Nathan deu um passo à frente para cumprimentá-la. “Sogrinha!”
Ele pode não ser um homem de muitas palavras, mas suas ações falavam muito sobre seu comportamento. Cristina abraçou os dois, levando-os até a mesa de jantar. “Vamos comer. Estou morrendo de fome.”
Os três se sentaram e começaram a comer. Cristina era a única que conversava durante a refeição. O cozinheiro sabia de sua preferência por camarão e, por isso, sempre preparava a iguaria quando ela jantava em casa. Nathan obedientemente descascava o camarão para ela. Parecia que os dois se comunicavam com os olhares.
Incrédula, Sharon observava Nathan descascar cuidadosamente cada camarão e dar à esposa. Este é o orgulhoso e distante Sr. Hadley de quem todos falam? Pensei que fosse um homem distante, mas é tão doce!
Sharon esteve acamada por vários dias depois de saber que Getúlio havia permitido Cristina entrar para a família Hadley por dinheiro. “Cristina, descasque você mesma o camarão. Não o faça sujar as mãos”, ela disse pigarreando. As mãos de um diretor executivo servem para coisas mais importantes, como segurar uma caneta-tinteiro e assinar contratos.
Fazendo beicinho, a outra se defendeu: “Adoraria descascar meu próprio camarão, mas ele não me deixa. Ele gosta de fazer isso por mim. Não é mesmo, querido?”
“Sim”, ele concordou, servindo a ela outro camarão recém-descascado.
Sharon se recolheu ao ver a demonstração pública de afeto.
Embora o mordomo e a criadagem não ligassem para o comportamento sentimental dos dois e para o gosto de Nathan por gestos românticos, também se incomodaram.
Depois do jantar, Cristina acompanhou a mãe para um passeio no jardim. Como a brisa da noite estava bastante fria, ela colocou a jaqueta sobre os ombros da mãe e segurou sua mão com ternura, assim como nos velhos tempos, conversando por um longo tempo. Também aproveitou a oportunidade para agradecê-la por estar ao seu lado durante os períodos difíceis de sua vida.
A mãe acariciou o rosto da filha e se desculpou: “Sinto muito que minha doença tenha lhe causado tantos problemas todos esses anos.”
A menção de seu passado sempre a deixava com um sentimento de culpa.
“Não precisa agradecer. A senhora é minha mãe. Como minha família, é meu pilar”, ela respondeu antes de envolver a senhora em um abraço.
Com lágrimas brotando no canto dos olhos, Sharon continuou a acariciar seu cabelo. Ela estava escondendo a verdade sobre o passado de Cristina há muito tempo. É hora de eu confessar? Mas ela ficará brava comigo e me ignorará se souber que tenho mentido para ela? Não posso arriscar perder esse nosso precioso relacionamento.
Antes que ela pudesse dizer uma palavra, a outra falou: “Está ficando tarde e o vento mais forte também. Você deve descansar um pouco.”
Cristina acomodou a mãe em um quarto no segundo andar e até serviu um copo de leite morno. Só saiu de lá quando Sharon pegou no sono.
Ao voltar para o seu quarto, Nathan já estava fora do chuveiro, verificando as notícias financeiras em um tablet, sentado no sofá.
“Você ainda não está dormindo?”, ela o questionou, dando uma espiada no conteúdo do tablet. Ele passa o dia se debruçando sobre documentos e participando de reuniões. Em seu tempo livre, lê mais números. Os olhos dele não estão cansados?
Nathan olhou para ela com os óculos na ponte do nariz, exalando elegância e austeridade. “Sua mãe está dormindo?”
Cristina se aninhou no colo dele e murmurou: “Sim, profundamente.”
O marido lhe fez cafuné, expressando todo seu desejo. “Tenho uma viagem de negócios amanhã e só voltarei no dia seguinte. Cuide bem de sua mãe enquanto eu estiver fora.”
Quando Nathan saiu para o trabalho na manhã seguinte, ela ainda estava dormindo profundamente. Enquanto se vestia, notou alguns chupões no ombro. Essa atrevida!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O misterioso toque do amor
Pelo amor de Deus gente, tem como liberar mais de um capítulo por dia ??? È pedir muito ?...