O misterioso toque do amor romance Capítulo 318

Nathan franziu a testa. O grande lobo cinza? Estão se referindo a mim?

Embora o banco de trás do carro fosse espaçoso, os três se espremeram no canto como peixes se escondendo de um gato.

As duas crianças adoráveis o encararam com olhos vigilantes, como se ele fosse um vilão ameaçador prestes a atacá-las.

Seu olhar se voltou para o rosto pequeno de Leandro. Entre os traços limpos e sobrancelhas delicadas do garoto, havia uma aura de serenidade, que era bastante semelhante à de Nathan.

Por outro lado, o olhar de Camile para Nathan era de medo. Com apenas mais alguns olhares dele, Camile estava tão assustada que se aconchegou nos braços de Cristina.

Nathan levantou a mão para massagear as têmporas e redirecionou seu foco para o tablet que segurava na mão.

Devido ao longo tempo de viagem, as duas crianças adoráveis logo se encostaram no corpo de Cristina e adormeceram pacificamente.

Um leve raio de sol amarelado se derramou sobre eles enquanto três rostos adormecidos e serenos descansavam silenciosamente uns contra os outros, exalando uma atmosfera serena e nostálgica.

Nathan pegou um cobertor e o colocou gentilmente sobre eles. Ele estava muito cauteloso, pois não queria perturbar o sono deles.

Naquele momento, a prioridade era que Cristina e as crianças voltassem para o seu lado, e o restante poderia ser resolvido mais tarde.

Quando o carro parou novamente, eles estavam de volta à Mansão Jardim Panorâmico.

Quando a porta do carro se abriu, Cristina relutantemente pisou no chão. Uma rajada de vento passou por ela, e ela não pôde deixar de perceber uma sutil sensação de opressão ao seu redor.

Era a primeira vez que Camile e Leandro viam um pátio tão grande. No fundo de seus corações, havia uma mistura de medo e curiosidade em relação ao ambiente desconhecido.

“Mamãe, onde estamos?”, Camile não conseguiu segurar e perguntou.

Nathan se aproximou e disse: “Esta é a sua casa.”

Nesse momento, Camile pareceu assustada, como se tivesse encontrado uma fera assustadora. Suas pequenas mãos se estenderam para se agarrar a Cristina. “Mamãe, me abrace.”

As tentativas de Nathan de se aproximar foram recebidas com rejeição por parte de Camile.

Com um olhar irritado, Cristina lançou um olhar de advertência a Nathan, indicando-lhe para não se aproximar da criança.

Ela segurou Camile perto de seu peito e acariciou ternamente a cabeça da menina. “Camile, seja boazinha. Não se preocupe. Estou aqui.”

Com um rosto determinado, Leandro ficou ao lado de Cristina, agindo como um anjo da guarda e sempre alerta contra a aproximação de Nathan.

Nathan não teve escolha senão ceder. “Cristina, leve as crianças para dentro primeiro. Não é bom ficar aqui expostos ao vento.”

Por mais teimosa que Cristina pudesse ser, ela nunca arriscaria a saúde de seus filhos por teimosia.

Apesar de sua relutância, Nathan já os havia trazido de volta.

Fugir era um pensamento irrealista.

Ela segurou Leandro e sussurrou: “Vamos entrar primeiro. Vocês estão com fome?”

Camile assentiu e falou com uma voz inocente. “Mamãe, estou com fome.”

“Eu não estou com fome.” Leandro não queria entrar na casa do grande lobo cinza. No entanto, assim que disse isso, seu estômago roncou.

Percebendo o quão sensato Leandro era, o coração de Cristina doeu. “Depois de toda a viagem, estou com fome também. Que tal nós comermos secretamente toda a comida na casa do grande lobo cinza, para que ele não tenha nada para comer?”

Ao ouvir isso, Camile e Leandro piscaram com os olhos lacrimejantes e concordaram com um aceno.

“Vamos entrar”, disse Cristina.

Ela sabia que quanto mais resistisse, mais os filhos resistiriam. Ela não queria sobrecarregá-los com suas emoções negativas.

Enquanto caminhavam, foram recebidos por Reginaldo.

Haviam se passado quatro anos desde que Reginaldo e Cristina se encontraram pela última vez. Cristina parecia ter desenvolvido um senso de calma e sofisticação em comparação com antes.

“Sra. Hadley, você finalmente voltou. Eu estive esperando por você durante quatro anos desde que você partiu...” Reginaldo olhou para baixo e encontrou duas crianças adoráveis que eram a cara de Nathan quando criança.

“Essas duas crianças são filhas do Sr. Hadley?”, ele perguntou então.

Sua voz também estava gélida.

Nathan se levantou e se aproximou dela. Sua alta figura envolveu a figura frágil dela. Ele então colocou delicadamente a mão em seu ombro esguio e disse com significado: “Desde que você não fuja, eu não...”

“Você já pensou por que eu quis fugir?” A voz questionadora de Cristina era como uma faca afiada a perfurando profundamente.

Por que ele não pensa em quem me afastou naquela época?

Nathan respondeu: “Ambos cometemos erros naquelas questões, e eu não quero me deter nelas. Você também pode...”

“Não”, Cristina refutou.

Seu coração não era uma lousa, e as memórias não eram como marcas de giz que poderiam ser apagadas facilmente.

“Então o que você quer? Estou disposto a fazer qualquer coisa, desde que você fique comigo.” As têmporas de Nathan latejavam vigorosamente dos dois lados.

Nathan, que havia enfrentado todo tipo de problemas na vida, se encontrava completamente impotente diante desta jovem mulher.

Cristina pensou por um momento e disse: “Quero que você saia da Mansão Jardim Panorâmico. Não quero mais te ver.”

“É só isso?” Nathan não podia acreditar no que ouvia.

Cristina levantou preguiçosamente o olhar. Para Nathan, a Mansão Jardim Panorâmico era sua casa. Ele tinha misofobia e não conseguia dormir bem fora.

No entanto, ela percebeu que depois de quatro anos fugindo, voltar aqui era a única opção, e escapar novamente parecia sem sentido.

Cristina respondeu: “Eu não pensei em mais nada ainda, então por enquanto, esta é a única condição.”

“Está bem, vou sair amanhã”, concordou Nathan imediatamente.

Cristina retirou o braço de seu aperto e se virou para sair.

Nathan estendeu a mão e segurou seu pulso, puxou-a para seu abraço e a conduziu lentamente em direção à porta.