O misterioso toque do amor romance Capítulo 362

Cristina desligou o telefone, sentindo-se incrivelmente relaxada.

Ela atribuiu as tarefas restantes a Gisele, confiando a responsabilidade de cuidar dos próximos arranjos.

“Podemos voltar agora?”, perguntou o segurança quando chegaram ao hotel.

Cristina assentiu: “Meu trabalho aqui está feito, então é hora de partir.”

Ao entrarem no elevador, dois hóspedes com uma grande quantidade de bagagem se juntaram a eles, lutando para manobrar o carrinho dentro.

O elevador era bastante espaçoso, mas com a chegada dos recém-chegados e sua bagagem, ficou lotado.

Com medo de que os outros esbarrassem em Cristina, Nathan abriu os braços para protegê-la.

Antes das portas se fecharem, dois homens altos entraram apressados no elevador, deixando-o ainda mais cheio.

Eles estavam tão próximos que podiam sentir a respiração um do outro.

Uma sutil mistura de fragrâncias florais e amadeiradas emanava da figura do segurança, intrigando os sentidos de Cristina.

Sabendo que não tinha interesse em mulheres, ela se sentiu mais à vontade em sua presença.

Ela ergueu a cabeça e travou os olhos com ele, apenas para se deparar com o enigmático encanto de seus óculos escuros e máscara preta. Ele parecia realmente misterioso.

Passaram algum tempo juntos, mas Cristina ainda não tinha visto o rosto real do Sr. Segurança. Será estranho se eu o encontrar na residência Hadley um dia e não conseguir reconhecê-lo? No início, desconfiei dele e nunca tive a oportunidade de observá-lo com atenção.

Agora, ela finalmente teve a chance de dar uma olhada mais de perto e percebeu que ele se parecia com Nathan. Até seus cheiros eram semelhantes, então não pôde deixar de se perguntar se era uma coincidência.

A jovem deu uma olhada no cabelo loiro do segurança. Nathan nunca tingiria o cabelo dessa cor, certo?

Com isso em mente, Cristina estendeu discretamente a mão para puxar a máscara.

Antes que pudesse tocar, o segurança segurou sua mão.

Pega de surpresa, Cristina não pôde deixar de dar um sorriso constrangedor: “Sr. Segurança, tenho medo de não conseguir reconhecê-lo se nos encontrarmos de novo. Posso dar uma olhada em você? Prometo não rir, mesmo que seja feio. Por favor?” Seu pedido foi feito com um tom suave e sincero.

Foi a segunda vez que ela o chamou de feio. Sentindo um golpe em seu orgulho, Nathan mordeu o lábio e respondeu de forma seca: “Não há necessidade disso. Não nos encontraremos novamente.”

Então soltou a mão dela.

Cristina ficou surpresa com a resposta. Inicialmente, queria manter alguma distância do segurança, mas à medida que passava mais tempo com ele, percebia que era uma pessoa de bom coração.

Era sempre o primeiro a se adiantar e protegê-la em momentos de perigo.

As portas do elevador se abriram, e pessoas foram saindo.

Nathan se afastou dela por instinto. Desta vez, era ele quem estava desconfiado.

Quando o elevador chegou ao andar, saíram.

Nathan mal precisava fazer as malas, pois trouxera apenas uma pequena bagagem consigo.

Após fazer as malas, ele foi até o quarto de Cristina.

“Sr. Segurança, por favor, descubra o próximo voo disponível de volta para o nosso país”, disse Cristina.

Ela também não trouxera muitas coisas consigo. Com uma troca de roupas frescas em mãos, se dirigiu ao banheiro para tomar um banho, já que não havia tido a oportunidade, depois de ter bebido demais na noite anterior.

Nathan conseguia ver sua silhueta através do vidro fosco da porta do banheiro e sentiu o coração acelerar ao vê-la.

Desviou o olhar e pegou o telefone para organizar seu jato particular.

Após enviar a mensagem, recebeu uma resposta: “Sr. Hadley, vou providenciar imediatamente.”

Em pé diante da janela, Nathan olhou para a cidade movimentada lá embaixo, perdido em seus pensamentos. Apesar de passar alguns dias com Cristina, percebeu que ainda não a conhecia muito bem.

Não importa o quão distantes estejam, encurtaria a distância até que não haja mais espaço entre eles.

De repente, o telefone na mesa começou a vibrar.

Cristina o ignorou, e seu olhar ficou sombrio.

Ela havia feito inúmeras tentativas para investigar o incidente em torno do vazamento do arquivo confidencial da Corporação Hadley quatro anos atrás.

No entanto, o caso estava fechado, deixando poucos rastros a seguir. Apenas um pequeno grupo de pessoas estava envolvido, e uma delas era Melissa.

Melissa era uma das subordinadas mais confiáveis de Nathan. Se ela tivesse traído a Corporação Hadley, poderia acabar ameaçando Nathan um dia.

Cristina sabia que Francis sabia quem era o culpado, por isso sentiu a necessidade de se encontrar com ele.

Após recuperar o bom senso, a mulher disse com calma: “Sr. Segurança, tenho que me encontrar com um amigo. Não posso sair ainda.”

“Essa pessoa é tão importante a ponto de adiar seu voo?” Nathan não sabia com quem ela estava falando, mas havia apenas uma pessoa capaz de influenciar tanto suas emoções.

Cristina desviou o olhar: “Não é tão importante, mas há algo sério que gostaria que ele me contasse.”

Sua resposta vaga apenas serviu para confirmar a suspeita de Nathan de que era Francis.

“Já reservei as passagens e não podem ser reagendadas. Caso contrário, teremos que esperar até amanhã”, disse enquanto estendia a mão para pegar a dela, pretendendo levá-la para fora.

Uma ruga se formou na testa de Cristina, e seu tom ficou gelado: “Sr. Segurança, é muito irritante como você insiste em ditar minhas ações.”

Nathan congelou de choque.

Foi extremamente doloroso ouvi-la dizer que era irritante.

“Você pode esperar aqui, ou voltar sem mim.”

Com isso, Cristina prendeu o cabelo em um rabo de cavalo e vestiu um casaco laranja. A cor vibrante realçava ainda mais sua pele.

Alguns fios soltos delicadamente emolduravam seu rosto, dando uma beleza natural.

Sem hesitar, ela saiu do quarto.