O misterioso toque do amor romance Capítulo 356

Nathan abaixou o olhar. Mesmo através dos óculos escuros, podia perceber que a pele clara da mulher estava quase brilhando.

Cristina saltou, tentando pegar o cabo de volta.

Nathan ergueu o braço. Dada a diferença de altura entre eles, tudo o que precisava fazer era segurar em um ângulo que Cristina não pudesse alcançar.

“Não force a barra, Sr. Segurança! Sou adulta e mereço o direito de trabalhar até a hora que eu quiser.” Cruzando os braços, a jovem o encarou com os olhos bem abertos e desafiadores.

“Não sou uma criança. Por que deveria seguir horários definidos?”

Nathan hesitou ao ouvir suas palavras, mas ainda insistiu que ela fizesse uma pausa depois de pensar um pouco.

Ela já estava trabalhando desde o amanhecer sem nenhuma pausa. Agora são meia-noite, e ainda queria continuar. Pior ainda, é para o estúdio de Yago. Se eu soubesse, teria comprado aquele estúdio maldito e destruído na hora. Assim, Cristina não teria nada para se intrometer.

Cristina cruzou os braços. Seu olhar perspicaz permaneceu fixo nele, com um toque de raiva: “Considere isso como seu último aviso para me devolver, ou vou ser desagradável.”

Ela parecia uma gatinha pronta para atacar. Como não parecia ameaçadora, Nathan não se abalou.

Cristina ficou completamente furiosa com sua falta de reação.

A jovem avançou de repente e mordeu as costas da mão de Nathan, olhando para ele com raiva: “Me dê isso.”

Ele franziu as sobrancelhas. Até a gatinha sabe morder quando está irritada.

O rapaz a olhou. Embora estivesse mordendo com toda a força, parecia a picada de uma formiga.

Cristina ainda estava determinada a recuperar o cabo. Quando ele não parecia disposto a cooperar, apertou com mais força.

A moça pensou que ele cederia, mas uma palma quente e gentil acariciou sua cabeça. Ele passou as pontas dos dedos escaldantes por seu cabelo como se acariciasse um animal de estimação amado.

Começando como agressora, Cristina de repente se viu dominada.

Espere. O que aconteceu?

Ela piscou. Ao recuperar seus sentidos, pulou para longe como se tivesse sido eletrocutada antes de olhá-lo com cautela. O que ele fez agora? Me tratou como criança?

Nathan tinha esquecido quem ele deveria ser, não conseguiu evitar tocá-la quando notou o quão encantadora e inocente a jovem parecia.

“Vou voltar para a cama.”

Sem dizer mais uma palavra, Cristina saiu correndo.

Entrou no quarto e trancou a porta com um gesto habilidoso do pulso.

Em seguida, jogou as cobertas sobre si, sentindo-se muito incomodada.

No dia seguinte, Nathan trouxe o café da manhã e o colocou na mesa do escritório. Bateu suavemente na mesa para chamar a atenção dela, que ainda estava trabalhando freneticamente.

Houve uma batida na porta, e Nathan se aproximou para abri-la.

Vestida com um vestido preto e leve, Gisele segurava um delicioso café da manhã em suas mãos: “Você já tomou café da manhã, Sr. Segurança?”, perguntou com ênfase.

Nathan fez uma careta diante do forte cheiro de seu perfume. Deu vários passos para trás, negou com a cabeça e voltou para o quarto.

O sorriso de Gisele congelou em seu rosto. Ela sentiu como se sua empolgação tivesse sido rude. No entanto, sua animação não se apagou, apesar da indiferença dele.

Ela o seguiu.

Após colocar a refeição, ela se virou para a figura alta: “O que gostaria de comer, Sr. Segurança?”

Além de várias fileiras de assentos, o campo estava vazio.

Em sua simplicidade, não servia para ela mais do que uma ruína abandonada.

“Qual é o problema aqui?” Cristina interrogou o empreiteiro contratado para montar o palco: “Eu entrei em contato com você três dias atrás, e você nem construiu o andaime, que é o básico!”

“Não é nossa culpa! Temos recebido muitos pedidos e não conseguimos dar conta”, explicou o empreiteiro.

Percebendo que estava lidando com uma pequena mulher, ele não a levou a sério.

O empreiteiro sabia muito bem que Cristina estava organizando um desfile de moda. Analisou a mulher pequena de cima a baixo e disse com desdém: “O famoso designer Murilo está organizando um desfile de moda nas proximidades. Eu adiaria se fosse você.”

Cristina ficou irritada, e sua expressão ficou séria.

Foi por causa do preconceito dos empreiteiros que eles optaram por lidar com um trabalho posterior, mesmo depois de receber o primeiro contrato de Cristina.

No entanto, foi uma decisão que o rapaz logo se arrependeu. A mulher, não mais alta que seu ombro, trouxe um banquinho, subiu nele e direcionou seu olhar de advertência: “Não me importo com quantos trabalhos pegou, você me prometeu que faria isso em cinco dias. Você vai cumprir o prazo. Caso contrário, vou processar sua empresa por quebra de contrato!”

Não era a primeira vez dela lidando com algo desse tipo. Após algumas experiências anteriores, adicionou a cláusula que penalizava seus parceiros por violação dos contratos, pagando uma taxa substancial se não entregassem seus produtos ou serviços no prazo acordado.

O empreiteiro congelou de surpresa com sua declaração, planejava inicialmente atrasar o trabalho dela e terminar o contrato dos outros primeiro.

Desconfiado, ele pegou o acordo e percebeu que havia essa cláusula.

Cristina pegou o telefone e discou o número do dono da empresa de construção: “Você vai começar a trabalhar ou devo ligar para o seu chefe e denunciá-lo?”

O rapaz ficou vermelho de vergonha. Olhando com fúria para Cristina, decidiu adverti-la com firmeza para não se intrometer.

Ele deu um passo à frente, mas se viu detido pela figura imponente atrás dela.