O misterioso toque do amor romance Capítulo 323

Cristina pegou a carta de oferta e a examinou. “Você está me oferecendo um emprego como dona do Cristina's Studios?”

“Você vai receber um salário mais alto do que o que seu estúdio está pagando atualmente. Você não tem motivo para recusar.”

Nathan a conhecia muito bem. Ela ficaria inquieta se ficasse longe do trabalho por mais de dois dias.

Já que ela quer trabalhar, por que não deixá-la trabalhar sob o meu nariz? Dessa forma, posso ficar de olho nela também.

“O Cristina's Studios é meu. Desde quando ele se tornou seu?” Cristina franziu a testa, sentindo como se os frutos de seu trabalho tivessem sido roubados dela.

“Bem, agora é meu. Se você recusar, eu simplesmente vou contratar outro designer. Não diga que não avisei se eles fizerem uma bagunça.” Embora Nathan adotasse um tom de indiferença preguiçosa, seu olhar permanecia fixamente em seu rosto.

A expressão de Cristina se tornou azeda. Ele está me encurralando para me apresentar com uma escolha que ele planejou como a única opção.

Nathan sabia o quão enganadora era a sua aparência dócil; ela era mais teimosa do que qualquer pessoa que ele conhecesse quando se tratava de princípios. Nem mesmo a perspectiva de dinheiro a tentaria de outra forma.

Nesse caso, por que não tê-la vinculada a mim por meio de um contrato escrito?

Cristina não falou. A atmosfera ao redor deles ficou tensa.

Nathan se aproximou e colocou uma caneta tinteiro em sua mão. “Você vai precisar de um emprego. É a mesma coisa onde quer que você trabalhe, então é melhor você trabalhar para mim. Você terá bons benefícios, e o chefe não pede muito.”

Antes que Cristina percebesse o que estava acontecendo, ele já estava segurando sua mão e assinando seu nome com a paciência de um adulto ensinando uma criança a escrever.

Momentos depois, a assinatura de Cristina apareceu, completamente formada e irrevogável, no acordo.

“A partir de hoje, você é minha funcionária. Você pode começar a trabalhar imediatamente.”

Nathan levou Cristina para a Corporação Hadley. Seu escritório ficava no vigésimo primeiro andar.

“Desde quando meu estúdio se mudou para cá?” Olhando ao redor, Cristina teve a sensação de que alguém estava a enganando.

Nathan abriu a porta e a conduziu para dentro. “Dada a recente aquisição da Corporação Hadley do Cristina's Studios, não vejo motivo para o seu escritório não estar neste prédio.”

O layout do vigésimo primeiro andar havia sido recriado de acordo com suas especificações na localização anterior.

Quando ela entrou, a visão da decoração familiar e dos tecidos não utilizados na sala de costura a levou a uma reveria nostálgica.

“Cristina!” uma voz familiar soou. Era Rafaela.

Não se viam há quatro anos, então as duas se abraçaram como velhas amigas, trocando comentários sobre as mudanças que haviam passado.

Nathan ficou em silêncio ao lado. Ele notou o sorriso finalmente iluminando o rosto de Cristina.

Esta é a primeira vez que ela sorriu tão genuinamente desde seu retorno.

Os tênues raios da manhã iluminaram seu rosto. Seus olhos, que se estreitaram de alegria, brilhavam maravilhosamente. Seu sorriso o atingiu como uma bala no coração, de onde começou uma dor surda.

Quando Cristina se virou depois de conversar, percebeu que Nathan havia ido embora.

Rafaela contou a Cristina que Nathan estava pagando as despesas do estúdio e a mantendo em funcionamento. Ao longo dos últimos quatro anos, ela havia atualizado fielmente as contas de mídia social do Cristina's Studios.

No entanto, as fotografias que eles usavam eram antigas, tiradas há muito tempo.

“Ainda bem que tirei muitas fotos. Além disso, tenho mantido nossa presença online com a ajuda dos arquivos. Agora que você voltou, não preciso mais usar as fotos antigas.”

Em sua euforia, Karen continuou conversando com Cristina até o céu escurecer.

Quando chegou a hora de sair, Cristina tentou chamar um táxi várias vezes, mas devido ao isolamento da área, nenhum a aceitou.

Sem muita escolha, ela decidiu caminhar e pegar um ônibus para casa.

Com o mapa em sua tela como referência, ela começou sua caminhada. Devido à escuridão, ela de repente se viu bastante perdida.

Depois de uma rápida olhada ao redor, Cristina amaldiçoou quando percebeu que não conseguia mais identificar o caminho de onde tinha vindo. Portanto, ela pegou o telefone para pedir ajuda.

Depois de rolar sem rumo pela lista, ela finalmente ligou para a polícia.

Cristina se sentou sob o poste de luz e esperou. Ela pegou o telefone para enviar uma mensagem para Nathan, mas percebeu que não havia sinal.

De repente, o rugido dos motores de motocicleta cortou a noite deserta.

Era um duo de motociclistas que havia vindo a um trecho montanhoso isolado para correr. Ao longo do trecho deserto, eles notaram a figura, esbelta. As duas motos pararam bruscamente.

Após uma troca que ela não conseguiu discernir completamente, eles se viraram e pararam na frente dela.

“Você está perdida, moça? Que tal te darmos uma carona daqui?”

Cristina olhou para cima. Seu olhar perspicaz brilhou sob as lâmpadas alaranjadas. “Não, obrigada. Vocês deveriam ir embora.”

O homem desceu de sua moto e a encarou. “Hah, você parece ser teimosa, não é? Interessante!”