Não vou descansar até me vingar! Espere e verá!”

Cristina sabia que o motorista havia feito aquilo de propósito, e não pôde deixar de ficar satisfeita ao ver a expressão enfurecida de Miranda. “Muito bem! Vou garantir que Nathan lhe dê um aumento quando voltarmos!”, ela prometeu ao motorista.

De volta à mansão, Cristina assinou o contrato, pois havia prometido ajudar Getúlio, e não tinha intenção de desistir agora. Esta era sua última chance de pagar todos os favores que devia. Se ele não valorizasse o relacionamento entre pai e filha a partir de agora, ela não o forçaria a se reconciliar. Em seguida, foi ao escritório e descobriu que Nathan estava no meio de uma videoconferência. Entrou na sala sorrateiramente, tentando roubar um lanche. Os olhos do marido estavam fixos na tela quando ela se aproximou.

Nathan falava impecavelmente em outra língua, e seu olhar enigmático brilhava com inteligência. A interação de luz e sombra enfatizava os contornos requintados de seu rosto. Como Cristina não sabia quanto tempo a reunião duraria, decidiu voltar para o quarto e tomar um banho.

Quando voltou para o escritório novamente, levou uma xícara de leite morno. Ela usava um pijama de algodão com estampas de desenhos animados, e seus longos cabelos pretos caíam sobre seus delicados ombros como uma cascata. Sua pele era tão clara quanto à neve, e seus olhos brilhavam de modo cristalino.

A essa altura, Nathan havia terminado sua reunião e estava lendo documentos. Cristina colocou o leite na frente dele. “Ainda está ocupado?”

Em vez de pegar a xícara, ele estendeu a mão para abraçá-la. Uma fragrância suave pairou no ar enquanto ele enterrava o queixo no ombro delgado dela. Seus lábios quase tocaram sua pele clara quando murmurou: “Precisa de alguma coisa de mim?”

Ao ouvir sua pergunta, ela soube que não poderia esconder nada dele. Com um leve sorriso, disse: “Acho que não posso esconder nada de você, posso?”

“O que foi?”

Os lábios dele se aproximaram, e a respiração quente anestesiou a pele dela, fazendo-a sentir cócegas no pescoço. Depois, timidamente, entregou a ele um arquivo na mesa.

“Quando visitei minha mãe no hospital hoje, esbarrei com meu pai. Ele disse que sua empresa está em apuros e perguntou se você poderia ajudá-lo.”

Depois de uma breve pausa, continuou: “Se for muito problemático, podemos deixar o assunto de lado...”

Antes que ela pudesse terminar de falar, uma sensação calorosa e leves mordidas envolveram seu lóbulo da orelha.

“Eu já olhei e assinei.”

“Já assinou?”

Em seguida, ela pegou o arquivo dele e, rapidamente, foi para a página final, onde viu a assinatura. Ao mesmo tempo, notou que a quantia era de trinta milhões. É uma grande soma de dinheiro. É quase todo o valor da empresa da família Steele. Meu pai é tão ganancioso!

“Obrigada.”

“Por que está me agradecendo?”

Enfurecida por sua ameaça, Melissa se aproximou. “Por que eu deveria lhe dar dinheiro? Você não está nisso também?” Quem ela pensa que sou? Um caixa eletrônico que pode ser extorquido à vontade?

Melissa se aproximou, emanando uma aura arrepiante e olhos cheios de malícia. “Nem pense em tentar me intimidar. Posso esmagar você com apenas um estalar de dedos!”

Seu comportamento mudou de gracioso para sinistro. E Emília recuava a cada passo que a outra dava. “Você é filha da família Taggart. Dinheiro não significa nada para eles. Prometo deixá-la em paz se me der uma quantia.”

Só mais tarde Emília soube do formidável passado de Melissa e sua imensa riqueza.

No entanto, a raiva de Melissa só crescia, até que empurrou Emília em direção à janela e levantou a mão para agarrá-la pelo pescoço, impulsionando-a para fora da janela. Todo o corpo dela estava pendurado do lado de fora. Seu rosto estava pálido e ela gritava: “Ah! O que você está fazendo?”

Os olhos de Melissa brilharam de fúria. “Hã? Quer dinheiro? Pessoas gananciosas e pobres como você não têm limites! A maneira mais eficaz de lidar com você é calá-la para sempre!”

A outra implorou desesperadamente com a voz trêmula: “Não! Não, por favor. Sei que errei. Não vou incomodá-la novamente. Por favor, poupe-me. Não quero morrer.”

Melissa sorriu, observando-a chorar e implorar por misericórdia. Ela afrouxou sua mão do pescoço da mulher e a jogou com força no chão. “Não apareça mais na minha frente!”

Em seguida, foi até o elevador. Enquanto isso, Cristina permanecia sentada na escada, ainda tentando processar o que tinha acabado de testemunhar. O comportamento de Melissa continuou passando repetidamente na sua cabeça, deixando-a em choque e descrença. Afinal, era difícil conciliar a refinada e elegante Melissa com a pessoa cruel e brutal ali da cena.