O misterioso toque do amor romance Capítulo 287

Todos ao redor saíram. Rafaela também saiu enquanto segurava seu rosto vermelho e inchado.

Nathan voltou seu olhar para Cristina, cujo os olhos estavam um pouco vermelhos: “O desfile acabou, então vamos para casa logo.”

Desconfiança persistia dentro da mulher, mas não queria fazer muitas perguntas em público. Portanto, apenas resmungou em concordância.

Quando os dois entraram no carro, uma atmosfera tensa pairava no ar.

“Por que aquela mulher afirmou antes que são da mesma família?” O olhar de Cristina era sério, era claro seu descontentamento.

Nathan percebeu logo que ela estava agitada. Era raro vê-la nesse estado, então estendeu a mão e segurou o queixo dela, erguendo sua cabeça.

Seus olhos cristalinos brilhavam como diamantes cativantes.

Incomodada com a situação, Cristina perguntou irritada: “E então?”

Um riso alto escapou de Nathan. Bem… ela fica adorável quando está com ciúmes.

“Ela é filha do meu tio paterno. Moram no exterior e mal retornam ao país, por isso você não a conhecia.”

Se é filha do seu tio, isso significa que é sua prima.

Diante disso, Cristina duvidou do que ele disse: “Então, por que o sobrenome dela não é Hadley, mas Lacroix?”

Isso não faz sentido algum.

Segurando o rosto dela com uma mão, Nathan respondeu: “Porque adotou o sobrenome da família materna.”

Mesmo assim, Cristina continuava suspeitando: “Você tem muitos membros na família.”

“Se não acredita em mim, pode ligar e perguntar para a mamãe.”, disse Nathan tirando o celular do bolso.

No entanto, sua esposa pegou o aparelho: “Já está tarde, não vamos perturbar o descanso deles.”

“Não vou fazer uma ligação por causa de um assunto desnecessário e alertá-la sobre isso. Me faria parecer muito mesquinha.”

A expressão de Nathan permaneceu calma e tranquila: “Não importa. Nada importa desde que acredite em mim.”

Não é algo tão grave perturbá-los por um tempo, já que são os únicos que podem esclarecer esse relacionamento familiar.

Sem palavras, Cristina bloqueou o celular e o devolveu: “Deixa pra lá, acredito em você.”

A mulher estava exausta e não queria desperdiçar energia com um assunto desses.

Assim que se preparava para se encostar na janela para descansar um pouco, uma colisão violenta atingiu o carro sem aviso. Lançada para fora do assento, ela se chocou contra a parte de trás do banco do passageiro.

Um estrondo alto perfurou o ar. Logo em seguida, uma onda de tontura a atingiu, a dor era tão forte que ela quase desmaiou.

“Está machucada, Cristina?”

Reunindo-a em seus braços, Nathan examinou seu rosto com preocupação. Avistou uma marca vermelha em sua testa.

Na hora, seu coração apertou. Sua aura fatal permeou todo o veículo, e gritou para a frente: “O que aconteceu?”

O condutor ainda estava atordoado, sua voz trêmula ao falar: “Um carro veio a toda velocidade do nada, e não pude evitar de jeito nenhum….”

A cena de um momento atrás foi horrível. O outro motorista se lançou em seu caminho como se estivesse enlouquecido. Se não tivesse virado o volante rápido, a situação no momento seria muito pior.

Santiago também havia batido o canto de sua testa, resultando em um corte. Podia sentir o sangue escorrendo pelo rosto.

Suportando a dor aguda, virou-se para verificar a situação no banco de trás: “Está tudo bem, Sr. Hadley?”

A expressão de Nathan estava séria. Ordenou firme: “Vá ver o que está acontecendo.”

“Entendido.”

Murmurando um reconhecimento, Santiago abriu a porta do veículo e saiu.

A frente de ambos os carros estava muito amassada. Num piscar de olhos, dava para perceber que o outro estava trafegando por uma estrada secundária antes de sair correndo desgovernado.

Se não tivessem saído do caminho a tempo, seus ferimentos teriam sido ainda mais graves.

