O misterioso toque do amor romance Capítulo 299

“Continuaremos investigando o incêndio. Você deveria ir verificar sua família agora”, disse o agente antes de sair.

A enfermeira guiou Cristina para o quarto.

Sharon ainda estava inconsciente, enquanto a condição de Evelyn era mais grave. Esta última estava passando por tratamento na sala de cirurgia.

Sharon descansava na cama, sua figura frágil dando a impressão de que cada respiração poderia ser a última. O coração da jovem doía ao vê-la. Estava tomada pela preocupação.

Seus olhos ficaram vermelhos e ela sentiu um aperto no peito, fazendo com que faltasse o ar.

“Vovó…” os punhos de Cristina se cerraram enquanto a raiva tomava conta do seu coração.

A enfermeira a lembrou: “Sra. Steele, sua avó ainda está na sala de cirurgia. Quer ir até lá primeiro?”

Em geral, a prioridade seria dada ao paciente mais grave.

Cristina se recompôs e assentiu, seguindo a enfermeira.

A luz vermelha fora da sala de cirurgia encheu a moça de ansiedade.

Nunca havia experimentado um nível de inquietação como aquele, nem mesmo nos momentos mais difíceis, quando lutava para comprar comida ou pagar suas contas, ou quando ficou sem-teto após o despejo noturno de Miranda. Essa situação atual ultrapassava todas elas em termos de preocupação e apreensão.

Naquele momento, ela tinha medo de receber más notícias sobre sua avó.

Cristina não fazia ideia de quanto tempo ficou parada na porta, nem quando Nathan a conduziu até a cadeira para que pudesse se sentar. Sua mente estava dividida entre emoções conflitantes, alternando entre se tranquilizar de que tudo ficaria bem e temer que a idade avançada de Evelyn tornasse sua recuperação difícil.

Estava à beira da loucura, com dois pensamentos conflitantes torturando sua mente.

Nathan segurava sua mão firme. Sabendo que falar qualquer coisa naquele momento seria inútil, permaneceu ao seu lado sem dizer uma palavra.

Alguns momentos depois, a luz vermelha se apagou. Cristina saiu do devaneio e correu até a porta: “Doutor, como está minha avó?”

“O estado da paciente ainda é instável, então só poderemos ter certeza depois que ela passar pelo período crítico”, disse o médico severamente antes de se afastar.

A enfermeira empurrou Evelyn, ainda inconsciente, para fora da sala de cirurgia: “Guardiã de Evelyn, por favor, venha comigo.”

A mulher conduziu a maca para a enfermaria, fornecendo a Cristina instruções sobre os cuidados de Evelyn. Enquanto observava o rosto pálido da mulher, a moça sentiu os olhos se encherem de lágrimas mais uma vez.

Após fazer os arranjos necessários, as deixou no quarto.

Cristina sentou-se entre as camas de Sharon e Evelyn. Ambas eram as pessoas mais importantes em sua vida.

A porta da enfermaria se abriu devagar e Nathan entrou, se aproximando de Cristina. Deu um tapinha em seu ombro e a tranquilizou: “Não se preocupe. Já entrei em contato com o melhor médico deste hospital, o Professor Adriano Langston. Virá amanhã para avaliar a situação delas.”

Cristina lançou um olhar agradecido e assentiu com a cabeça.

Três horas se passaram desde o incêndio, e Nathan não pôde deixar de se surpreender com a força de Cristina. Ainda se mostrava como a jovem resiliente por quem ele se apaixonou, mesmo diante de tamanha adversidade.

Cristina não conseguiu dormir naquela noite. Continuou ao lado das camas, vigilante. Foi somente quando o amanhecer chegou que o cansaço a venceu, e ela acabou adormecendo nos braços de Nathan.

A enfermeira causou um tumulto quando chegou para fazer suas rondas naquela manhã.

Nathan lançou a ela um olhar descontente: “O Professor Langston chegou?”

“O mentor Langston está trocando de roupa. Estará aqui em breve.” A enfermeira sentiu um arrepio percorrer sua espinha e fugiu do quarto após dizer isso.

Nathan só acordou Cristina quando o médico apareceu algum tempo depois.

