O misterioso toque do amor romance Capítulo 364

“Eu não disse para você não me seguir?” Cristina franziu as sobrancelhas. A marca avermelhada deixada pela forte pressão em seu pulso branco como porcelana era bem perceptível.

Quando Nathan levantou sua mão para dar uma olhada mais de perto, seus olhos, escondidos atrás dos óculos escuros, transbordaram de pena.

Com uma de suas mechas caindo sobre o rosto, a jovem parecia um animalzinho perdido, eternamente necessitando de proteção.

Diante de seu silêncio, Cristina não conseguiu repreendê-lo ainda mais.

Assim, ela recolheu sua mão e comentou: “Estou bem. Vamos voltar agora.”

Ela estava preocupada que o segurança fosse confrontar Francis.

No entanto, antes que pudessem ir longe, Francis se aproximou por trás e gritou para que eles parassem.

Então, segurou Cristina pelo pulso: “Cristina, nós ainda não terminamos de conversar.”

“Não há mais nada para conversar. Só quero ir para casa.” A mulher lutou para se libertar, sentiu uma dor aguda em seu pulso.

Enquanto isso, Francis encarou a imponente figura à sua frente. De alguma forma, ele achou familiar a aura emanada pelo jovem.

“Cristina, como você pode aceitar as mentiras repetidas de Nathan e ainda assim se recusar a me perdoar?” O ciúme furioso fez o sangue dele ferver.

Se Cristina se recusar a me perdoar, o que faz Nathan, que iniciou tudo isso, merecedor de seu perdão? Nesse caso, vou fazer com que todos nós soframos juntos.

Sob a luz, sua pele branca parecia doentia, enquanto o tom âmbar em seus olhos parecia queimar o restante de sua mente racional.

Cristina o olhou confusa: “Por que você diz que Nathan mentiu tanto para mim?”

Naquele momento, Nathan percebeu que ele havia descoberto seu disfarce.

Nessas circunstâncias, fazia sentido para Francis investigar mais a fundo, mesmo que o guarda-costas não fosse Nathan.

Escondidos atrás dos óculos escuros, os olhos de Nathan se estreitaram. Sua palma se fechou em punhos e seus bíceps se contraíram como se estivesse pronto para a batalha a qualquer momento.

Enquanto as lembranças do passado passavam por sua mente como um filme, Francis foi lembrado de que ambos sempre gostariam da mesma coisa e lutariam um contra o outro por isso.

Nenhum deles estava disposto a recuar.

O vencedor sempre sairia com o troféu, o perdedor só podia assistir impotente.

Ao recuperar seus sentidos, Francis apontou para a alta figura: “Ele é Nathan, não é um segurança.”

O coração de Cristina deu um salto, e lançou um olhar suspeito ao guarda-costas: “Não é, só se parece com ele.”

Após passar algum tempo juntos nos últimos dias, nunca conseguiu confirmar isso apesar de suas suspeitas.

Em meio a um silêncio repentino, uma rajada de vento trouxe uma sensação gelada à cena.

Foi então que Francis rompeu em um sorriso abrupto. Como o canto de sua boca estava cortado durante a violenta agressão anterior, qualquer movimento mínimo fazia o sangue escorrer da ferida: “Cristina, você não entende Nathan de jeito nenhum. Desde que era criança, era possessivo. Me tirava tudo o que eu gostava ou destruía se não podia tê-lo. No passado, ele a manteve ao seu lado por luxúria, mas agora...”

O olhar de Francis se deslocou para a imagem do rapaz, antes de declarar em tom debochado: “Ele apenas te quer devido a meus sentimentos por você.”

Essas palavras eram como uma faca que cortava a bela fachada do mundo de Cristina, forçando-a a encarar a cruel realidade por trás dela.

Piscando os olhos, ela não conseguia se manter calma, como se seu coração estivesse suspenso no ar.

Tendo tocado uma corda emocional, Francis agarrou a mão de Cristina novamente e olhou em seus olhos com toda a sinceridade que podia reunir: “Deixe-o, Cristina. Ele não sabe como amar alguém. Além de te machucar, não pode te dar mais nada.”

No momento em que terminou, a figura imponente se lançou sobre ele.

Nathan o prendeu no chão e desferiu golpes repetidos.

Permanecendo parada e observando os dois homens em silêncio, ela sentiu como se seu coração fosse um pedaço de papel inserido em uma trituradora. Tudo o que restou foram pedaços irreconhecíveis.

A expressão desapontada de jovem trouxe um sorriso debochado ao rosto de Francis. Ele então se vangloriou triunfante: “Nathan, o cabelo loiro combina com você. Fica muito melhor do que sua fachada cavalheiresca.”

Sem mais hesitação, o punho suspenso de Nathan continuou sua trajetória descendente em direção ao rosto do rapaz.

O som de punhos batendo contra corpos ressoou novamente.

Com um olhar desanimado nos olhos da mulher, ela se virou e caminhou na direção oposta. Seus passos eram leves, como se estivesse andando nas nuvens, correndo o risco de cair a qualquer momento.

Finalmente, ela percebeu que tinha sido feita de boba.

Se as coisas não tivessem acontecido da forma como aconteceram agora, talvez nunca tivesse descoberto a verdadeira identidade do “Sr. Segurança”, já que Nathan definitivamente a manteria no escuro para sempre.

Em seguida, Nathan a alcançou por trás e segurou sua mão: “Cristina, deixe-me explicar.”

Apesar do olhar gentil, o desapontamento que se acumulou neles era inconfundível. Parecia uma frágil boneca de vidro que se quebraria com um simples toque.

Cristina lançou um sorriso irônico: “Nathan, nunca soube que você tinha um fetiche por atuar.”

Ele entendeu a razão por trás da raiva de Cristina, mas naquela época, não teve escolha.

“Só queria te proteger.”

No entanto, a situação piorou devido a uma série de infelizes coincidências.

Seu plano era manter em segredo o disfarce. Mal esperava ser descoberto no final.

Um brilho gélido passou pelos olhos úmidos de Cristina: “Você realmente foi convincente como segurança. Da próxima vez que planejar se disfarçar como outra pessoa, me conte, porque não tenho interesse em participar!”