Após se informar sobre a situação, Santiago voltou e relatou: “A outra parte é responsável pelo acidente. Além disso, acho que o motorista estava dirigindo sob efeito de álcool. Deixe-me fazer primeiro um relatório para a polícia.”

No banco de trás, Nathan abaixou o vidro do carro um pouco. Com a iluminação da lua, dava para ver a fúria ardendo nos olhos penetrantes do homem.

Concordando, fechou o vidro do carro.

O acidente aconteceu em uma área um pouco movimentada. Portanto, uma multidão se reuniu ao redor do local.

Pouco depois, a ambulância chegou. Nathan conduziu Cristina para receber tratamento.

A mulher ainda se sentia um pouco tonta. Ao sair do carro, logo sentiu um olhar sinistro sobre ela.

Era igual à mesma sensação que teve quando foi empurrada para a estrada outro dia.

Seu rosto ficou pálido no mesmo instante. Vasculhando os olhares na multidão, tentou identificar quem a estava encarando. No entanto, todos eram desconhecidos e suspeito.

Sentia como se alguém a observasse escondido.

Será que a polícia disse que o suspeito foi preso? Será que esse incidente foi mesmo um acidente, ou foi planejado por alguém?

Percebendo seu estado distraído, Nathan abaixou a cabeça e perguntou com preocupação: “O que houve, Cristina?”

“Nathan, eu… estou bem.” Cristina engoliu a dúvida que estava na ponta da língua.

Seguiu o homem até a ambulância. Um profissional de saúde perguntou sobre seus ferimentos antes de cuidar do hematoma em sua testa.

A jovem não conseguia se livrar da sensação de que alguém a observava, mas não fazia ideia de quem poderia ser. Era um sentimento muito ruim.

Era como se ela tivesse sido alvo de algum monstro, era como se alguém pudesse estender a mão de dentro do vasto mar de escuridão a qualquer momento e agarrar sua perna, puxando-a para baixo.

O cheiro de sangue impregnava o ar, deixando-a nauseada.

Quando o médico terminou de cuidar de seus ferimentos, afastou-se.

Nesse momento, a polícia chegou à cena.

Como o motorista responsável pelo acidente estava inconsciente, não puderam tomar seu depoimento e quiseram ouvir o relato de Nathan e Cristina. Quanto à investigação, entrariam em contato com o casal.

Depois que tudo foi resolvido, já era quase meia-noite. Muitos dos curiosos que se reuniram ali haviam partido.

Cristina divagava enquanto olhava para a ampla rua. Será que fui muito paranoica agora, ou foi real?

Ao retornar para a Mansão Jardim Panorâmico, ela dormiu até tarde no dia seguinte.

Ao acordar, a marca vermelha em sua testa havia desaparecido, deixando apenas um rastro leve.

Sentindo-se um pouco faminta, desceu as escadas após se lavar.

Antes de chegar ao andar inferior, ouviu uma voz zombeteira ecoar na sala de estar: “Essa nora sua é terrível, tia Julia. Nem se levantou ainda e já passou das dez. Nunca vai cuidar de você sendo tão preguiçosa.”

Reconhecendo a voz, já sabia que era Jaqueline.

Ela não teve a última palavra ontem à noite, então veio cedo de manhã para causar problemas?

Cristina mordeu o lábio inferior. Mantendo a expressão inalterada, desceu as escadas.

O sorriso de Julia permaneceu. Não havia nenhum sinal de desagrado em seu rosto: “Cristina é designer e muitas vezes trabalha até altas horas da madrugada antes de dormir. Não tem problema se dormir até mais tarde.”

Enquanto descia as escadas, Cristina parou por um momento. Uma sensação de calor a invadiu, transmitindo-lhe uma sensação de segurança.

Se aproximou das duas mulheres. Por sorte, havia se trocado antes de descer. Assim, não se envergonharia com sua aparência.

“Bom dia, mãe. Não sabia que viria tão cedo. Já tomou café da manhã? Vou pedir para prepararem algo.”

Seu sorriso era doce, e seus olhos cristalinos eram cativantes. Soava dócil e a fazia parecer uma nora obediente.

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