Após realizar uma avaliação minuciosa, Adriano Langston avaliou com cuidado as condições de Sharon e Evelyn antes de fornecer seu diagnóstico: “Por infelicidade, a condição de sua avó não é favorável no momento. Precisaremos monitorá-la de perto e aguardar que supere esse período crítico antes de tomar qualquer decisão sobre medicamentos. Quanto à sua mãe, ela perdeu a consciência devido à inalação excessiva de fumaça. Conseguimos limpar seus pulmões com sucesso, e esperamos que recupere a consciência em breve.”

A ansiedade de Cristina persistia ao receber um diagnóstico que ecoava o que ela havia ouvido na noite anterior.

Depois que Adriano saiu, houve de novo um silêncio completo no quarto.

Santiago foi ao hospital com o café da manhã para Nathan depois de ouvir sobre o incidente.

Cristina não tinha apetite, e seu marido teve que insistir por um tempo antes que concordasse em dar algumas mordidas. Ela permaneceu no quarto o dia todo.

A preocupação de Nathan aumentou ao testemunhar o crescente cansaço e a aparência abatida de Cristina.

Dois dias depois, Adriano por fim anunciou que Evelyn havia superado o período crítico e estava melhorando. A boa notícia permitiu que Cristina suspirasse aliviada.

“Você está no hospital há três dias”, falou Nathan gentil com Cristina: “Mesmo que queira cuidar delas, é importante que vá para casa, tome um banho e se limpe. Você também precisa descansar.”

Cristina percebeu que não tomava banho há três dias e havia sido privada de sono adequado. Devo parecer desarrumada e cansada.

“Tudo bem. Vou para casa tomar um banho antes de voltar para o hospital.”

“Vou te levar para casa”, expressou Nathan: “Já organizei para que os seguranças fiquem aqui de vigília. Nos informarão no mesmo instante se algo acontecer.”

De volta à Mansão Jardim Panorâmico, Cristina mergulhou na calorosa e reconfortante banheira. A água quente escorria pelo seu corpo, aliviando a tensão nos músculos e lavando as preocupações dos últimos dias.

Incapaz de se segurar, recostou-se na beirada da banheira e, sem perceber, acabou adormecendo.

Sem noção do que a cercava, afundou mais na água, seus longos cabelos negros espalhando-se ao redor. Sua pele de porcelana parecia perfeita contra a superfície ondulante. Enquanto a água preenchia suas narinas, ela permanecia imóvel, mergulhando em um sono ainda mais profundo.

Nathan estava no escritório. O trabalho havia se acumulado, já que não havia trabalhado nos últimos três dias.

“Senhor Hadley, este contrato é necessário para amanhã. Coloquei os documentos urgentes no arquivo vermelho para sua atenção imediata”, disse Santiago para Nathan enquanto se ocupava organizando as papeladas.

Nathan leu o documento com cuidado antes de assinar.

Após passar por alguns arquivos, sentiu seu coração se contraindo sem motivo aparente. Seu olhar se tornou sério diante dessa realização.

Será que algo está errado com minha saúde por não ter descansado nos últimos dias?

Uma expressão profunda surgiu no rosto de Nathan quando colocou a caneta de lado. Sem aviso, o rosto de Cristina surgiu em sua mente.

Uma premonição sombria cresceu em seu coração.

De repente, ele se levantou e saiu do escritório. Quando Santiago olhou para cima enquanto organizava os arquivos, percebeu que estava sozinho no escritório.

Nathan abriu a porta do banheiro e viu o corpo inteiro de Cristina encharcado na água. Seu rosto estava pálido e sem vida, que parecia ter parado de respirar.

“Cristina!”

O homem correu para a banheira e a tirou de lá. Sob as luzes, parecia tão pura e frágil quanto a neve.

Com suas sobrancelhas delicadas e lábios tingidos de um tom púrpura, ela se assemelhava a uma sereia desidratada à beira da perdição a qualquer momento.

“Cristina!”, disse Nathan desesperado, mas ela não respondeu parecia ter perdido a consciência.

O homem sentiu o sangue gelar enquanto saía correndo do banheiro com Cristina nos braços.

Colocando-a com cuidado na cama, procedeu com massagem cardíaca e respiração artificial para reavivá-la.

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